O presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (15) que o novo pedido
de abertura de inquérito contra ele, protocolado pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no Supremo Tribunal Federal (STF)
é “solução” e não “problema”, pois vai poder ter acesso às denúncias para
preparar a defesa.
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Em entrevista
a jornalistas, Cunha reclamou que só tinha conhecimento das denúncias a partir
das matérias publicadas na imprensa: “Eu tomei conhecimento por nota dos
jornais, não fui notificado e meu advogado vai tomar as providências”, disse
Cunha, que ironizou o fato: “Toda quinta e sexta-feira eu espero uma denúncia.
Já virou rotina”.
Cunha também
ironizou as informações de que está negociando com o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva um “acordão” para não levar adiante nenhum pedido de impeachment
feito pela oposição contra a presidenta Dilma Rousseff, em troca de uma
blindagem no Conselho de Ética da Câmara para a representação protocolada pelo
PSOL e Rede Sustentabilidade, na terça-feira (13).
Ele negou ter
se encontrado ou tratado da questão com o ex-presidente: “Vocês sempre
insistem, como se eu estivesse escondendo encontro. Não falo com ele [Lula] por
telefone há algum tempo, não falei com ele pessoalmente, não troquei
telefonema. Ele não pediu para encontrar, eu não pedi para encontrar, não foi
feito nenhum contato, essa é a verdade”, disse.
Indagado se
despacharia algum pedido de impeachment, Cunha disse que não vai tratar do
assunto enquanto não entrar com recurso contra as decisões do STF que
suspenderam o rito definido por ele para a tramitação de um eventual processo
de impeachment da presidenta: “Esperamos que até amanhã a gente tenha condição
de responder. Se, porventura, não conseguir, eles [os advogados da Câmara] vão
trabalhar no fim de semana e a gente entra com o recurso segunda-feira. Pela
complexidade das respostas, às vezes, a celeridade pode atrapalhar a qualidade.
Estamos no detalhe, vendo ponto a ponto”.
No novo pedido
de investigação feito ao Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral Rodrigo
Janot cita contas atribuídas a Cunha na Suíça. A mulher do presidente da
Câmara, Cláudia Cruz, e sua filha, Danielle Cunha, também são citadas na ação.
Com o pedido
de abertura de inquérito. Eduardo Cunha passa a ser alvo de dois processos no
Supremo, originados das investigações da Operação Lava Jato. Em agosto, Janot
denunciou o presidente da Câmara dos Deputados pelos crimes de corrupção e
lavagem de dinheiro.
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