quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Diminui pessimismo do brasileiro sobre inflação e desemprego em outubro


O pessimismo do brasileiro em relação à inflação e ao desemprego diminuiu em outubro, segundo o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) divulgado hoje (29) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, o índice aumentou 1% (97,3 pontos) na comparação com setembro, quando foi registrada uma queda de 2,6% (96,3 pontos) em relação ao mês anterior. Quanto maior for o índice, melhor é a expectativa positiva.

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Apesar dessa melhora, o indicador está 13,1% menor do que o obtido em outubro de 2014, e está 11,4% abaixo da média histórica (109,9 pontos). Isso porque, na avaliação da CNI, o brasileiro tem sentido no dia a dia os efeitos do endividamento e da piora da situação financeira.

De acordo com a pesquisa, o índice de expectativa de inflação aumentou 1,1% e o de expectativa de desemprego subiu 5,8% em outubro na comparação com setembro. Segundo a CNI, percebe-se nos brasileiros, motivados pelas festas de fim de ano, uma disposição para aumentar as compras de bens de maior valor. No caso, este índice subiu 3% na comparação com setembro.

Aumentou também a preocupação com as finanças. A expectativa em relação à renda pessoal caiu 1,3%. O mesmo recuo foi registrado no índice de endividamento. O relativo à situação financeira apresentou queda de 1,9% na comparação com setembro.

Feita por meio de uma parceria com o Ibope, a pesquisa da CNI ouviu 2.002 pessoas em 140 municípios entre os dias 16 e 21 de outubro.

Tombini debate com deputados inflação, cenário fiscal e câmbio


O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, apresentou a deputados federais hoje (29) uma avaliação das expectativas de inflação e o cenário fiscal. Tombini também conversou com os parlamentares sobre a atuação do BC no mercado de câmbio, exclusivamente para manter a funcionalidade e prover hedge (proteção) para a economia e assim preservar a estabilidade financeira do país.

A reunião ocorreu na sede do BC, em Brasília, com os deputados que integram a Comissão de Finanças e Tributação, atendendo requerimento do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). A reunião foi fechada à imprensa e, ao final, o BC divulgou nota sobre o encontro.

Segundo a nota, divulgada pelo banco,  Tombini apresentou um panorama sobre o cenário econômico global e brasileiro, sobre os ajustes em curso na economia nacional e, especificamente, sobre a atuação do BC no mercado cambial.

“De forma geral, o presidente do BC comentou os desdobramentos mais recentes em economias maduras e o andamento do ajuste do setor externo, que deve resultar em contribuição positiva ao PIB [Produto Interno Bruto] em 2015”.

De acordo com o deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), que participou da reunião, Tombini “sabe que as condições fiscais do país não são boas e está preocupado com isso”. O deputado acrescentou que foi discutido sobre o desajuste fiscal, que afeta as expectativas para a inflação e dificulta o trabalho no combate à alta dos preços.

Kaefer disse ainda que Tombini explicou que, mesmo com a alta da taxa básica de juros, a Selic, a inflação sobe devido ao forte impacto do aumento de preços administrados, como energia elétrica, e à alta do dólar.

Hoje, o BC divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic. Para tentar levar a inflação ao centro da meta em 2016, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Nas duas últimas reunião, no entanto, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano. Devido às incertezas do cenário fiscal, o BC abandonou a expectativa de atingir o centro da meta de inflação (4,5%) em 2016. Agora essa expectativa passou para 2017.

Dilma diz que governo “aperta o cinto”, mas não corta Bolsa Família


A presidenta Dilma Rousseff reiterou hoje (29) que, apesar dos ajustes na economia, o Programa Bolsa Família não será alvo de cortes nem redução no Orçamento. Segundo Dilma, “há muita conversa que não é séria” e “boatos” sobre o programa, mas os recursos e o pagamento em dia do benefício estão garantidos.

“Podem ter certeza o governo federal não vai parar o Bolsa Família ou diminuir o Bolsa Família ou não pagar em dia o Bolsa Família", destacou. "Estou aqui dizendo para vocês: o Bolsa Família não vai ser interrompido, o Minha Casa, Minha Vida não vai ser interrompido”, acrescentou a presidenta em discurso durante a entrega de 928 apartamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida no Paranoá, cidade do Distrito Federal a cerca de 10 quilômetros do centro da capital federal.

Dilma destacou que o país atravessa um período de dificuldades econômicas e que está “apertando o cinto” para reduzir despesas, mas sem abrir mão de gastos sociais considerados importantes, como o Bolsa Família e os investimentos no programa habitacional. A presidenta listou cortes de oito ministérios e de 30 secretarias e a redução do número de cargos comissionados e do próprio salário como medidas tomadas pelo governo para cortar gastos. “Esse esforço que a gente faz tem dois sentidos: a gente aperta o cinto e a gente garante aqueles programas que são fundamentais para a vida e para população.”

Cerimônia

Dilma participou da cerimônia ao lado do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. O governador chegou a ser chamado de “caloteiro” por manifestantes que protestavam contra a falta de pagamento de reajuste a servidores púbicos. Por videoconferência, também foram entregues casas nos municípios paulistas de Sorocaba, Hortolândia, Bragança Paulista e Nova Odessa, e em Canoas (RS), num total de 2.691 moradias.

No Paranoá, os apartamentos entregues hoje têm cerca de 46 metros quadrados divididos em sala, cozinha, dois quartos, banheiro e área de serviço. O condomínio tem rede de água, esgoto, energia elétrica, iluminação pública, pavimentação e área de lazer com centro comunitário e praças. O empreendimento recebeu investimento total de R$ 405,6 milhões e deve beneficiar cerca de 3 mil pessoas. De acordo com a Caixa, que financia os imóveis, cada apartamento está avaliado em R$ 65 mil.

Tesouro estima que déficit primário pode chegar a R$ 110 bilhões em 2015

O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, disse que o déficit primário do governo federal pode chegar a aproximadamente R$ 110 bilhões em 2015. O déficit primário é o resultado negativo nas contas públicas sem considerar o pagamento dos juros da dívida.

O cálculo sobre o déficit primário do secretário inclui o dinheiro - estimado em R$ 11 bilhões - que deixará de entrar, na hipótese de não realização do leilão das hidrelétricas, previsto para novembro. Inclui também os valores que devem ser pagos pela União este ano para compensar o atraso no repasse de recursos a bancos públicos - que deixaram de ser pagos no primeiro semestre de 2014 - destinados a benefícios sociais. Segundo o secretário, esses recursos devem atingir R$ 50 bilhões.

A estimativa envolve também a meta de déficit primário de R$ 51,8 bilhões, referente ao orçamento de 2015, prevista pelo  deputado Hugo Leal (PROS-RJ), relator do projeto de lei que altera a meta fiscal deste ano

Segundo Marcelo Saintive, do total do déficit previsto, R$ 17 bilhões já foram repassados pelo governo, até setembro, aos bancos federais. O secretário do Tesouro Nacional afirmou que esse valor leva seis meses para ser contabilizado. 

Ao comentar o valor do déficit, Marcelo Saintive acrescentou: “É mais ou menos o valor que eu encontrei. Tem atualizações [por isso, o resultado]”, disse o secretário.

O governo espera o entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a questão do repasse a bancos públicos para saber como irá quitar as dívidas.

Hoje (29), pela manhã, o secretário Marcelo Saintive, anunciou que o déficit fiscal do Governo Central de janeiro a setembro deste ano atingiu R$ 20,938 bilhões, o pior da série histórica que começou em 1997. O déficit é 24,6% superior ao do mesmo período do ano passado já corrigido pela inflação. O Governo Central engloba o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central. No ano passado, o resultado ficou negativo em R$ 15,716 bilhões.

Barusco depõe na Polícia Federal em ação contra Odebrecht


O engenheiro Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da Petrobras e delator da Operação Lava Jato, está novamente prestando depoimento ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, em Curitiba. Dessa vez, na condição de acusado em uma ação que envolve a empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato. De acordo com Justiça Federal no Paraná, o depoimento começou pouco depois das 10h.

Em setembro, Barusco havia sido ouvido como testemunha de acusação e delator, na fase inicial do processo, mas nesta ação envolvendo a Odebrecht é ouvido na condição de réu.

Estão previstos, também para hoje (29), depoimentos de dois ex-executivos da Odebrecht: Cesar Ramos Rocha e Alexandrino Ramos da Alencar, preso na 14ª fase da Operação Lava Jato. Ambos foram soltos recentemente pelo juiz Sérgio Moro sob a justificativa de não oferecerem riscos às investigações.

Amanhã (30) serão ouvidos o presidente da holding Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e os diretores da empresa Rogério Santos de Araújo e Márcio Farias da Silva.

Déficit fiscal do governo atinge R$ 20,9 bilhões de janeiro a setembro


O déficit fiscal do Governo Central de janeiro a setembro deste ano atingiu R$ 20,938 bilhões, o pior da série histórica que começou em 1997, informou hoje (29) a Secretaria do Tesouro Nacional. O déficit é 24,6% superior ao do mesmo período do ano passado já corrigido pela inflação. O governo central engloba o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central. No ano passado, o resultado ficou negativo em R$ 15,716 bilhões.

Em setembro deste ano, o governo registrou déficit primário de R$ 6,932 bilhões, resultado 69% inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando registrou R$ 20,409 bilhões. O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública.

A redução, no acumulado do ano, do resultado primário do governo central é explicada pelos técnicos do governo, entre outros fatores, pela redução da receita líquida, de 4,6% em termos reais. A receita líquida corresponde ao total da receita primária após a dedução das transferências aos estados, por exemplo.

De janeiro a setembro, as receitas totais do governo central caíram R$ 47,3 bilhões (-4,7%) em comparação ao mesmo período do ano passado. As despesas porém decresceram R$ 33,7 bilhões (-4%) em relação ao acumulado até setembro de 2014. Esse decréscimo ocorreu principalmente no âmbito das despesas do Tesouro Nacional.

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