
O presidente
do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, deputado José Carlos Araújo
(PSD-BA), apresentou hoje (3) uma questão de ordem contra a decisão do
vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que praticamente
determinou o reinício do processo de cassação do presidente da Casa, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ).
Maranhão
acatou recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), questionando a decisão de
Araújo que indeferiu um pedido do peemedebista no conselho durante a troca da
relatoria do processo, para que o parecer do novo relator fosse novamente
discutido e concedido prazo de vista.
Araújo
indeferiu a questão de ordem com o argumento de que o parecer de Marcos Rogério
(PDT-RO) era praticamente o mesmo do ex-relator deputado Fausto Inato (PRB-SP).
A continuidade do processo foi aprovada por 11 votos a 9.
Com a decisão
de Maranhão, o processo contra Cunha no conselho praticamente voltou a estaca
zero, uma vez que os deputados vão ter que reiniciar a discussão do relatório
apresentado pelo deputado Marcos Rogério. A expectativa é que aliados de Cunha
façam um pedido de vista do relatório. Após esse pedido de vista, o texto deve
ser votado novamente, o que gera uma perda de prazo de, no mínimo, 9 dos 90
dias que o conselho tem para decidir sobre o tema.
Nesta
quarta-feira, a reunião do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados marcada
para hoje (3) para tratar do processo de cassação do mandato de Cunha por
quebra de decoro parlamentar foi cancelada. Marcada para ter início após o
final da ordem do dia, a reunião foi adiada devido a demora na conclusão das
votações. Nova reunião deve ser marcada na próxima semana, após o Carnaval.
Além de
apresentar a questão de ordem, Araújo disse que o conselho também tem a
intenção de entrar com um mandato de segurança no Supremo Tribunal Federal
(STF) para manter a admissibilidade do pedido de cassação de Cunha.
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