A defesa do
presidente da OAS, José Adelmário Filho, preso na Operação Lava Jato, pediu
nesta quarta-feira (21) que o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas
investigações, se declare suspeito para julgar o caso. Os advogados pedem
também a anulação das provas obtidas contra o investigado, que está preso desde
novembro passado na Polícia Federal, em Curitiba.
A defesa de
Adelmário Filho alega que Moro não pode continuar conduzindo os
processos porque se declarou impedido de julgar outra ação envolvendo o
doleiro Alberto Youssef, em 2010. No entendimento dos advogados, o juiz
"jamais" poderia relatar os processos relacionados à Lava Jato e dar
validade a um "questionável e imoral" acordo de delação premiada
firmado com o doleiro.
"Diante
dos atos levados a efeito justamente em virtude deste foro íntimo que motivou a
declaração pretérita, é facilmente perceptível que esse juízo não pode ser
considerado imparcial para a condução de qualquer investigação ou processo que
envolva o corréu Alberto Youssef, violando regras e princípio básicos
constitucionais", alega a defesa.
No mesmo
documento, há o argumento de que as autorizações para quebra de sigilo telefônico
foram ilegais e que a tramitação dos processos deveria ser de competência da
Justiça Federal no Rio de Janeiro.
Agência Brasil
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