Agência
Brasil
Os
inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar
políticos citados nas delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht podem
levar pelo menos cinco anos e meio para chegar a uma conclusão. O tempo é
estimado pela FGV Direito Rio para que um processo criminal envolvendo
autoridades com foro privilegiado seja finalizado.
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A
estimativa faz parte do levantamento Supremo em Números, divulgado anualmente
pela instituição. Além do tempo médio, durante a tramitação, os processos ainda
poderão ser paralisados e remetidos para a primeira instância do Judiciário se
os políticos envolvidos não se reelegerem e, com isso, perderem o foro
privilegiado. A prescrição dos crimes também não está descartada. No caso de
investigados maiores de 70 anos, o tempo para a Justiça punir os acusados cai
pela metade em relação à pena máxima para cada crime.
Os
políticos citados nas delações dos ex-executivos da empreiteira Odebrecht vão
responder no STF pelos crimes de lavagem de dinheiro, crime eleitoral (caixa 2)
e corrupção ativa e passiva. As penas variam de três a 12 anos de prisão.
Com
a abertura da investigação, os processos devem seguir para a Procuradoria-Geral
da República (PGR) e para a Polícia Federal (PF) para que sejam cumpridas as
primeiras diligências contra os citados. Ao longo da investigação, pode ser
solicitada a quebra dos sigilos telefônico e fiscal, além da oitiva dos
próprios acusados.
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Dag Vulpi