domingo, 5 de janeiro de 2014

Fantasmas bem visíveis

Publicado em dezembro 27th, 2013 | por Gabriel Priolli
Quem vê nítidas semelhanças entre o clima do pré-golpe de 1964 e a intenção permanente de desestabilização dos governos populares inaugurados com Lula; quem não se conforma com a volta da histeria anticomunista, agora focada no “lulopetismo”; quem percebe o fascismo em ascensão no Brasil e denuncia, é uma gente tensa e angustiada, que vive sob permanente cobrança. O mínimo que nos dizem é que exageramos, que não há nenhuma intenção golpista no ar.


Para esses incrédulos, os de boa fé, recomendo a leitura do texto abaixo, publicado por Hildegard Angel em seu blog. Se a mim parece que o fantasma da volta do horror é bastante concreto, porque não falta gente inconsequente para cevá-lo diariamente na mídia, nas redes sociais e nos parlamentos, imagine então para uma pessoa que teve irmão e mãe assassinados pelo regime dos generais – essa magnífica obra política que devemos à tradição, à família e à propriedade senhorial brasileira.

FHC pede novo rumo: um choque liberal no país


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cotado para ser vice de Aécio Neves numa chapa puro-sangue em 2014, não poderá ser acusado de falta de coerência. Em artigo publicado neste domingo ("Mudar o rumo"), nos jornais O Globo e Estado de S. Paulo, FHC, que traça a linha de ação do PSDB e será, na prática, um dos formuladores do plano de governo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pede um novo rumo ao País, que pode ser traduzido na retomada da agenda liberal dos anos 90.

Jornalista denuncia "a jogada da copa"


Um dos profissionais mais premiados da história da televisão brasileira, Gabriel Priolli, que já editou o Jornal Nacional e comandou o jornalismo de emissoras como Record e Gazeta, denuncia: golpistas farão de tudo para melar a Copa do Mundo de 2014, no Brasil; "Quem sabe se, em meio ao eventual fiasco da Copa, os eleitores não resolvem jogar toda a culpa em Dilma?", questiona Priolli; neste domingo, a Folha convoca os brasileiros para um ensaio dos protestos, já no mês de janeiro, numa coluna com um título que repete o mote dos baderneiros: "Não vai ter Copa"; será?

Setores conservadores da sociedade brasileira, descrentes de sua capacidade de chegar ao poder pelas vias convencionais, teriam um plano: promover a "aventura catastrofista" da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. A tese é levantada pelo jornalista Gabriel Priolli, um dos mais consagrados profissionais da televisão brasileira.

Colunista da Folha: "Não vai ter Copa"


"A Copa é, óbvio, um prato cheio de desperdício, politicagem autoritária, incompetência e outros acintes. A depender do gosto do freguês manifestante, não vai ser difícil contrastar essa despesa perdulária e arbitrária com algum motivo de revolta com a selvageria social e a inércia política brasileiras", diz o colunista Vinícius Torres Freire, que anuncia um ensaio das manifestações já em 25 de janeiro, em todas as cidades-sede do Mundial

Erundina: "Falta coerência política ao PSB"


Aposta de Marina Silva para disputar o governo de São Paulo e, assim, afastar o PSB de Eduardo Campos do tucano Geraldo Alckmin, deputada federal evita entrar na polêmica mas não descarta candidatura: “Não podemos colocar as coisas nesses termos, para não quebrar a unidade PSB-Rede”; sem citar diretamente a responsabilidade de Campos na falta de sentido político nos acordos regionais, ela culpa a “lógica eleitoral que se superpõe a tudo” 

Cogitada por Marina Silva para disputar o governo de São Paulo e assim afastar o PSB de Eduardo Campos do tucano Geraldo Alckmin, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) se diz contra a estratégia desenhada pelo partido: "A certeza que tenho é que não há coerência política a ponto de se conseguir dar unidade a alianças que podem ser reproduzidas no resto do país".

Ano eleitoral deve influenciar na pauta do Congresso


Na avaliação do diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, como orçamento da União foi votado em dezembro, o governo vai depender pouco do Congresso no ano que vem: “O governo deve mais segurar que fazer andar votações e só vai se empenhar naquilo que não implicar em aumento de despesas”

Blog Dag Vulpi – Com carnaval em março, Copa do Mundo no Brasil e eleições, 2014 não deve ser um ano de votações de temas muito polêmicos no Congresso. Apesar do ceticismo de muitos parlamentares, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) disse que entre as prioridades para a retomada dos trabalhos em fevereiro está a votação da reforma política também defendida pelo colega do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O senador alagoano, defende a proposta da presidenta Dilma Rousseff de realizar a reforma com base em uma consulta popular, já que, segundo ele, está claro que o Poder Legislativo não é capaz de avançar sozinho nesta questão.

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