Analistas de
instituições financeiras voltaram a reduzir a projeção para o crescimento da
economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB),
soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu de 1,9% para 1,85%.
Para 2013, a projeção também caiu de 4,05% para 4%.
Em queda há dez
semanas, a projeção de retração da produção industrial passou de 0,44%
para 0,69%. Para 2013, a expectativa é que haja recuperação, com
crescimento de 4,4%, ante a estimativa de 4,3%.
Além de
esperar uma atividade econômica em ritmo menor este ano, o mercado
financeiro projeta mais inflação. A estimativa para o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2012, subiu pela quarta semana seguida,
ao passar de 4,98% para 5%. Para o próximo ano, a projeção para o IPCA
permanece em 5,5%, há seis semanas consecutivas.
As estimativas estão
acima do centro da meta de 4,5%, mas abaixo do limite superior de 6,5%. Cabe ao
BC manter a inflação sob controle. Um dos instrumentos usados pelo Banco
Central para controlar a inflação e o nível de atividade é a taxa básica de
juros, a Selic.
Como considera que os
riscos para a inflação são reduzidos e o ritmo da atividade econômica está mais
lento, o BC tem cortado a taxa Selic desde agosto do ano passado. Por isso, os
analistas esperam que nos dias 28 e 29 deste mês, quando ocorrerá a próxima
reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, a Selic seja reduzida
dos atuais 8% para 7,5% ao ano. Além desse corte, os analistas agora
esperam uma redução de 0,25 ponto percentual, ainda este ano. Assim, a
Selic encerrará 2012 em 7,25% ao ano, de acordo com a estimativa.
Para o fim de 2013,
segundo os analistas, a Selic deve voltar ao patamar de 8,5%. No próximo
ano, a expectativa é que a economia esteja mais aquecida e com isso, seja
necessário subir a Selic para que os preços não saiam do controle.
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