sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Em discurso lido por ministra, Dilma diz que governo não é prisioneiro do ajuste


A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, representou hoje (30) a presidenta Dilma Rousseff na cerimônia de lançamento do projeto de expansão da fábrica da Fibria Celulose, em Mato Grosso do Sul, e leu um discurso com críticas aos “pessimistas” e defesa das medidas de ajuste fiscal do governo. A presidenta cancelou a viagem por causa do estado de saúde da mãe, Dilma Jane Rousseff, de 92 anos.

No discurso lido pela ministra, Dilma afirma que o governo não está parado, que continua atraindo investimentos e não é “prisioneiro” das medidas de ajuste. “Estamos trabalhando intensamente para realizar os ajustes necessários para o estabelecimento de uma situação fiscal mais robusta e a redução da inflação. Não estamos, no entanto, prisioneiros da agenda de ajuste, ao contrário, temos uma agenda consistente de estímulo ao investimento.”

O recado de Dilma foi dado um dia depois de o PMDB divulgar um documento com duras críticas à política econômica do governo. Em um trecho, o texto peemedebista diz que o ajuste fiscal não pode ser “um objetivo por si mesmo” e que corre o risco de ser “uma proclamação vazia”, se não levar a um crescimento da economia.

No discurso, Dilma criticou os “pessimistas” e disse que a expansão da fábrica é um exemplo de que os empresários estão confiantes da recuperação da economia do país. “Nenhum empresário investe se não tiver confiança de que obteremos retorno dos investimentos realizados. Em um momento de ajuste e de transição como o que vivemos atualmente, a expansão da fábrica da Fibria torna-se ainda mais relevante, mostra que nossos empresários não se deixam levar por avaliações conjunturais pessimistas e não paralisam suas obras”, avaliou.

Segundo a presidenta, o governo não está parado e tem tomado medidas para garantir investimentos em infraestrutura e aumento das exportações, por exemplo. No discurso lido pela ministra, Dilma também defende o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no financiamento de grande projetos. “O BNDES tem papel decisivo na viabilização de investimentos privados de longo prazo. E o debate sobre as ações e os projetos que o banco apoia deve ocorrer com transparência e sem preconceitos ideológicos.”

‘Jumentísse’ da semana.


Numa conversa com militares da reserva, o general Antônio Hamilton Martins Mourão convocou o “despertar de uma luta patriótica” e falou o seguinte sobre a hipótese do impeachment de Dilma:

A mera substituição da presidente da República não trará mudança significativa no ‘status quo'”. Mais: “A vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção”.

Para o militar, “a maioria dos políticos de hoje parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões”.

Em que país democrático do mundo um general da ativa, com tropas sob o seu comando, emite opiniões dessa natureza? Resposta: em nenhum! Eu posso até concordar cem por centro com ele no mérito, mas eu não envergo aquele uniforme, não carrego aquelas insígnias, não posso dar ordem de ataque a ninguém.

Gente armada não tem de ficar emitindo opinião política. Ponto final. Como todos sabem, eu sou contra até a existência de sindicatos de polícias e congêneres.


Alguém lembrará que o Artigo 142 da Constituição atribui aos militares a tarefa subsidiária de garantir a ordem interna. É verdade. Mas não dá para citar apenas um pedaço do caput do texto. Fiquemos com ele inteiro:
“Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”

Tucano Aloysio Nunes passa a ser investigado pelo STF


Segundo acusação, senador teria recebido propina de R$ 500 mil para obter contratos  com a Petrobrás

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito contra o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), um dos principais nomes da oposição.

A investigação será feita com base nas declarações do empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, em delação premiada. Pessoa apresentou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que Aloysio Nunes teria recebido R$ 300 mil de forma oficial e R$ 200 mil em dinheiro de caixa dois para sua campanha ao Senado.

O empresário afirmou que as doações, oficiais ou não, eram pagamentos de propina para obtenção de contratos com a Petrobrás.

O senador negou qualquer tipo de corrupção e disse considerar a declaração um absurdo, pelo fato de ele ser um político da oposição e, consequentemente, não intermediar contratos do governo. “É simplesmente absurda a mera suposição de que eu, oposicionista notório e intransigente aos governos do PT, pudesse favorecer negócios na Petrobrás”, declarou Aloysio.

“A investigação das contas da minha campanha ao Senado em 2010, pedida por dr. Janot, representa um desvio do verdadeiro foco da operação Lava Jato que, como todos sabem, é o conluio entre empresários, políticos e dirigentes da Petrobrás, com as bênçãos de Lula e Dilma. Podem investigar à vontade, pois nada tenho a ver com essa sujeira. Mas que investiguem mesmo: que investiguem tudo e todos”, declarou.

Os inquéritos tramitam no Supremo como “ocultos”, situação em que não é possível saber quem são os alvos, nem mesmo qual é o andamento processual. Eles só se tornarão públicos se, ao final das investigações, a procuradoria apresentar uma denúncia e ela for aceita pela corte.

No ano passado, Aloysio Nunes foi vice da chapa do candidato tucano Aécio Neves para a presidência. As declarações de Pessoa, no entanto, fazem referência ao período em que o parlamentar disputava vaga para o Senado.

Em junho, quando foi acusado por Pessoa, Aloysio Nunes declarou que a doação feita pela UTC à sua campanha em 2010 “foi efetiva e legalmente arrecadada”, conforme “consta da prestação de contas encaminhada à Justiça Eleitoral”.


“Em 2010, não havia operação Lava Jato e eu, como a imensa maioria dos brasileiros, não tinha conhecimento das relações promíscuas entre a UTC e a Petrobrás”, declarou Aloysio.

Após três meses de alta, dólar fecha outubro com queda de 2,6%


Depois de três meses consecutivos de alta, a moeda norte-americana cedeu em outubro e fechou em queda. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (30) vendido a R$ 3,863, com valorização de R$ 0,009 (0,23%). Apesar da alta de hoje, a divisa encerrou outubro com queda de 2,6%. Em 2015, a cotação acumula alta de 45,3%.

O câmbio enfrentou um dia de oscilações, comum no último dia útil do mês, porque os investidores tentam influenciar a taxa que o Banco Central usa para corrigir a dívida do governo atrelada à moeda norte-americana. Pela manhã, o dólar chegou a subir fortemente. Na máxima do dia, por volta das 10h50, atingiu R$ 3,883. No início da tarde, a cotação recuou, mas fechou próxima da estabilidade.

Ontem (29), o Banco Central (BC) terminou de rolar (renovar) o lote de contrato de swapcambial que venceria em novembro. Hoje, a autoridade monetária anunciou que, a partir de terça-feira (2), fará o mesmo com os contratos que vencem em dezembro.

Os swaps cambiais funcionam como operações de venda de dólares no mercado futuro e ajudam a segurar a cotação,porque transferem parte da demanda pela moeda norte-americana do presente para o futuro. Ao fazer a rolagem, o BC não oferta novos contratos, apenas prorroga o prazo dos papéis em circulação.

A moeda norte-americana caiu pelo segundo dia consecutivo após a reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), que manteve os juros dos Estados Unidos próximos de zero, no nível mais baixo da história.

O adiamento do aumento das taxas básicas da maior economia do planeta favorece países como o Brasil, porque desestimulam a fuga de capitais de mercados emergentes, que têm juros mais altos.

Governo aumenta taxa de Juros Máxima de crédito consignado de aposentados


Os aposentados e pensionistas da Previdência Social vão pagar mais caro por empréstimos consignados. O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou, nessa quinta-feira (29), novas taxas limites para crédito consignado. Para empréstimo pessoal, o percentual passa de 2,14% para 2,34%, já para empréstimos feitos no cartão de crédito a taxa de 3,06% passa a ser de 3,36%. A mudança passará a valer somente com a publicação no Diário Oficial da União nos próximos dias.

Segundo o Ministério da Previdência Social desde maio passado, o conselho já debatia o aumento dos juros. As instituições financeiras pleiteavam taxa limite de 2,48% para o empréstimo pessoal e 3,49% para o cartão de crédito, mas segundo o ministério, essa proposta não foi aceita.

No ultimo dia 22, o Diário Oficial da União publicou uma lei que amplia o limite de renda que pode ser comprometido com crédito consignado, descontado em folha de pagamento. O limite passou de 30% para 35%. Assim, o percentual adicional de 5% poderá ser destinado para pagar dividas do cartão de crédito ou para saques por meio do cartão.

China adverte EUA que "pequeno incidente pode desencadear guerra"


O comandante Naval da China, almirante Wu Shengli, avisou o chefe das Operações Navais dos EUA, almirante John Richardson, que qualquer "ato perigoso e provocativo" da Marinha dos EUA poderia desencadear a guerra no Mar do Sul da China.

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"Se os Estados Unidos continuarem com esse tipo de ações perigosas e provocativas, certamente poderia aparecer uma situação séria e muito tensa entre as forças da linha de frente de ambos os lados no mar e no ar. Mesmo um pequeno incidente poderia desencadear a guerra".

O comandante chinês fez a declaração durante uma teleconferência entre os almirantes dos EUA e China na quinta-feira (29).

"Espero que o lado norte-americano aprecie as boas relações entre as marinhas da China e dos Estados Unidos, que não são fáceis de manter, e evite que esses tipos de incidentes aconteçam", disse Wu.

Os dois oficiais da Marinha conversaram, depois que um navio de guerra norte-americano navegou dentro de 12 milhas náuticas de uma das ilhas artificiais de Pequim, no Arquipélago Spratly, apesar dos repetidos alertas da China de que tal ação ostensiva seria considerada uma provocação nas relações já tensas entre os dois países.

A China considera as Ilhas Spratly como seu território e por isso considera que os EUA prejudicam a soberania e segurança do seu país. Os Estados Unidos dizem que vão continuar patrulhando as águas, se considerarem que isso está em conformidade com o direito internacional.

Segundo afirmou Wu Shengli, as marinhas chinesa e norte-americana têm muito espaço para cooperação conjunta e devem "desempenhar um papel positivo na manutenção da paz e da estabilidade no mar do Sul da China".


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