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de vinte parlamentares, de quatro partidos - PT, PCdoB, PSol e PDT - assinaram
uma representação contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), acusado de
manifestar declaração racista em entrevista ao programa CQC exibido na noite de
segunda-feira (28). Coordenada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da
Câmara, a representação foi protocolada hoje na Presidência e na Corregedoria
da Casa.
O
documento também será enviado à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão,
órgão do Ministério Público Federal especializado nos temas de direitos
humanos, e ao Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, vinculado à
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
O
deputado Luiz Alberto (PT-BA), um dos signatários da ação, entende
que Bolsonaro cometeu crime de racismo com suas declarações. "Ele não
emitiu apenas uma opinião, algo que é garantido pela imunidade parlamentar, mas
cometeu um crime previsto em lei", afirmou o parlamentar baiano.
Outro
signatário da representação, o deputado Edson Santos (PT-RJ), ex-ministro
da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, considerou
deploráveis as palavras de Bolsonaro. "A declaração é indigna de um
representante da sociedade e a tentativa posterior de remediar a situação é um
ato de covardia", criticou Santos, fazendo referência ao discurso
proferido pelo deputado do PP na tarde de terça, em que negou a acusação de racismo
e falou em "mal entendido" na sua justificativa.
Jair
Bolsonaro já foi alvo de outras representações parlamentares, sempre motivadas
por suas declarações sobre temas de direitos humanos ou questões relacionadas à
ditadura militar.
Pela
bancada do PT, também assinaram a representação os deputados: Domingos
Dutra (MA), Emiliano José (BA), Erika Kokay (DF), Fernando Ferro (PE), Luiz
Couto (PB) e Marina Sant'ana (GO).
Ter,
29 de Março de 2011 20:53 Rogério Tomaz Jr
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