Procuro reduzir a uma só palavra o sentimento que invade o meu ser e a primeira palavra que surge na minha mente é vazio. O passo seguinte é a reflexão sobre este sentimento. Será que este vazio é positivo ou negativo?
Embarco numa viagem ao epicentro deste momento de meditação em que me encontro. Os sentimentos são contraditórios, os caminhos dúbios mas, a motivação e a curiosidade de saber onde estes sentimentos me levam são mais fortes e deixo-me mergulhar.
Procuro uma resposta e, mergulhando em mim mesmo, vou em busca de um sinal, uma luz ou de algo que dê sentido e uma razão lógica para me sentir desta forma. Em rigor, não existe nada que conceda racionalidade a esta ambiguidade.
A dúvida surge com esta palavra: ambiguidade! Porque saiu ela de dentro de mim? Simbolizará ela a incerteza? A dúvida relativamente ao meu futuro? A dificuldade de escolha? Os minutos passam, as horas avançam, memórias do passado afloram há minha mente, situações do passado invadem o meu ser e a confusão aumenta!
Que procuro eu? Que procura em mim este vazio? Qual é o sinal? O que é que eu deveria estar a entender com isto? Existirá algo no meu passado que tenho que largar? Algo no meu presente que deva entender? Será que uma parte de mim tem receio do futuro?
Não! A resposta a todas as questões anteriores é definitivamente não, e, isto, não quer dizer que, em determinados momentos da vida, não me sinta assim. Porém, este sentimento de vazio que hoje sinto é libertador! Sim, é libertador. Há partes de mim, feridas no passado, que hoje chegaram ao fim da sua caminhada e estão recuperadas. Este vazio é só um sentimento de alivio…
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Abração
Dag Vulpi