Frida da
Silva, do Coletivo Vinhetando, compara a morte de Wellington Sabino ontem na
Mangueira com a de Amarildo de Souza, na Rocinha e afirma que todo "auto
de resistência" – quando a polícia mata um suspeito durante confronto –,
deveria ser investigado como qualquer outro homicídio. Na imagem da direita,
policiais revistam moradores na Mangueira
Wellington
Sabino, 20 anos, foi morto por policiais militares, na noite de sábado, na
Mangueira, favela onde se anuncia ter havido uma "pacificação"
armada. a PM alega que houve troca de tiros com bandidos armados, e
provavelmente vai repetir a versão padrão que sempre é dada quando o Estado
mata alguém: "Estavam em patrulhamento de rotina quando avistaram
elementos armados, que efetuaram disparos contra a guarnição. Ato contínuo,
revidaram a injusta agressão. Um elemento foi baleado e levado ao hospital,
onde veio a falecer". Essa narrativa é repetida infinitamente nas páginas
de inquéritos registrados como supostos "autos de resistência", e
provavelmente um versão atualizada dessa narrativa vai aparecer no registro da
morte de Wellington.