Os brasileiros
gastaram mais no mês de julho para colocar na mesa o conjunto dos 13 alimentos
considerados essenciais para uma boa alimentação. No comparativo com o mês de
junho, o preço da cesta básica subiu nas 17 capitais pesquisadas mensalmente
pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese). As maiores elevações foram apuradas em Belo Horizonte (8,41%) e no
Rio de Janeiro (7,50%), enquanto as menores ocorreram em João Pessoa (1,61%) e
Manaus (1,95%).
Com uma alta de 7,03%,
a cesta básica na cidade de Porto Alegre atingiu um custo médio de R$ 299,96 –
o mais alto do país. É a primeira vez em 2012 que uma capital superou o custo
de São Paulo, que fechou o mês com valor médio de R$ 299,39, variação de 4,09%
ante junho. Em seguida aparecem Vitória (R$ 290,80) e o Rio de Janeiro (R$
290,64).
Os menores gastos
médios com a cesta básica, no mês passado, foram verificados em Aracaju (R$
208,14), Salvador (R$ 218,78) e João Pessoa (R$ 233,25).
No acumulado do ano,
considerando o período de janeiro a julho, também houve alta de preços nas 17
capitais. As variações mais expressivas foram apuradas em Natal (15,45%), João
Pessoa e Aracaju (ambas com aumento de 14,22%), Fortaleza (11,89%) e Brasília
(11,17%). Os menores aumentos ocorreram em Florianópolis, onde os preços
subiram 1,5%, Salvador (4,77%), e Goiânia (4,85%).
O tomate teve forte
influência na elevação do custo médio da cesta. As altas no preço ante junho
chegaram a 121,34%, em Belo Horizonte; a 98,89%, no Rio de Janeiro; e a 86,85%
em Vitória. Segundo o Dieese, a baixa oferta, devido a fortes chuvas e
problemas na maturação dos frutos devido às baixas temperaturas, tem elevado os
preços do produto nos últimos meses. O pão francês, o óleo de soja, o feijão e
o arroz também empurraram o índice para cima.
A carne bovina
apresentou queda de preços em 15 das 17 capitais. As variações ficaram entre
-6,89%, em Fortaleza, -0,06%, em São Paulo. Em 14 localidades, o preço da carne
está em baixa desde o começo do ano, acumulando quedas significativas em
Goiânia (-17,90%), Vitória (-10%) e no Recife (-8,79%).
Pelos cálculos do
Dieese, para atender às necessidades básicas de uma família, o salário mínimo
em julho deveria ser R$ 2.519,97, quantia 4,05 vezes maior do que o mínimo em
vigor (R$ 622). Em junho, o valor estimado havia alcançado R$ 2.416,38,
(3,88 vezes o valor vigente).
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