sábado, 21 de novembro de 2015

Sebastião Salgado diz que acredita na sobrevivência do Rio Doce


Natural de Aimorés (MG), afetada pelo rompimento das barragens da Samarco, Salgado cresceu às margens do Rio Doce. É dele a ideia de criar um fundo exclusivo para recuperação do rio que deverá ser constituído pelas empresas BHP e Vale, donas da Samarco.

O fotógrafo alerta ainda para a necessidade de que os recursos sejam fiscalizados pela sociedade civil para evitar que o dinheiro seja desviado para uso político. “Tenho muito medo de haver uma espécie de varejo desses fundos e quem sabe numa hora qualquer esses fundos, que deveriam ser para reconstituir uma bacia destruída, passe a ser um recurso para constituir praças públicas e ser plataforma de político. Tenho muito medo.”

De acordo com ele, o formato de gestão do fundo e de fiscalização da aplicação desses recursos ainda será definida e deverá contar com a participação de autoridades federais e estaduais, organizações não governamentais (ONGs) e universidades.

O fotógrafo defende ainda uma ação emergencial de atendimento às populações ribeirinhas que estão com problemas de abastecimento de água. “Para essa parte da população [pescadores e indígenas] vamos ter que encontrar um plano imediato. A proposta que nós temos deve ser concluída a médio e longo prazo, você não recupera uma bacia em menos de 15 ou 20 anos”, disse.

Perguntado sobre possíveis apoios internacionais para constituição do fundo de recuperação da Bacia do Rio Doce, ele disse que a questão é puramente nacional, de duas empresas, a Vale e a BHP que, em última instância, provocaram o dano ecológico. “Depois que o fundo for constituído a gente pode pensar na colaboração internacional tanto técnica quanto financeira para reconstrução da bacia”, ressalta.

Sobre a recuperação das nascentes da região, ele disse que o Instituto Terra, ONG da qual é fundador, pode começar o reflorestamento dessas áreas a partir de outubro do próximo ano, período de chuvas. “O instituto tem o maior viveiro de plantas nativas do estado de Minas Gerais e pode iniciar o plantio e a preparação dos técnicos que vão trabalhar nessa recuperação a longo prazo.”


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Bélgica aumenta alerta de terrorismo para nível máximo


A Bélgica aumentou para o nível máximo o alerta de terrorismo, que significa “ameaça iminente”, anunciaram hoje (20) as autoridades belgas.

“Após a última avaliação, o gabinete de crise aumentou o alerta para o nível 4, o que significa uma séria ameaça na região de Bruxelas”, diz o comunicado divulgado uma semana após os ataques do Estado Islâmico em Paris, que fez 130 mortos.

“A análise que foi efetuada demonstra uma ameaça séria que requer medidas específicas de segurança assim como a divulgação de recomendações especiais junto da população”, acrescenta o gabinete de crise que depende do Ministério do Interior.


Conselho de Segurança da ONU autoriza "todas as medidas" contra Estado Islâmico


O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou hoje (20) uma resolução que autoriza todos os países com capacidade a utilizarem “todas as medidas necessárias” para atuar contra o grupo extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque. A resolução, aprovada por unanimidade, foi apresentada pela França em resposta aos atentados do  dia 13 em Paris, que provocaram pelo menos 130 mortos.

O texto propõe “aumentar e coordenar” a luta antiterrorista e manifesta a intenção de reforçar as sanções contra cidadãos e entidades relacionados com o grupo extremista Estado Islâmico. O documento pede ainda para que seja feito um maior esforço para deter o fluxo de combatentes estrangeiros que viajam para o Oriente Médio.

Jumentice do dia


O jumento do dia vai para Felipe Porto, líder de acampamento no Congresso que promete 'carnificina' em caso de eles serem retirados de onde estão acampados.

No gramado, aliás, deve ser o gramado que os prende por ali, em frente ao Congresso há pelo menos quatro grupos distintos acampados, a maioria pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff.

Um dos líderes do acampamento que está em frente ao Congresso Nacional e que defende a deposição do governo e a "intervenção popular", Felipe Porto, afirmou nesta quinta-feira, (19/11) que não há chances de que o movimento deixe o local de forma pacífica. "Vamos resistir. Estamos armados e se houver isso (retirada) vai ter uma carnificina aqui", afirmou. 




O grupo a que Felipe pertence, denominado "Ocupa Brasília", é composto majoritariamente por ex-militares e ex-policiais. Por isso, afirmam, estão armados legalmente.


Porto diz que o objetivo do grupo é fazer uma "deposição total dos Três Poderes". "Não defendemos a intervenção militar e sim a intervenção popular", afirmou. Questionado sobre como funcionaria essa deposição, Porto disse que com o apoio do Exército


O grupo de Porto é o mesmo responsável pela manifestação de domingo, dia 15 de novembro, para "defender a pátria". O protesto, entretanto, teve baixa adesão.

Porto disse que apesar de poucos adeptos o grupo tem condições de "chamar reforço armado" caso haja confronto. "O cenário de guerra está armado", ameaçou

Sequestro em hotel no Mali acaba com 27 reféns e dois jihadistas mortos


Fontes da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram que o sequestro do Hotel Radisson em Bamako, capital do Mali, terminou com 27 reféns e dois jihadistas mortos. O hotel foi retomado hoje (20) por forças de segurança especiais francesas após ser invadido pela manhã por homens armados que mantinham 125 clientes e 13 funcionários reféns.

Leia também:

Os grupos terroristas Al Qaeda, no Magrebe Islâmico, e Al Murabitun assumiram a autoria do "ataque conjunto" de hoje.

A autoria do ataque foi informada por telefone à agência de notícias privada da Mauritânia, Al Ajbar, que mantém contato com grupos jihadistas da região do Sahel. Esta é a primeira vez que as duas organizações jihadistas declaram ter operações conjuntas. O Al Murabitun, liderado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, é um dos grupos mais ativos na região do Sahel.

* Com informações das agências Lusa e Ansa


Forças de segurança francesas retomam hotel no Mali; 18 mortos são encontrados


Forças de segurança especiais francesas retomaram hoje (20) o Hotel Radisson, em Bamaco, capital do Mali, invadido pela manhã por homens armados que mantinham 125 clientes e 13 funcionários reféns. Dentro do edifício, já não havia mais reféns, mas foram encontrados 18 mortos.


As forças especiais enviadas de Ouagadougou, no vizinho Burkina Faso, estão no interior do hotel e “participam nas operações ao lado dos malianos”. Estas informações foram divulgadas depois de o ministro da Segurança maliano, coronel Salif Traoré, ter anunciado que o grupo armado já não mantinha mais reféns. As forças de segurança do Mali haviam cercado o local após o ataque, do qual participaram “dois ou três homens”, segundo um porta-voz.

“Eles já não têm neste momento nenhum refém nas mãos e as forças estão a persegui-los”, disse o ministro em uma entrevista à imprensa.

Os grupos terroristas Al Qaeda, no Magrebe Islâmico, e Al Murabitun assumiram a autoria do "ataque conjunto" de hoje contra o hotel, que provocou 18 mortes e deixou vários feridos.

A autoria do ataque foi informada por telefone à agência de notícias privada da Mauritânia, Al Ajbar, que mantém contato com grupos jihadistas da região do Sahel. Esta é a primeira vez que as duas organizações jihadistas declaram ter operações conjuntas.

O Al Murabitun, liderado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, é um dos grupos mais ativos na região do Sahel.

Fontes da segurança disseram que os homens armados são ‘jihadistas’ que chegaram ao hotel por volta das 7h, hora local, em um carro com placa diplomática, entraram e começaram a disparar armas automáticas.
* Com informações da Agência Lusa


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