quarta-feira, 4 de maio de 2011

O Grande Debate

Postagem Dag Vulpi 04/05/2011
Por Francisco Barreira 
(blog Fatos Novos Novas Idéias)
 
Para entender a crise, quando os professores não sabem o que dizem

Celso Ming, Mírian Leitão e Carlos Aberto Sardenberg, depois de três anos, ainda não entenderam a Grande Crise Americana  (que é Global), mas  não perderam a pose e continuam enrolando seus leitores.
Os países do antigamente chamado Primeiro Mundo quebram em setembro de 2008 (a Grande Crise Americana) e não conseguiram se reerguer até agora. Na verdade, jamais voltarão ao fausto de seu apogeu. O curioso é que, endividados  até o cavanhaque, eles não fazem a lição de casa. Ou seja, não fazem o que  até recentemente mandavam os países do então chamado Terceiro Mundo fazer.
Os números da crise veiculados na semana passada  pelas agências  internacionais de notícias ilustram bem a situação e foram resumidos  no artigo de Fernando Dantas de O Estado de S. Paulo. Vejam o principal trecho deste artigo:
“Os mercados globais entraram em estado de choque com a notícia de que a famosa agência de rating (classificação de risco de crédito) Standard & Poor’s havia colocado a nota dos Estados Unidos em “perspectiva negativa”. A decisão da S&P não significa que os EUA já foram rebaixados, mas sim que existe uma chance em três de que isto venha a ocorrer em dois anos. Essa simples possibilidade, porém, já é suficiente para mexer com um dos mais importantes pilares do sistema financeiro global.
Desde que a agência iniciou a classificação do crédito do governo americano, há cerca de 70 anos, o rating sempre foi AAA, o máximo possível. Considerada como risco zero, ou pelo menos risco mínimo, a dívida americana sempre foi vista como o piso a A dívida de um punhado de países ricos aumentou em US$ 16 trilhões (mais que o PIB americano) desde 2007, e atinge hoje US$ 42 trilhões, ou 61% do PIB global, representando uma das principais ameaças à recuperação da economia mundial.
Esse endividamento pesa hoje sobre Estados Unidos, países da zona do euro, Reino Unido e Japão, justamente a parte mais rica do mundo, que por séculos foi o motor e a vanguarda da expansão da prosperidade humana. Em 2007, antes da crise econômica global, a dívida dos países ricos era de US$ 26 trilhões, e correspondia a 47% do PIB global.
Nesta semana, os mercados partir do qual o risco de todos os outros créditos é medido. Assim, a chance de que a qualidade de crédito dos EUA venha a deixar de ser o parâmetro para avaliar os demais riscos embaralha as perspectivas da economia global num momento que já é particularmente confuso.
O problema americano é que, com a crise global de 2008 e 2009 – e os grandes déficits públicos que foram usados como alavanca para relançar a economia -, a dívida pública explodiu.
Segundo os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a dívida bruta do governo americano saltou de 62% do PIB em 2007 para projetados 99,5% em 2011 (e deve chegar a 112% em 2016). Hoje, a dívida está entre US$ 14 trilhões e US$ 15 trilhões.
Este ano, os EUA devem completar seu terceiro ano consecutivo com déficit público acima de 10% do PIB, o que colocou a dívida pública em trajetória explosiva. As autoridades econômicas americanas foram extremamente permissivas em termos de expansão fiscal e monetária depois da crise global, pelo medo de que qualquer tentativa de austeridade (que contém a demanda) jogasse o país num atoleiro deflacionário como o que o Japão experimenta desde o estouro da sua bolha no fim da década de 80.

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