Na abertura da sessão da Assembléia Legislativa do Espírito Santo
(Ales), da manhã desta quarta-feira (04), os deputados explanaram sobre o jogo
político na Grande Vitória e criticaram a postura do Governador Renato
Casagrande, quanto a manipulação das candidaturas na cidade de Serra, Vitória,
Cariacica e Vila Velha. Além da discussão eleitoral, o presidente da Casa
Theodorico Ferraço (DEM) pediu ao Governo estadual, para que respondesse ao
processo do 11,98%, sobre o pagamento retroativo aos servidores do Poder
Legislativo.
A discussão sobre a geopolítica implantada no processo de construção
das alianças na Grande Vitória teve início na fala do deputado Sandro Locutor
(PV), que também sofreu pressão por parte do Governo para abrir mão da
candidatura em Cariacica. O parlamentar alertou que o achatamento dos partidos
é prejudicial na construção das alianças e que ainda há tempo de corrigir os
erros. Contudo, mesmo sofrendo pressão para abrir mão da candidatura, Sandro
continua na disputa para o executivo cariaciquense. “Agradeço pela autonomia do
meu partido, estão tentando achatar o PV em Cariacica, mas não iremos ceder”,
completou.
O republicano Gilson Lopes, que no início das indicações das chapas
majoritárias foi indicado ao executivo de Cariacica, e abriu mão para apoiar
Marcelo Santos (PMDB), ressaltou que o atual processo da geopolítica está
frustrando o desejo de muitos de concorrer às eleições. Além disso, o deputado
faz um alerta ao Governador. “Este tipo de articulação pode fazer com que
vários colegas se tornem oposição ao Governo”.
Contudo, Gilsinho ressalta que deseja aliança entre o parlamento e o
Governo, para que juntos possam criar condições de governabilidade. “O Governo
do Estado quer manter aliados nas prefeituras, mas não pode se esquecer de
manter o grupo no legislativo e garantir os interesses da população”,
completou.
Esmeraldo manda Malta “abaixar a bola”
Já no período do grande expediente, o parlamentar José Esmeraldo (PR)
mandou um recado para o presidente da executiva estadual do partido. “Magno
Malta abaixa a bola, fala a verdade sobre o que aconteceu na calada da noite de
domingo para retirar a candidatura de José Esmeraldo”, esbravejou.
Para Esmeraldo, a retirada da candidatura foi uma jogada entre PR,
Governador e Luciano Rezende. O deputado que se sente traído pelo partido, diz
que o maior medo dos articuladores era que ele vencesse a concorrência. “Fui
humilhado pelo meu partido, por isso que ele apoiar estarei fazendo campanha contra”,
declarou.
“No início das conversas partidárias falei com Renato Casagrande para
que ele não metesse na minha candidatura e ele me assegurou que assim seria,
mas agora vi que a fala dele não é verdadeira. Ele não foi leal a José
Esmeraldo”, finalizou o deputado.
Viabilização de recursos
No dia 12 de junho, o presidente da Casa de leis encaminhou uma carta
a Casa Civil solicitando a viabilização de recursos do Governo Estadual para o
pagamento dos servidores da Casa de Leis. O valor total da dívida foi calculado
em R$ 121.168.603,94.
Porém após 20 dias o Governo estadual ainda não se posicionou sobre o
assunto, então Theodorico faz uso da palavra pedindo ao Governador que delegue
o poder de decisão para a Ales para que está situação possa ser resolvida. “Precisamos
dessa decisão para que esta Casa cumpra com o pagamento dos nossos servidores”,
declarou.
O democrata teve apoio público do colega José Esmeraldo, que completou
dizendo que o Governo tem que apoiar a Ales e que o prejuízo para a Casa chega
de R$ 8 a R$ 10 milhões por ano. “Acredito que Renato Casagrande não irá deixar
o legislativo desamparado”, completou o parlamentar.
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