Forças de
segurança especiais francesas retomaram hoje (20) o Hotel Radisson, em Bamaco,
capital do Mali, invadido pela manhã por homens armados que mantinham 125
clientes e 13 funcionários reféns. Dentro do edifício, já não havia mais
reféns, mas foram encontrados 18 mortos.
Leia também: Duas pessoas fazem 170 reféns em hotel no Mali
As forças
especiais enviadas de Ouagadougou, no vizinho Burkina Faso, estão no interior
do hotel e “participam nas operações ao lado dos malianos”. Estas informações
foram divulgadas depois de o ministro da Segurança maliano, coronel Salif
Traoré, ter anunciado que o grupo armado já não mantinha mais reféns. As forças
de segurança do Mali haviam cercado o local após o ataque, do qual participaram
“dois ou três homens”, segundo um porta-voz.
“Eles já não
têm neste momento nenhum refém nas mãos e as forças estão a persegui-los”,
disse o ministro em uma entrevista à imprensa.
Os grupos
terroristas Al Qaeda, no Magrebe Islâmico, e Al Murabitun assumiram a autoria
do "ataque conjunto" de hoje contra o hotel, que provocou 18 mortes e
deixou vários feridos.
A autoria do
ataque foi informada por telefone à agência de notícias privada da Mauritânia,
Al Ajbar, que mantém contato com grupos jihadistas da região do Sahel. Esta é a
primeira vez que as duas organizações jihadistas declaram ter operações
conjuntas.
O Al
Murabitun, liderado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, é um dos grupos mais
ativos na região do Sahel.
Fontes da
segurança disseram que os homens armados são ‘jihadistas’ que chegaram ao hotel
por volta das 7h, hora local, em um carro com placa diplomática, entraram e
começaram a disparar armas automáticas.
* Com
informações da Agência Lusa
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