Uma festa em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, promovida pela prefeitura de Palhoça, cidade da região metropolitana de Florianópolis, está gerando muita polêmica devido à participação de um "go-go boy" no evento.
A festa, realizada em uma mansão destinada a shows na cidade, foi reservada apenas para cerca de 800 mulheres que trabalham na prefeitura local. A polêmica surgiu devido à presença do Mister Santa Catarina, Rodrigo Mendonça, que se apresentou de sunga preta.
As fotos da apresentação, que mostram o rapaz sentando no colo de funcionárias, vazaram na internet no sábado. O empenho da prefeitura, no valor de R$ 7,5 mil, também comprova que a administração municipal contratou a mansão, sem licitação, para a realização de uma "festa em homenagem às mulheres".
O prefeito Nirdo Artur Luz (DEM), o Pitanta, confirmou a realização da festa, que já integra o calendário de eventos do município. Entretanto, negou que a prefeitura tenha pagado pela apresentação do go-go boy e que tenha ocorrido algum tipo de strip-tease.
Luz, que responde interinamente pela prefeitura depois que o candidato eleito foi impugnado pela Justiça Eleitoral, revelou que a participação do rapaz teria sido oferecida por um empresário que divulgava produtos no evento. "Foi oferecida por um empresário local a participação do modelo fotográfico", disse. "Não ocorreu strip-tease. As servidoras elogiaram a festa", argumentou.
O Ministério Público, através da promotora da Vara da Moralidade Pública Andrea Machado Speck, irá abrir um inquérito para apurar o caso diante da polêmica surgida nos últimos dias. O órgão não vai se manifestar até que o assunto seja apurado.
O jovem Henrique Fernandes de Mello, 26 anos, foi esfaqueado no abdômen ao voltar de uma festa com a namorada, na madrugada de sábado, na praça General Daltro Filho, no centro de Porto Alegre. O delegado Paulo Cesar Jardim, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre, que está investigando o caso, informou que além da motivação por racismo, pelo menos um suspeito foi identificado. "São quatro ou cinco neonazistas que defendem a segregação racial e a 'oxigenação social', ou seja, 'limpar' a humanidade de negros, judeus e homossexuais. O grupo atacou o rapaz negro porque isso faz parte do processo de limpeza de raça que pregam", afirmou. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora.
Mello foi internado em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital de Pronto Socorro (HPS), para onde foi levado após ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Até as 20h30min de ontem, segundo o hospital, o estado de saúde era regular. Um dos suspeitos seria um jovem de 23 anos, que vive no mesmo bairro da vítima, e que seria um conhecido de Mello. A 1ª Delegacia de Polícia, responsável pelo combate ao movimento neonazista no sul do Brasil, dará prioridade às investigações do caso e trabalha, agora, para identificar os outros integrantes do grupo que atacou o jovem.
Apesar de expressivos avanços no combate à extrema pobreza, erradicar a miséria do Brasil e transformá-lo num País de classe média será mais complexo e demorado do que o discurso do governo sugere, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
Há duas semanas, à frente de uma placa com o slogan "O fim da miséria é só um começo" - provável lema de sua campanha à reeleição -, a presidente Dilma Rousseff anunciou a ampliação das transferências de renda às famílias mais pobres que constam do Cadastro Único do governo.
Com a mudança, os mais pobres receberão repasse complementar para que a renda per capita de suas famílias alcance ao menos R$ 70 ao mês - patamar abaixo do qual são consideradas extremamente pobres pelo governo. A alteração, diz o governo, permitirá que 2,5 milhões de brasileiros se somem a 22 milhões de beneficiários do Bolsa Família que ultrapassaram a linha da pobreza extrema nos últimos dois anos.
Para que o programa seja de fato universalizado, porém, o governo estima que falte registrar 2,2 milhões de brasileiros miseráveis ainda à margem das políticas de transferência de renda, o que pretende realizar até 2014.
Especialistas em políticas antipobreza ouvidos pela BBC Brasil aprovaram a expansão do programa, mas fazem ressalvas quanto à promessa do governo de erradicar a miséria.
Para Otaviano Canuto, vice-presidente da Rede de Redução da Pobreza e Gerenciamento Econômico do Banco Mundial, o Bolsa Família - carro-chefe dos programas de transferência de renda do governo - é bastante eficiente e tem um custo relativamente baixo (0,5% do PIB nacional).
Canuto diz que o plano e outros programas de transferência de renda ajudam a explicar a melhora nos índices de pobreza e desigualdade no Brasil na última década, ainda que, somados, tenham tido peso menor do que a universalização da educação - "processo que vem de antes do governo Lula" - e a evolução do mercado de trabalho, com baixo desemprego e salários reais crescentes.
Apesar do progresso, estudiosos dizem que, mesmo que o Cadastro Único passe a cobrir todos os brasileiros que hoje vivem na pobreza, sempre haverá novas famílias que se tornarão miseráveis.
Há, ainda, questionamentos sobre o critério do governo para definir a pobreza extrema - renda familiar per capita inferior a R$ 70, baseado em conceito do Banco Mundial que define como miserável quem vive com menos de US$ 1,25 por dia.
Adotado em junho de 2011 pelo governo, quando foi lançado o plano Brasil Sem Miséria (guarda-chuva das políticas federais voltadas aos mais pobres), o valor jamais foi reajustado. Se tivesse acompanhado a inflação, hoje valeria R$ 76,58.
Em onze das 18 capitais monitoradas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), R$ 70 não garantem sequer a compra da parte de uma cesta básica destinada a uma pessoa. Em São Paulo, seriam necessários R$ 95,41 para a aquisição.
Em 2009, o então economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri, defendeu em artigo que a linha de miséria no país fosse de R$ 144 por pessoa. Essa linha, segundo o autor, que hoje preside o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão ligado à Presidência), atende necessidades alimentares mínimas fixadas pela Organização Mundial da Saúde.
O economista Francisco Ferreira, também do Banco Mundial, considera positivo que o Brasil tenha definido uma linha de pobreza, mas afirma que o valor deveria ser ajustado ao menos de acordo com a inflação e que está "muito baixo" para o país.
Segundo Ferreira, o Banco Mundial estabeleceu a linha de miséria em US$ 1,25 ao dia para uniformizar seus estudos, mas cada país deveria definir próprios critérios. "Não me parece adequado que o Brasil adote a mesma linha aplicável a um país como o Haiti, por exemplo."
Tiago Falcão, secretário de Superação da Pobreza Extrema do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), reconhece que mesmo que o Bolsa Família chegue a todos os brasileiros pobres sempre haverá novas famílias que cairão abaixo da linha da miséria.
"Buscamos a superação da miséria do ponto de vista estrutural, para que não existam brasileiros que não sejam atendidos por nenhuma política pública. E estamos tentando encurtar o prazo de resgate dos extremamente pobres."
Falcão diz que a linha de R$ 70 responde a compromisso internacional do governo assumido com as Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDM), que previam a redução à metade da pobreza extrema no país até 2015. Tendo como referência a linha do Banco Mundial, diz Falcão, o governo se "propôs um desafio muito mais complexo, que é a superação da extrema pobreza".
"Era uma meta ambiciosa para o Brasil e, por outro lado, factível. Hoje consideramos que acertamos ao definir a linha de R$ 70".
O secretário diz, no entanto, que se trata de um piso de "carências básicas" que, uma vez definido, poderá ser aumentado levando em conta as disparidades regionais e o quão solidária a sociedade quer ser com os mais pobres.
Para Alexandre Barbosa, professor de história econômica do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, o governo deveria levar em conta outros critérios além da renda em sua definição de miséria. Em 2011, Barbosa coordenou um estudo do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) intitulado "O Brasil Real: a desigualdade para além dos indicadores".
O estudo, que contou com apoio da ONG britânica Christian Aid, afirma que as políticas de transferência de renda melhoraram a vida dos mais pobres, mas não alteraram a estrutura social brasileira. Barbosa é especialmente crítico à ideia de que, com a redução na pobreza, o Brasil está se tornando um país de classe média, tese defendida pela presidente.
"Considerar classe média alguém que recebe entre um e dois salários mínimos, que mora em zona urbana sem acesso a bens culturais nem moradia decente, que leva três horas para se deslocar ao trabalho? Essa é a classe trabalhadora que está sendo redefinida."
Para o professor, a transferência de renda deveria integrar um conjunto mais amplo de ações do governo com foco na redução da desigualdade. Entre as políticas que defende estão reduzir os impostos indiretos sobre os mais pobres, fortalecer cooperativas e agregar valor à produção industrial, para que os salários acompanhem os ganhos em eficiência.
Falcão, do MDS, diz que o governo já tem atacado a pobreza por vários ângulos. Segundo ele, o Cadastro Único - "uma inovação em termos de política social ainda pouco compreendida no Brasil" - revolucionou a formulação de políticas públicas para os mais pobres.
O cadastro hoje inclui 23 milhões de famílias (ou cerca de 100 milhões de pessoas, quase metade da população) e é atualizado a cada dois anos com informações sobre sua situação socioeconômica.
Segundo o secretário, o cadastro tem orientado programas federais de expansão do ensino integral, fortalecimento da agricultura familiar e qualificação profissional, que passaram a atender prioritariamente beneficiários do Bolsa Família.
Para Canuto, vice-presidente do Banco Mundial, manter o Brasil numa trajetória de melhoria dos indicadores sociais não dependerá apenas de políticas voltadas aos mais pobres. Ele diz que o "modelo ultraexitoso" que permitiu a redução da pobreza na última década, baseado no aumento do consumo doméstico e da massa salarial, está próximo do limite.
De agora em diante, afirma Canuto, os avanços terão que se amparar em maiores níveis de investimentos, que reduzam o custo de produzir no Brasil.
"É preciso pensar no que é necessário para que, daqui a uma geração, os benefícios de transferência condicionada de renda não sejam mais necessários. Para isso, o foco tem que ser em boa educação, acesso à saúde, emprego de qualidade, melhoria da infraestrutura e espaço para o desenvolvimento do talento empresarial."
Rio de Janeiro – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu nas sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na primeira semana de março. Os dados foram divulgados hoje (11) e apontam que Recife foi a capital que apresentou a maior alta no período analisado, cuja taxa passou de 0,64% na última semana de fevereiro para 0,92% na semana passada, aumento de 0,28 ponto percentual.
Das sete capitais, São Paulo apresentou a menor elevação na taxa, que passou de 0,21% para 0,3% entre a última semana de fevereiro e a primeira de março (0,09 ponto percentual). Rio de Janeiro e Belo Horizonte tiveram alta de 0,26 ponto percentual, com taxas que passaram de 0,08% para 0,34% e 0,05% para 0,31%, respectivamente.
Ainda segundo a FVG, em Brasília, o IPC-S registrou variação de 0,81%, na apuração realizada na primeira semana de março, 0,21 ponto percentual superior ao divulgado na quarta semana de fevereiro, que foi 0,6%. Em Salvador, o índice variou de 0,55% para 0,73% e em Porto Alegre, de 0,56% para 0,71% no mesmo período.
O IPC-S de 7 de março variou 0,52% - 0,19 ponto percentual acima da taxa divulgada na última apuração.
Inflação semanal inicia o mês de março em alta
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) iniciou o mês de março com taxa de 0,52%, o que representa um aumento de 0,19 ponto percentual sobre a taxa anterior (0,33%). A apuração do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) indica que, dos oito grupos pesquisados, cinco apresentaram acréscimos.
Habitação é o grupo com maior contribuição para a inflação mais intensa, embora a taxa tenha permanecido negativa (-0,58%). É que, na pesquisa anterior, o recuo tinha sido mais expressivo (-1,28%). Nesse grupo, houve o impacto da tarifa de energia elétrica residencial (de -13,91% para -9,95%).
Em alimentação, o índice subiu de 1,33% para 1,39%, com destaque para a elevação de preços das aves e dos ovos (de 2,62% para 3,52%). No grupo educação, leitura e recreação, a taxa passou de 0,31% para 0,48%, sob o reflexo de uma queda menos intensa da tarifa aérea (de -9,82% para -1,51%).
Em vestuário (de -0,32% para -0,06%), os preços dos calçados indicam que os lojistas estão encerrando o período de liquidação, com quedas menores de preços (de -0,51% para -0,28%). No grupo comunicação (de 0,33% para 0,50%), a alta foi puxada pela tarifa de telefone residencial (de 0,92% para 1,25%).
Nos demais grupos ocorreram decréscimos. Em transportes, o índice diminuiu de 1,22% para 1,02%, com o impacto do preço da gasolina, que subiu de forma menos intensa (de 5,02% para 3,89%). Em despesas diversas, a inflação ficou em 0,39%, ante 0,85%, com a perda do ritmo de correções dos preços dos cigarros (de 1,02% para 0,20%). Em saúde e cuidados pessoais (de 0,60% para 0,58%), há o efeito dos artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,08% para 0,89%).
Os cinco itens que mais provocaram impacto na inflação no período são: gasolina (de 5,02% para 3,89%), refeições em bares e restaurantes (de 1,44% para 1,25%), tomate (de 13,40% para 9,97%), empregada doméstica mensalista (de 1,68% para 1,56%) e taxa de água e esgoto residencial (de 1,90% para 1,79%).
Indicador aponta piora do mercado de trabalho nos próximos meses, diz FGV
O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou queda de 0,3% em fevereiro deste ano, em relação a janeiro. O dado, calculado com base em entrevistas com empresários dos setores da indústria e de serviços e consumidores, mostra que há uma piora na expectativa em relação ao mercado de trabalho nos próximos meses.
Segundo a FGV, o setor de serviços foi o que mais contribuiu para a queda do Iaemp, já que o indicador que mede a satisfação das empresas em relação aos negócios atuais caiu 2,4% e aquele que mede a expectativa de contração de mão de obra para os próximos meses recuou 2,9%.
Em janeiro, o Indicador Antecedente de Emprego sinalizava uma melhora, ao aumentar 0,7% em relação ao mês anterior.
Inflação diminui pela quinta vez seguida em São Paulo
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, apresentou a quinta redução consecutiva, ao ficar em 0,06% na primeira prévia de março. O resultado é 0,16 ponto percentual menor do que o apurado no fechamento de fevereiro (0,22%).
A principal influência para o decréscimo foi exercida pelo grupo habitação (de -0,21% para -0,69%). Houve ainda a contribuição do grupo despesas pessoais (de -0,10% para -0,26%) e o efeito da perda de velocidade nas correções em transportes (de 0,84% para 0,69%), saúde ( de 0,58% para 0,53%) e educação (de 0,27% para 0,10%).
Já no grupo alimentação, os preços voltaram a subir com mais intensidade ficando em média 0,49% mais caros, ante uma taxa de 0,34%. O mesmo movimento foi constatado em vestuário (de 0,36% para 0,43%).
Mercado financeiro eleva projeções para inflação e taxa básica de juros
Depois de 16 semanas seguidas com a expectativa de manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 7,25% ao ano, instituições do mercado financeiro mudaram a projeção para o final de 2013. Agora a estimativa é que a Selic chegue ao final de 2013 em 8% ao ano, de acordo com pesquisa do Banco Central (BC) feita com analistas do mercado financeiro. Para o final de 2014, foi mantida a projeção de 8,25% ao ano.
A mudança na estimativa ocorreu depois da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, na semana passada, quando houve a Selic foi mantida em 7,25% ao ano. O indicativo de que a taxa pode ser elevada, este ano, é a decisão do Copom de não mais dizer que a Selic mantida estável “período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta”.
A frase foi retirada do comunicado divulgado após a última reunião do Copom. Em vez disso, o comitê disse que “irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária [taxa Selic]”.
A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação, que tem surpreendido o governo. Na última sexta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,6% no mês passado, alcançando 6,31% no acumulado de 12 meses.
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, admitiu que o resultado da inflação“veio um pouco acima do esperado” em fevereiro, mas garantiu que ela está sob controle.
O BC trabalha para que a inflação convirja para o centro da meta, que é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. De acordo com a projeção dos analistas de instituições financeiras, neste ano, a inflação medida pelo IPCA deve ficar em 5,82%, contra 5,70% previstos na pesquisa divulgada na segunda-feira passada. Para 2014, a estimativa foi mantida em 5,50%.
A pesquisa do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 5,32% para 5,16%, neste ano, e foi mantida em 4,95%, em 2014.
A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 5,18% para 5,03%, este ano, e mantida em 5%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 5,16% para 5,17%, este ano, e de 5,23% para 5,31%, em 2014.
Analistas do mercado financeiro elevam projeção de crescimento do PIB este ano para 3,1%
Analistas de instituições financeiras consultados pelo Banco Central esperam que o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, apresente crescimento de 3,1%, este ano, um leve ajuste em relação à projeção anterior (3,09%). Para 2014, a estimativa caiu de 3,65% para 3,5%.
A estimativa para a expansão da produção industrial subiu de 2,86% para 3%, este ano, e foi mantida em 3,75%, em 2014.
A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 34,5% para 34,3%, este ano, e de 33,23% para 33,2%, no próximo ano.
A expectativa para a cotação do dólar foi mantida em R$ 2 para o final deste ano e passou de R$ 2,05 para R$ 2,06, ao fim de 2014.
A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) passou de US$ 15 bilhões para US$ 14,9 bilhões, este ano, e de US$ 14,5 bilhões para US$ 13,65 bilhões, em 2014.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi alterada de US$ 62,9 bilhões para US$ 65 bilhões, em 2013, e de US$ 70 bilhões para US$ 70,2 bilhões, em 2014.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões tanto para 2013 quanto para o próximo ano.
A Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) programou para a próxima sexta-feira (15) um ato público na Praça São Salvador, no município de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. A manifestação é contra a lei que trata da divisão dosroyaltiesdo petróleo. Prefeitos das cidades vizinhas produtoras estão sendo convidados para o evento.
Na terça-feira (12), às 18h, está prevista uma reunião no Teatro Municipal Trianon, também em Campos, com representantes de todos as áreas beneficiadas com os recursos dos royalties do petróleo, incluindo fornecedores, empresários e gestores de hospitais.
A Ompetro solicitou reunião com o governo do Rio de Janeiro para que este informe os prefeitos filiados sobre o conteúdo da ação direta de inconstitucionalidade (Adin) que será ajuizada pelo estado no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a derrubada, pelo Congresso Nacional, do veto da presidenta Dilma Rousseff ao projeto que redistribui os royalties de petróleo e que prejudica os estados produtores.
Os prefeitos da Ompetro pretendem se reunir com os ministros do STF, na próxima semana. O objetivo é que cada prefeito dos municípios prejudicados pela decisão do Congresso mostre aos ministros do Supremo como ficarão as finanças de cada prefeitura com os novos critérios de distribuição dos recursos dos royalties do petróleo. As reuniões com o governo fluminense e com o STF ainda não têm dia agendado.
Em Campos dos Goytacazes, está localizada a principal bacia produtora de petróleo do país (Bacia de Campos). O orçamento de Campos, previsto para 2013 e já aprovado pela Câmara de Vereadores, atinge R$ 2,4 bilhões. Os recursos oriundos da exploração do petróleo representam mais de 60% da arrecadação do município.
Trabalhador obrigado a participar de
reunião comemorativa ao Dia do Trabalhador com drag queens receberá R$ 20 mil
de empresa. A decisão é da 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que
entendeu que a obrigação, imposta pela empresa, causou constrangimento
desnecessário ilegal ao funcionário, que trabalhava como motorista na
companhia.
Foto Google
O motorista era funcionário da Luft
Logística, terceirizado à fabricante de bebidas Ambev. Ele contou ter sido
obrigado a participar da reunião, com outras 80 pessoas. A companhia alegou que
a participação não era obrigatória e não havia interesse em humilhar ou constranger
qualquer um dos presentes.
Mas o trabalhador contou que as drag
queens se apresentaram na festa, andaram por entre os espectadores e sentaram
nos colos de alguns. Lembrou que as drag queens chegaram a sentar em seu colo,
o que o constrangeu.
Ele também contou que a empresa
fazia os funcionários que não batiam as metas de produtividade passarem por
“situações vexatórias” nas reuniões matinais. Segundo ele, havia o mural das
piores equipes do dia na empresa e, quando os cartazes eram afixados na parede,
os supervisores chamavam os subordinados de lerdos, tartarugas e aranhas.
Na primeira instância, a Vara do
Trabalho de Sapucaia do Sul (RS) deu razão ao motorista e afirmou que a empresa
usou de métodos de cobrança de produtividade impróprios. Também considerou que
a festa com as drag queens também foi inapropriada para o ambiente de trabalho,
“ainda que possa ser considerada aceitável em outras situações sociais”.
A empresa recorreu ao Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região e alegou que o constrangimento pela presença
das drag queens era uma postura preconceituosa do motorista. Quanto a isso, o
TRT-RS registrou que "deve haver respeito à opção sexual dos
empregados". E ressaltou que a obrigatoriedade do contato, inclusive
físico, ultrapassou o conceito de tolerância. E deu ganho de causa ao
motorista.
A empresa foi ao TST, alegando que
havia conflito de teses no acórdão do TRT-RS. Mas o ministro Brito Pereira,
relator da matéria, não conheceu do recurso. Disse que o conflito de teses não
foi demonstrado no pedido, que foi considerado genérico. Salientou ainda que há
provas, pelo acórdão do TRT, da prática de atos abusivos por parte da
empregadora que foram motivo de sofrimento e abalo moral a seus
empregados.
Conjur/Com informações da assessoria de imprensa do TST.
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