sexta-feira, 28 de julho de 2017

Governo da Espanha diz que "não haverá referendo na Catalunha”


O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, assegurou que não haverá nenhum referendo no dia 1º de outubro na Catalunha, porque a iniciativa unilateral é inconstitucional e ilegal. A declaração foi feita após os últimos passos acelerados do governo catalão em direção a uma ruptura com  a Espanha. A informação é da agência Télam.

"Ninguém pode pretender que se negocie a ruptura de uma Constituição, que é patrimônio de todos os espanhóis", afirmou o líder conservador, que fez um balanço de sua gestão antes do recesso de férias de verão, um período que se prenuncia turbulento pela intenção dos independentistas catalães de acelerar o processo de secessão da região da Espanha.

Os independentistas catalães apresentaram uma lei com a qual pretendem blindar o referendo unilateral de separação da Espanha, previsto para 1º de outubro. A norma será "suprema", não estabelece um mínimo de participação e o resultado será vinculante e efetivo em 48 horas.

Em um ato partidário no Parlamento catalão, em Barcelona, deputados da aliança indepedentista Junts pel Sí (JxS) e seus parceiros anticapitalistas da Candidatura de Unidade Popular (CUP) explicaram que será criada uma Procuradoria Eleitoral da Catalunha, que "zelará pela neutralidade informativa e a igualdade de oportunidades" durante o processo eleitoral. Também está prevista a participação de observadores internacionais.

O censo, que terá participação de residentes na Catalunha e no exterior com direito a voto -- ou seja, com nacionalidade espanhola -- será elaborado pelo governo catalão e corroborado pela Procuradoria Eleitoral.

Segundo afirmou o deputado Lluís Corominas, do JxS, a lei será "suprema" e, portanto, prevalecerá sobre qualquer outra norma que possa contradizê-la. A declaração busca dar garantia jurídica a todos os cargos públicos para colaborarem com a consulta, que é considerada ilegal por ir contra os preceitos da Constituição espanhola.

Brasileiro está menos confiante em relação à inflação, emprego, renda e consumo


O consumidor brasileiro está menos confiante com relação à inflação do país, às expectativas de emprego, renda e de compra de bens de maior valor, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado hoje (28), caiu para 99,5 pontos em julho, valor 1% inferior ao de junho; 1,7% menor do que o registrado em julho de 2016; e 8,2% abaixo da média histórica (108,4 pontos).

O Inec é um indicador criado pela CNI para ajudar as empresas a anteciparem variações na atividade econômica e, em especial, identificar as tendências dos consumidores para os próximos seis meses.

De acordo com a CNI, “todos os componentes dos indicadores que apontam as expectativas dos brasileiros para os próximos seis meses pioraram em julho”. A entidade aponta como sendo a maior queda a relativa às expectativas sobre o mercado de trabalho.

O recuo do índice que avalia a expectativa de desemprego recuou 5,2%, na comparação com junho. Na comparação com julho de 2016, o recuo ficou em 5,3%. A CNI esclarece que quanto menor o índice, maior é a expectativa de desemprego.

Já o índice que mede a expectativa com relação à inflação, foi registrado uma queda de 1,5% em julho, na comparação com junho; e de 1,3% na comparação com julho do ano passado.

Houve também queda nos índices relativos às expectativas de renda pessoal (-0,7% na comparação com junho; e -2% na comparação com julho de 2016), e da expectativa de compras de bens de maior valor (-1,7% na comparação com junho; e -2,6% na comparação com julho de 2016.

Com relação à expectativa de endividamento, houve um aumento de 2% na comparação com o mês anterior, e uma queda de 0,3% na comparação com o mesmo mês de 2016. Já o índice de condições financeiras aumentou 1,1%, na comparação com o mês anterior, e 2,1% na comparação com julho do ano passado. No caso desses índices, a comparação é feita com os três meses anteriores, o que, segundo a CNI, indica que os consumidores perceberam alguma melhora.

Feita em parceria com o Ibope Inteligência, a pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 125 municípios entre os dias 13 e 16 de julho.

Lava Jato: Dilma depõe como testemunha de defesa da senadora Gleisi Hoffmann


A ex-presidente Dilma Rousseff presta depoimento hoje (28), em Porto Alegre, na condição de testemunha de defesa da senadora Gleisi Hoffmann. A audiência está marcada para as 13h na Seção Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul.

Gleisi e o marido, o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo, são acusados pela Lava Jato de receber R$ 1 milhão do esquema de corrupção da Petrobras para custear a campanha eleitoral ao Senado, em 2010. A ação penal tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta do foro privilegiado da parlamentar.


Além de Dilma, será ouvido hoje o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, em depoimento marcado para as 17h na Justiça Federal da Bahia, em Salvador. Gabrielli também falará como testemunha de defesa.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Sobe para três o número de mortes no segundo dia de greve geral na Venezuela


A morte de um jovem de 23 anos no estado de Mérida, no Oeste da Venezuela, elevou para três o número de pessoas que perderam a vida em todo o país durante a greve geral de 48 horas promovida pela oposição contra o presidente Nicolás Maduro que começou na quarta-feira (26).  A informação é da Agência EFE.

Saiba mais:

"A promotoria de Mérida investiga a morte de Enderson Caldera (23), que foi ferido (...) durante uma manifestação em Timotes", escreveu nesta quinta-feira (27), em seu perfil oficial no Twitter, o Ministério Público (MP) da Venezuela.

O MP tinha informado ontem à noite que um adolescente de 16 anos morreu durante uma manifestação no bairro popular de Petare, em Caracas, que é considerada uma das maiores favelas da América Latina.

Antes, o MP tinha informado a morte de um homem de 30 anos, Rafael Antonio Vergara, durante outra manifestação em Mérida.

Agentes das forças da ordem e participantes da greve geral convocada pela oposição se enfrentaram ontem em vários pontos de Caracas, quando a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, Polícia Militar) tentava dispersar os manifestantes.

Líderes da oposição responsabilizaram diretamente o presidente Nicolás Maduro pelas mortes dos três manifestantes.

Com essas novas mortes, já são 103 pessoas que perderam a vida desde 1º de abril deste ano na atual onda de protestos contra o governo.

Segundo a organização de defesa dos direitos humanos Foro Penal Venezolano,  das 159 pessoas, 100 delas no estado de Zulia foram detidas ontem nos protestos e em operações policiais, que o grupo qualifica de arbitrárias e ilegais. Com isso, já são 4.500 os detidos dentro dos protestos contra o governo.

Hoje, muitos estabelecimentos comerciais amanheceram com suas portas fechadas e várias ruas seguem bloqueadas ao trânsito por cidadãos que exigem a renúncia do presidente Nicolás Maduro.

"Cumprimos mais de 24 horas da Greve Cívica, 24 horas para que a vontade do povo seja respeitada e detenham a fraude", escreveu no Twitter o deputado opositor Stalin González, em alusão à Assembleia Constituinte promovida por Maduro, cujos integrantes serão eleitos neste domingo (30) para redigir uma nova Carta Magna.

A greve geral conta com o apoio de mais de 350 sindicatos e da principal associação patronal do país, a Fedecámaras, que pretende forçar Maduro a interromper o processo para elaborar a nova Constituição.

Governo Temer é aprovado por apenas 5%, diz CNI/Ibope

Com a pior taxa desde o fim da ditadura, o governo do presidente Michel Temer é avaliado como ótimo ou bom por apenas 5% dos brasileiros — queda de cinco pontos percentuais em relação à última pesquisa. Outros 83% desaprovam a maneira como o peemedebista governa, enquanto 11% a aprovam. Os dados são de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Ibope, divulgada na manhã desta quinta-feira. A série histórica foi iniciada com a redemocratização, em levantamento de março de 1986 com o ex-presidente José Sarney.

Saiba mais:

Nesta quinta-feira, o índice de rejeição a Temer — os que consideram o governo ruim ou péssimo — foi de 70%. Para 21%, o governo é regular. E 3% não souberam avaliar ou não responderam. Já a confiança no presidente da República é de 10%, ante de 87% de desconfiança.

Se comparado ao governo Dilma Rousseff, 52% acham o governo Temer pior. Para 35%, é igual. E há 11% que acham a gestão Temer melhor do que a da antecessora, da qual o peemedebista era vice-presidente. As perspectivas ao restante do governo são ruins ou péssimas para 65%, regulares para 22% e ótimas ou boas para 9%.

Nove áreas de atuação do governo foram avaliadas. A pior foi "impostos", com 87% de desaprovação. Apesar de na semana passada o governo federal ter aumentado impostos sobre combustíveis, a pesquisa foi feita antes disso. Em seguida, em desaprovações decrescentes, vêm saúde (85%), taxa de juros, segurança pública e combate ao desemprego (as três com 84%), combate à fome e à pobreza ( 80%), combate à inflação (77%), educação (75%) e meio ambiente (70%).

Na pesquisa de março, as notícias mais lembradas (26%) eram sobre "discussões sobre a reforma da Previdência". Já agora, as mais mencionadas são em relação a "corrupção no governo" (16%). Reforma trabalhista (10%), operação Lava-Jato (9%), denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer por corrupção passiva (8%) e a reforma da Previdência (4%), que está parada na Câmara há quase três meses, fecham a conta das cinco mais recordadas. Das 15 colocadas na pesquisa como mais frequentes, apenas duas não são diretamente negativas ao presidente: uma sobre a condenação de Lula e outra sobre a reforma trabalhista.

Também foram elencadas, por ordem decrescente: desemprego (3%), pedido de impeachment de Temer (3%), crise política nacional (2%), manifestações nacionais (2%), prisão de Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer — flagrado recebendo R$ 500 mil da JBS — (2%), crise financeira dos estados (2%), greves e paralisações nacionais (1%), condenação do ex-presidente Lula na Lava-Jato (1%), liberação de verbas para parlamentares votarem a favor de Michel Temer (1%), rejeição da denúncia contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) (1%).

5% lembraram-se de notícias com menos de 0,5% de citações, 10% não responderam notícia alguma, ao passo que 36% não souberam ou não responderam. 64% percebem o noticiário como mais desfavorável ao governo, enquanto 12% acham que é mais favorável. 13% não consideram nem favorável, nem desfavorável.

O jeito de Temer governar é mais desaprovado nas capitais (86%) do que no interior (69%). Já analisando a renda familiar dos entrevistados, os que têm renda familiar acima de cinco salários mínimos foram mais simpáticos ao presidente: 22% de aprovação da maneira de governar. Se em famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos 66% acham o governo Temer ruim ou péssimo, nas famílias com renda de até dois salários a taxa sobre para 72%.

No último levantamento, feito em 31 de março, 10% avaliaram o governo como ótimo ou bom; 31%, regular; 55%, ruim ou péssimo; e 4% não souberam ou não responderam. Antes dessa pesquisa, em dezembro de 2016, Michel Temer era aprovado por 13% dos entrevistados. 46% consideravam o governo ruim ou péssimo e 35%, regular. Outros 6% não souberam opinar ou não responderam.

A pesquisa CNI/Ibope desta quinta-feira foi realizada entre os dias 13 e 16 deste mês, com 2 mil pessoas em 125 municípios brasileiros, e tem margem de erro de dois pontos percentuais. O nível de confiança do levantamento é de 95%.

Ex-presidente do BB e da Petrobras pediu R$ 20 milhões em propina, diz Lava Jato

O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendineteria recebido ao menos R$ 3 milhões de propina em espécie da Odebrecht para não prejudicar a empresa em futuras contratações, segundo informações das equipes da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) que atuam na Lava Jato.

Saiba mais:

Bendine foi preso temporariamente hoje (27) em São Paulo, na 42ª fase da Lava Jato, denominada Operação Cobra. Foram cumpridos outros dois mandados de prisão temporária em Pernambuco.

Segundo as investigações, antes de receber os R$ 3 milhões, em 2015, Bendine pediu outros R$ 17 milhões de propina à Odebrecht quando ainda era presidente do Banco do Brasil. Em troca, ele atuaria para rolar uma dívida da Odebrecht Agroindustrial.

Histórico
Bendine presidiu o Banco do Brasil entre abril de 2009 e fevereiro de 2015, quando substituiu Graça Foster na presidência da Petrobras.

A investigação contra Bendine teve como base as delações premiadas de Marcelo Odebrecht, ex-  presidente-executivo do grupo Odebrecht, e de Fernando Reis, executivo da companhia.

Por entender que Bendine não tinha poder para influenciar na rolagem do empréstimo, a empresa decidiu não pagar os R$ 17 milhões, mas acabou aceitando repassar, posteriormente, R$ 3 milhões para garantir seus interesses na Petrobras, disseram os procuradores.

Os indícios mostram que os pagamentos foram feitos em três repasses de R$ 1 milhão, todos em 2015, feitos por meio de contratos fictícios de consultoria junto a uma empresa laranja, informou o MPF.

Na nota do MPF, o procurador da República Athayde Ribeiro Costa destacou a audácia dos envolvidos. “É incrível topar com evidências de que, após a Lava Jato já estar em estágio avançado, os criminosos tiveram a audácia de prosseguir despojando a Petrobras e a sociedade brasileira”, disse.

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Dag Vulpi

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