Dag Vulpi - 26 de outubro de 2025
Muito se fala sobre os gastos do governo federal, mas pouca gente entende quem viaja, por que viaja e como esse dinheiro é distribuído.
O valor médio de R$ 5 milhões por dia em 2025 não é responsabilidade exclusiva do presidente, mas sim de toda a máquina pública, do IBGE às Forças Armadas.Meu objetivo não é defender o presidente, mas desmistificar narrativas que distorcem a realidade e enganam os menos avisados.
O montante diário inclui viagens de:
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Ministérios (Justiça, Segurança Pública, Defesa)
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Técnicos do IBGE, auditores e equipes de fiscalização
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Órgãos que realizam deslocamentos para monitoramento e execução de políticas públicas
Exemplo: um técnico em fiscalização do interior ou um militar de fronteira gera custo, mas isso não aparece nas manchetes sensacionalistas.
Como o dinheiro é usado
Dados do Portal da Transparência:
| Categoria | Percentual | Valor aproximado 1º semestre 2025 |
|---|---|---|
| Diárias (hospedagem, alimentação, locomoção interna) | 59% | R$ 1,0 bilhão |
| Passagens e deslocamento | 41% | R$ 0,7 bilhão |
86% do gasto é em deslocamentos nacionais, mostrando a necessidade de presença física em um país continental, e não em viagens internacionais da presidência.
Por que isso cresce e preocupa
O que chama atenção não é apenas o gasto, mas a velocidade com que aumentou de 2022 para 2025, levantando questões de gestão:
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Eficiência: quantos deslocamentos poderiam ser substituídos por videoconferências?
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Custo de oportunidade: R$ 5 milhões por dia equivale a construir uma escola municipal a cada duas semanas ou manter centenas de quilômetros de estradas.
O problema não é apenas viajar, mas priorizar mal os recursos públicos.
Separando narrativa de realidade
A grande mídia tende a associar todo o gasto ao presidente, mas isso é uma simplificação que engana o público.
O cidadão precisa compreender que cada ministério, cada órgão e cada servidor contribui para esse valor, e que a crítica deve focar em transparência, eficiência e priorização, não em sensacionalismo político.
Conclusão: crítica responsável
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Exija dados claros: consulte o Portal da Transparência.
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Cobrança consciente: critique a gestão de recursos, não personalize o gasto em uma única pessoa.
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Use tecnologia e planejamento: recursos públicos devem ser otimizados.
Separar fato de narrativa midiática é essencial para que a sociedade compreenda a complexidade do orçamento federal e cobre responsabilidade fiscal de forma informada.

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Dag Vulpi