A Social-democracia
é a ideologia política de esquerda que acredita na transição para o socialismo
sem a necessidade de uma revolução.
As ideologias
de esquerda são, em grande medida, influenciadas pelas proposições de Karl Marx e Friendrich Engels elaboradas no século
XIX. Na maioria dos casos, os socialistas revolucionários almejavam introduzir
o socialismo e a democracia nos países. Mas o movimento que
caracteriza efetivamente a Social-democracia como a entendemos hoje é resultado
de uma ruptura ocorrida no interior do movimento socialista no início do século
XX. Tal ruptura fez a distinção entre os que acreditavam ser preciso haver uma
revolução para implantação do socialismo e os que entendiam que o objetivo
poderia ser alcançado através de um caminho natural. Não tratava-se de uma
rejeição ao marxismo, porém não mais uma leitura ortodoxa. Os novos partidos e
movimentos socialistas surgidos nesse momento continuavam se declarando
marxista, só que o processo pretendido para chegar ao socialismo era a evolução
da sociedade.
Socialistas
ortodoxos e revisionistas permaneceram unidos até a eclosão da Primeira Guerra Mundial, quando tiveram
divergência de postura sobre o conflito. A Revolução Russa de 1917 foi outro evento que
fragmentou os socialistas. A partir de então, os socialistas revisionistas
passaram a ser chamados de sociais-democratas e os ortodoxos passaram a ser
chamados de comunistas. Diferença que se solidificou na década de 1920 e em
diante.
A
Social-democracia também passou por uma divisão ideológica, após a Segunda Guerra Mundial. De um lado, estavam
os que acreditavam que o capitalismo
deveria ser substituído pelo socialismo. De outro lado, havia um grupo que
defendia que não era necessário acabar com o capitalismo, mas reformá-lo. Esta
reforma teria como diretrizes a nacionalização das grandes empresas,
implantação e investimento em programas sociais e a redistribuição da riqueza.
A segunda postura tomou conta dos partidos e movimentos sociais-democratas no
decorrer da segunda metade do século XX.
A chamada Terceira Via surgiu na Itália, representando uma aliança dos
sociais-democratas com os partidos de centro. A pauta de muitos desses partidos
trocou a justiça social por questões de direitos humanos e preservação
ambiental, respondendo e conciliando com os apelos dos chamados Partidos
Verdes. Mas o flerte com o neoliberalismo resultou numa crise de identidade.
Em linhas
gerais, a Social-democracia defende a liberdade em todos os sentidos, a
igualdade, a justiça social e a solidariedade. Ou seja, o objetivo é tornar o
capitalismo mais igualitário. Atualmente, Suécia, Dinamarca, Finlândia e
Noruega são os países que mais refletem esta preposição.
Fontes:
LEFRANC, George. Socialismo Reformista. Lisboa: Circulo dos Leitores, 1974.
http://www.correiodeuberlandia.com.br/pontodevista/2011/05/20/social-democracia/
LEFRANC, George. Socialismo Reformista. Lisboa: Circulo dos Leitores, 1974.
http://www.correiodeuberlandia.com.br/pontodevista/2011/05/20/social-democracia/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi