quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

‘Cupincha’ de Aécio, Anastasia é citado na Lava Jato




Do Globo:

Antes fora da lista de políticos citados pela Operação Lava-Jato, o senador eleito Antonio Anastasia, ex-governador de Minas Gerais, foi mencionado em depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca.

Em 18 de novembro do ano passado, Careca contou à Polícia Federal que entregou R$ 1 milhão a Anastasia em 2010, a mando do doleiro Alberto Youssef, pivô do esquema de corrupção que desviou R$ 10 bilhões da Petrobras.

Quem revelou a notícia foi a Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira. A Justiça Federal do Paraná está sob posse da citação, que não foi encaminhada à Procuradoria Geral da República porque Anastasia perdeu o foro privilegiado quando pediu demissão do cargo de governador para concorrer ao Senado. Recuperou o foro privilegiado às vésperas do recesso judicial.

Anastasia nega conhecer o policial e o doleiro. E considera o depoimento fora da realidade. Mas Careca garante ter levado o dinheiro a uma casa em Belo Horizonte. Ainda segundo o policial, Youssef tinha dito que o destinatário era o então candidato a governador.

Conforme mostra a Folha de S. Paulo, quando confrontado com uma foto de Anastasia, Careca declarou à Polícia Federal: “A pessoa que aparece na fotografia é muito parecida com a que recebeu a mala enviada por Youssef, contendo dinheiro”.

De acordo com a PF, o funcionário de Youssef era responsável por entregar dinheiro em espécie a pessoas indicadas pelo doleiro. Youssef triangulava as operações investigadas envolvendo funcionários da Petrobras, empreiteiras e políticos.

Careca mencionou ainda, em seus depoimentos, o candidato a presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Luiz Argôlo (SD-BA), aquele que fez declaração de amor a Youssef, e Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz.

Mais jovem dos suspeitos de atentado ao Charlie Edbo se entrega




O mais jovem dos três suspeitos do atentado desta quarta-feira em Paris contra o jornal Charlie Hebdo, Hamyd Mourad, de 18 anos, entregou-se à polícia, disse às primeiras horas da madrugada desta quinta-feira a agência France Presse, que cita fontes ligadas à investigação.

Os outros dois suspeitos, dois irmãos nascidos em Paris e de nacionalidade francesa, Kouachi Said, de 34 anos, e Sherif Kouachi, de 32 anos, ambos jihadistas já referenciados pelos serviços de contraterrorismo franceses, continuam em fuga. A polícia acredita que Hamyd Mourad terá servido de motorista e ajudado os dois atiradores nos ataques. Segundo a AFP, várias outras pessoas ficaram sob custódia policial à medida em que avança a operação de caça ao homem.

Desde as 23h desta quarta-feira que a polícia francesa tem em curso uma operação antiterrorista de larga escala para deter os suspeitos do ataque mais mortífero dos últimos 50 anos em solo francês. A operação centra-se na cidade de Reims, no Nordeste de França, a cerca de 130 quilómetros da capital, onde vários elementos da unidade de elite da polícia — o Raid — estão estacionados e prontos para deter a qualquer altura os suspeitos do atentado em Paris que dizimou a redação do jornal satírico Charlie Hebdo e fez um total de 12 vítimas mortais.

Um mandado de captura nacional foi emitido nesta quarta-feira pela polícia contra os três homens, indicou a mesma fonte à AFP. Um dos irmãos ainda em fuga tinha já sido condenado em França em 2008 por participar no envio de combatentes para o Iraque.

Salman Rushdie fala sobre o ataque ao jornal Charlie Hebdo




Salman Rushdie, cujo livro “Os Versos Satânicos” provocou intensas manifestações de protestos de muçulmanos em 1989, publicou uma nota sobre o ataque à revista satírica Charlie Hebdo. Sua declaração:

“Religião, uma forma medieval de irracionalidade, quando combinada com armamento moderno torna-se uma real ameaça à nossa liberdade. O totalitarismo religioso causou uma mutação letal no coração do Islã, e hoje vemos as consequências trágicas disso em Paris. Eu estou com a Charlie Hebdo, como todos nós devemos estar, para defender a arte da sátira, que sempre foi uma força para a liberdade e contra a tirania, a desonestidade e a estupidez. ‘Respeito pela religião’ tornou-se um código que significa “medo de religião.” Religiões, como todas as outras ideias, merecem crítica, sátira e, sim, nosso destemido desrespeito.”

Cartunista assassinado fez charge dizendo que atentado na França ocorreria em janeiro




Em uma de suas mais recentes criações, o cartunista e diretor de publicações do Charlie Hebdo, Stéphane Charbonnier, ou Charb, como era mais conhecido, publicou um desenho que o jornal francês Le Monde chamou de premonitório: um alerta sobre o perigo dos ataques terroristas ao país.

Na charge, publicada logo no início deste ano, a chamada em francês diz “A França segue sem sofrer atentados” acima da imagem de um suposto terrorista armado, que ameaça: “Atenção. Esperem até o final de janeiro para comemorar”.

Charb está entre os 12 mortos do ataque terrorista a sede do veículo, no coração de Paris, nesta quarta-feira (7).

A publicação era famosa por fazer duras críticas a religiões, incluindo o Islã. Por causa dessas sátiras, o diretor era escoltado por policiais desde 2011, quando um incêndio criminoso tomou a sede da revista após a publicação de caricaturas de Maomé.

Nascido em 21 de agosto de 1971 em Conflans-Sainte-Honorine, Charb havia mencionado em outra matéria do jornal francês que não tinha medo das represálias por causa de seu trabalho.

“Prefiro morrer de pé do que viver de joelhos”, disse ele em uma dessas ocasiões.

Além das 12 mortes, segundo o boletim divulgado mais recentemente, os terroristas deixaram 20 feridos, quatro deles em estado grave. Os homens estavam armados com um fuzil kalashnikov e um lança-foguete, disseram autoridades francesas.

Testemunhas contaram que, antes de deixarem o local, os homens teriam gritado “Vingamos o profeta!”, segundo o jornal Le Monde. Há ainda três feridos internados em estado grave.

Rocco Contento, porta-voz do sindicato dos policiais local, disse aos jornalistas que três suspeitos fugiram em um carro dirigido por um quarto homem. O veículo seguiu no sentido de Port de Pantin, onde o grupo teria roubado outro carro e fugido, de acordo com o jornal inglês The Guardian.

Do IG

Youssef afirma ter passado propina a Cunha




"É claramente uma tentativa política de atacar a minha candidatura, visando a criar constrangimentos para contrários se beneficiarem", escreveu deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Twitter, sobre a divulgação de que deve ser alvo de inquérito da Procuradoria por suposta ligação com o esquema montado por Alberto Youssef; favorito na disputa pela presidência da Câmara, ele faz referência a Arlindo Chinaglia (PT-SP); doleiro afirma ter repassado verba em dinheiro ao parlamentar.

Mencionado por dois réus da operação Lava Jato, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) atribuiu a adversários políticos a divulgação de que ele deve ser alvo de inquérito da Procuradoria por suposta ligação com o esquema de corrupção montado pelo doleiro Alberto Youssef.

"É claramente uma tentativa política de atacar a minha candidatura, visando a criar constrangimentos para contrários se beneficiarem", escreveu Cunha no Twitter, favorito na disputa pela presidência da Câmara. Sem citar nomes, ele faz referência a Arlindo Chinaglia (PT-SP).

"É lamentável que oponentes usem desse expediente baixo tentando me desqualificar. Se a pólvora da bomba deles é dessa qualidade, será tiro de festim na água."

Cunha foi citado no depoimento de um policial federal preso como beneficiário de desvio de recursos da Petrobras. Foi também envolvido pelo próprio doleiro, que afirma ter pago o parlamentar com valores em espécie.  Segundo Youssef, a propina foi paga  “por intermédio de Fernando Baiano”. Ele foi apontado como lobista do PMDB, por sua proximidade com o ex-diretor Nestor Cerveró.

"Eu tenho absoluta certeza de que essa informação é falsa. A mesma certeza que eu tinha em relação à outra informação [a do policial], tenho em relação a essa. Não conheço esse senhor [Youssef]. Estou absolutamente tranquilo em relação a isso. É mais uma iniciativa política para me prejudicar", rebate Cunha.

Parlamentar defende na rede social a abertura de outra CPI sobre o caso.

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Dag Vulpi

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