Deputados estaduais criticam ingerência de Casagrande
nas articulações eleitorais
Ele citou como exemplo sua situação, em Cariacica, onde pretendia disputar a eleição para prefeito. O deputado colocou também no grupo dos descontentes o PP e o PSD. Locutor afirmou que as costuras feitas pelo governo é um erro que pode ter consequências depois da eleição.
O deputado do PV foi sucedido na tribuna da Assembleia pelo também cariaciquense Gilsinho Lopes (PR), que foi mais contundente em suas declarações. “Não há que se meter onde não é chamado”, alegando que o governador Renato Casagrande garantiu que não iria influir nas articulações políticas.
Ao que tudo indica, o governador terá dificuldade em apaziguar os ânimos com os aliados após a eleição ou poderá ter problemas com sua governabilidade, caso o bloco dos insatisfeitos na Assembleia ganhe mais adeptos e não haja compensações pelas manobras nas bases dos parlamentares. Via SD | Renata Oliveira
A previsão dos observadores políticos é de que a frente que apoia o atual prefeito seja capaz de eleger de nove a 10 vereadores. Via SD | Por José Rabelo
Com a movimentação do PR contra a candidatura própria, a situação de Esmeraldo fica mais fácil. O próprio PT pode aproveitar o momento de revolta do deputado para se aproximar do parlamentar, que afirma ter 8% de intenção de votos. A imagem do deputado pode, portanto, auxiliar o palanque petista em uma disputa acirrada e em dois turnos, que está sendo prevista para Vitória.
Com um quorum insuficiente para votações, a sessão ordinária da
Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (4), foi marcada por
pronunciamentos inflamados dos deputados que pretendiam disputar as eleições
deste ano e foram rifados por seus partidos, por conta da geopolítica comandada
pelo governador Renato Casagrande.
Nos discursos ficou implícita a ameaça à harmonia na base aliada
depois da eleição, devido à ingerência do governador nas disputas municipais. O
primeiro a disparar contra Casagrande foi o deputado estadual Sandro Locutor
(PV). Para o parlamentar, a geopolítica de Casagrande está causando um “achatamento
dos partidos”.
Ele citou como exemplo sua situação, em Cariacica, onde pretendia disputar a eleição para prefeito. O deputado colocou também no grupo dos descontentes o PP e o PSD. Locutor afirmou que as costuras feitas pelo governo é um erro que pode ter consequências depois da eleição.
O deputado do PV foi sucedido na tribuna da Assembleia pelo também cariaciquense Gilsinho Lopes (PR), que foi mais contundente em suas declarações. “Não há que se meter onde não é chamado”, alegando que o governador Renato Casagrande garantiu que não iria influir nas articulações políticas.
Ele lembrou as vítimas do processo, como Hércules Silveira (PMDB) e
José Esmeraldo (PR), e também alertou para os prejuízos que o governador poderá
ter com as movimentações deste período pré-eleitoral. Gilsinho Lopes foi além,
disse que desistiu do processo eleitoral em Cariacica em favor da candidatura
do colega de plenário Marcelo Santos (PMDB). E alertou: “tem gente dentro do
próprio PMDB tentando frustrar a candidatura do deputado”.
Para os meios políticos a afirmação do deputado está ligada ao fato de haver uma movimentação palaciana em favor da candidatura do vice-prefeito do município Geraldo Luzia (PPS), o Juninho. Uma movimentação que estaria também dentro do projeto de geopolítica costurado para a disputa em Vitória.
Para os meios políticos a afirmação do deputado está ligada ao fato de haver uma movimentação palaciana em favor da candidatura do vice-prefeito do município Geraldo Luzia (PPS), o Juninho. Uma movimentação que estaria também dentro do projeto de geopolítica costurado para a disputa em Vitória.
O deputado Hércules Silveira, que também teve sua candidatura retirada
a fórceps pelo PMDB de Vila Velha em favor da reeleição do prefeito Neucimar
Fraga (PR), deixando transparecer que ainda não digeriu a manobra, preferiu não
polemizar a questão. Hércules, porém, é esperado em um protesto que acontece na
noite desta quarta-feira, na Prainha, contra a tratoragem das costuras em Vila
Velha.
O último a se pronunciar foi o deputado José Esmeraldo (PR), que
diferentemente de Hércules Silveira, reagiu de forma irritada às declarações do
presidente de seu partido, o senador Magno Malta, sobre a retirada da
candidatura própria em Vitória e disparou: “onde o PR estiver em Vitória, vamos
trabalhar contra, porque o deputado José Esmeraldo foi traído”. Sobre a
ingerência do governo no processo eleitoral, Esmeraldo foi contundente:
“Geopolítica é coisa de cafetão”.
Ao que tudo indica, o governador terá dificuldade em apaziguar os ânimos com os aliados após a eleição ou poderá ter problemas com sua governabilidade, caso o bloco dos insatisfeitos na Assembleia ganhe mais adeptos e não haja compensações pelas manobras nas bases dos parlamentares. Via SD | Renata Oliveira
Serra: após definir vice, PSB e PT criam impasse para
fechar proporcionais
Petistas e socialistas parecem ter chegado a um consenso em torno do
nome do vice que vai compor a majoritária com o candidato do PSB a prefeito da
Serra, o deputado federal Audifax Barcelos. A vereadora Lourência Riani (PT)
continua como favorita, principalmente após o deputado estadual Roberto Carlos,
que queria disputar a prefeitura da Serra, declarar que não tem interesse em
deixar a Assembleia para se lançar como vice.
Além da vice, o PSB avançou bastante na composição das alianças, que
já estão praticamente definidas. A frente puxada por Audifax congrega, por
enquanto, 14 partidos: PSB-PT-PSDB-PV-PTN-PP-PSC-PR-PTdoB-PRB-PTL-PSD-PTN-PRP.
Esses partidos estão divididos em seis blocos para as proporcionais: PSB-PT; PR-PTL;
PTC-PSDB; PV-PTdoB; PP-PTN, e PSD-PRP-PRB-PSC. A expectativa da frente é fazer
de 11 a 14 vereadores e conquistar a maioria dos 23 assentos na Câmara da
Serra.
Se o assunto vice está praticamente encerrado com a escolha de
Lourência, as conversas entre PSB e PT se enroscam agora nos candidatos a
vereador. Lideranças do PSB se assustaram com o tamanho da lista de nomes do
PT, que parece ter crescido nas últimas semanas. Inicialmente entre 13 e 15
nomes, já relaciona mais de 30 postulantes a candidato. O número é considerado
inviável pelo PSB, que tenta negociar uma redução com o PT.
Nesta quarta-feira (4), petistas e socialistas se reúnem novamente
para buscar um consenso em torno das “cotas” para cada um dos partidos. O PSB
está disposto a ceder 24 das 46 vagas previstas para o bloco. Nesta divisão, os
socialistas inscreveriam os outros 22 candidatos. Para a conta fechar, o PT
precisaria excluir da sua lista original cerca de oito candidatos. Vale
ressaltar que 14 dos 46 candidatos precisam ser do sexo feminino.
Do lado do candidato do PDT, o prefeito Sérgio Vidigal, a situação
parece estar bem mais tranquila em relação aos proporcionais. Por enquanto, no
arco de alianças do pedetista, há 10 partidos alinhados, que estão dispostos em
quatro blocos: PDT-PMDB-PSDC; PPS-DEM; PCdoB-PSL, e PHS-PMN-PTB.
A previsão dos observadores políticos é de que a frente que apoia o atual prefeito seja capaz de eleger de nove a 10 vereadores. Via SD | Por José Rabelo
Sérgio Sá na vice de Iriny Lopes leva José Esmeraldo
para palanque do PT
Com a desistência do vereador Serjão Magalhães (PSB) de integrar a
chapa do PT, como o vice de Iriny Lopes, a expectativa é de que a chapa conte
com o também vereador socialista Sérgio Sá. Essa movimentação do PT pode atrair
mais do que o partido do governador Renato Casagrande para seu palanque.
Sérgio Sá é filho do deputado estadual José Esmeraldo. Indignado com a
posição de seu partido, o PR, que rifou sua candidatura a prefeito da Capital
em favor da candidatura de Luciano Rezende (PPS), o parlamentar pode se unir
aos petistas e levar seu capital político para o palanque de Iriny Lopes.
Esmeraldo já deixou claro que não vai apoiar a chapa do PPS, porque se
considerou traído pela direção regional do PR. Ele só não havia decidido se
apoiaria a candidatura do PT e ou do PSDB, que tem à frente do palanque o
ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas.
Com a movimentação do PR contra a candidatura própria, a situação de Esmeraldo fica mais fácil. O próprio PT pode aproveitar o momento de revolta do deputado para se aproximar do parlamentar, que afirma ter 8% de intenção de votos. A imagem do deputado pode, portanto, auxiliar o palanque petista em uma disputa acirrada e em dois turnos, que está sendo prevista para Vitória.
Além da filiação que torna Sérgio Sá mais atraente ao cargo de vice de
Iriny Lopes, o vereador foi secretário municipal na gestão de João Coser, o que
torna sua proximidade com o palanque de Iriny mais evidente.
O histórico de Esmeraldo nas duas eleições anteriores também favorece
a costura para esta eleição. Em 2004, Esmeraldo deixou a corrida eleitoral para
apoiar a candidatura de João Coser. O deputado também esteve com o prefeito na
disputa pela reeleição em 2008. Via SD| Por Renata Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi