segunda-feira, 11 de maio de 2015

Janot destaca impessoalidade e trabalho coordenado na condução da Lava Jato


Atuação integrada do MPF, Polícia Federal, Receita Federal e Justiça Federal permitiram a restituição de R$157milhões desviados da Petrobras por Pedro Barusco

Com informações do site do Ministério Público Federal - 11/05/2015

Em cerimônia que marcou a devolução à Petrobras de R$157milhões desviados pelo ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destacou, nesta segunda-feira, 11 de maio, o trabalho cooperado e integrado das instituições que atuam na Operação Lava Jato. A atuação coordenada do Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal, Receita Federal e Justiça Federal permitiram a restituição dos valores que eram mantidos em contas secretas na Suíça e foram repatriados. “O trabalho está sendo conduzido de forma impessoal, buscando apenas a elucidação dos fatos”, afirmou.  

“Hoje revelamos um perfil não muito visto do Ministério Público: perfil que não é só repressivo, mas de um MP preocupado em compor situações e litígios. Contribuímos de forma orgulhosa com a devolução de valores que foram ilicitamente subtraídos da Petrobras”, apontou o procurador-geral. Ainda segundo Janot, outros valores são objeto de discussão em acordos de colaboração em curso. “Pretendemos levar a cabo esses acordos para auxiliar na recomposição desse ilícito. A Petrobras merece toda atenção do sistema de Justiça”, complementou.

Também participaram do evento o procurador da República no Paraná e coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, a vice-presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Candice Galvão, a delegada-chefe da Lava Jato, Erika Mialik, e o chefe do Escritório de Pesquisa e Investigação na 9ª Região Fiscal da Receita Federal, Roberto Leonel.

Valores - O Ministério Público Federal pediu a devolução de aproximadamente R$ 6 bilhões e já obteve, entre bloqueios, R$1 bilhão, dos quais R$580 milhões de efetivo ressarcimento. Hoje já foram obtidos cerca de R$ 370milhões repatriados por meio de acordos e, no Brasil, cerca de R$ 210milhões foram devolvidos, onde também está bloqueado mais meio bilhão de reais que aguardam decisão definitiva da Justiça. Os milhões já recuperados e em parte devolvidos hoje foram obtidos a partir acordos de colaboração feitos pelo MPF com réus da Lava Jato.

“Esses acordos são fruto do trabalho coordenado, integrado e árduo de uma grande equipe de investigação, que permitiu a formulação de acusações consistentes contra mais de cem réus”, destacou Deltan Dallagnol. A atuação conjunta já permitiu a formulação de acusações contra mais de cem réus. A investigação ostensiva da Lava Jato tem cerca de 440 dias e, no Supremo Tribunal Federal, teve início em 16 de janeiro de 2015. Desde então, em média, foram recuperados mais de R$1 milhão por dia de investigação.   

Para o presidente da Petrobras, o evento possui forte simbologia, pois traz alento à sociedade brasileira. “Neste dia em que retomamos a primeira parcela dos recursos perdidos, reforçamos que a Petrobras está no rumo certo para voltar a ser fonte de orgulho para todo conjunto da sociedade brasileira”. No final de abril, a estatal tornou-se assistente do MPF como parte do processo de cooperação nas investigações. A expectativa é resgatar R$1,3 bilhão, além de danos morais ainda não calculados. 

Operação em números - Atualmente, 380 pessoas atuam na Lava Jato, das quais 324 são servidores públicos e 56, investigadores externos contratados pela Petrobras. São 78 membros, servidores e estagiários do MPF; 39 delegados, agentes, escrivães e peritos da Polícia Federal; 55 auditores e técnicos da Receita Federal; 31 servidores do Tribunal de Contras da União (TCU); dez servidores do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade); 60 servidores da Controladoria-Geral da União; sete servidores do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça; seis servidores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e quatro servidores do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).Também atuam no caso 24 funcionários da Petrobras e  juízes e servidores da 13ª Vara Federal de Curitiba. 


“A própria quantidade, a qualidade técnica e a diversidade dos membros da equipe, comprometidos com o interesse público,  garantem a imparcialidade do trabalho e protegem as investigações”, acrescentou Dallagnol.


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Gira Sol, Gira







Quando o sol gira, eu giro.
A flor acompanha o sol.
Os insetos a seguem
O colibri os copia.
Gira o sol,
Giram as flores,
Giram os insetos,
Giro eu.



quinta-feira, 7 de maio de 2015

Maioria do secretariado não possui formação técnica condizente aos cargos exercidos

EquipeHartung
Fonte: es.gov.br


Após quase cinco meses de início de mandato e muitas especulações políticas, o governo anunciou que a equipe está completa. E, diferente do que sempre se propagou, o perfil do atual secretariado não é nada técnico, mas sim “recheado” de indicações meramente políticas nas mais diversas secretarias, autarquias e fundações.

Ao analisar os currículos dos 50 principais gestores públicos (secretários, presidentes de autarquias e fundações), nota-se que apenas três poderiam ser considerados estritamente técnicos. Dos demais, 58%, ou seja 29 gestores, possuem fortes ligações político-partidárias e possuem formação profissional sem nenhuma ligação com a área da pasta  para a qual foram escolhidos pelo atual governo. Exemplo disso é engenheiro na Saúde; procurador e advogado no Meio Ambiente; além de ex-deputados e ex-prefeitos ocupando secretarias estaduais.

Os demais 36%, ou seja, 18 gestores, apesar de terem formação profissional condizente com o cargo que assumiram, também fazem parte do secretariado devido à forte influência política. Por inúmeras vezes, eles ocuparam cargos em prefeituras, por exemplo, apenas por indicação política.

Esses dados apontam que o atual governo preocupou-se mais em colocar aliados políticos para compor seu secretariado. Assim, fica mais fácil para defenderem seus ideais, em detrimento dos interesses da sociedade. Parece que para o governo pouco importa a formação profissional na área, mas sim indicações políticas e o currículo que os profissionais já desempenharam em outros cargos políticos.

São diversas escolhas “questionáveis”, como a do ex-procurador geral do Estado para assumir a Secretaria de Meio Ambiente, principalmente em um momento de crise hídrica, quando seria essencial um especialista na área para conduzir a secretaria.

O empresariado também tem sido muito bem representado com o ex-diretor do Instituto Futura e a ex-editora da Rede Gazeta ocupando secretarias no atual governo. Além disso, familiares do vice-governador e do governador estão no primeiro escalão. Um sobrinho do primeiro ocupa a presidência da Prodest e a cunhada do governador está na secretaria de governo.

Continuísmo

Apesar do discurso de culpabilidade do atual governo contra o seu antecessor, na prática nota-se apenas um continuísmo. Vale ressaltar os inúmeros cargos comissionados e boa parte do secretariado que continuam em cargos estratégicos. Entre esses se destacam: Rodrigo Judice, Eugênio Ricas, André Garcia, Sandra Bellon, Angela Silvares, Paulo Ruy Carnelli,Neivaldo Bragato, Guerino Balestrassi que estavam e continuam no governo. Portanto, tais dados comprovam que não estamos com um “novo” e sim 12 anos e cinco meses do mesmo governo.

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quarta-feira, 6 de maio de 2015

As 10 Estratégias de Manipulação Midiática - Chomsky*


Antes de iniciar o tópico sugiro uma breve reflexão sobre os atuais “PANELAÇOS"


"Fazer uso do aspecto emocional, sem a devida reflexão – e nisso os livros são indispensáveis para servir de antídoto – é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido crítico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos"

(Noah Chomsky em Armas silenciosas para guerras tranquilas, Estratégias de manipulação)

Classificado em Internacional – Imperialismo

O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranquilas’)”.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.


*


O francês Jean BRICMONT contesta que a autoria das 10 Estratégias de Manipulação Midiática  seja de Chomsky. http://www.legrandsoir.info/a-propos-des-dix-strategies-de-manipulation-de-masses-attribue-a-noam-chomsky.html

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