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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Renan e Jucá negam acordo para livrá-los de possível prisão



O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou nesta quinta-feira (9) que um acordo entre senadores esteja sendo costurado para livrá-lo de uma ordem de prisão, caso um pedido que teria sido feito com esse objetivo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, seja deferido pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

“Não existe e não existirá [nenhum acordo] porque o Senado praticará sempre a separação dos Poderes. Não sabemos nem o conteúdo das delações. Imagina fazer acordo. Quem está dizendo isso quer, mais uma vez, deturpar e embaçar as coisas”, afirmou Renan. Ele acrescentou que já entregou seus sigilos fiscal, bancário e telefônico à Justiça e que tem interesse no esclarecimento dos fatos.

Segundo matéria de capa do jornal O Estado de S. Paulo publicada hoje, líderes da base aliada e da oposição no Senado articulam um grande acordo para barrar no plenário da Casa eventual ordem de prisão provisória do presidente do Senado e do senador Romero Jucá (PMDB-RR). Se a Corte determinar, os senadores só podem ser mantidos presos após aprovação do Senado.

Procurada pela reportagem, a assessoria de Romero Jucá informou que o senador nega qualquer tipo de acordo. O que houve, segundo a assessoria, foram várias manifestações de parlamentares dizendo que não veem motivos para um pedido de prisão dele e de Renan Calheiros.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Maioria dos titulares do Conselho de Ética defende cassação de Cunha



Treze titulares entre os 21 que compõem o Conselho de Ética já se manifestaram a favor da cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cada parlamentar tem dez minutos para falar sobre seu posicionamento em relação ao processo que entra na fase final no colegiado. Até o momento, apenas quatro titulares disseram ser contrários ao parecer apresentado no último dia 1º pelo relator do caso, Marcos Rogério (DEM-RO), que pede o afastamento de Cunha.

O conselho ainda vai ouvir quatro deputados não integrantes do colegiado, que terão cinco minutos para se manifestar, e líderes partidários. Logo que os debates forem encerrados, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), vai dar início à votação que será registrada no painel da sala de reuniões, caso não sejam apresentados requerimentos para adiamento da votação.

Favorável à cassação, Júlio Delgado (PSB-MG) lembrou que a representação foi apresentada em novembro e destacou que nesses oito meses de tramitação foram 14 mudanças na composição do conselho. Adversários de Cunha atribuem as mudanças nas cadeiras a estratégias do peemedebista para engrossar o time a seu favor e garantir que o mandato seja mantido. Nos últimos dias, aliados de Eduardo Cunha, entre eles Manoel Júnior (PMDB-PB), também deixaram o conselho. No lugar do parlamentar foi indicado Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO), que hoje renunciou à vaga, menos de 24 horas depois de indicado.

Parlamentares como Laerte Bessa (PR-DF) e Sérgio Moraes (PTB-RS) defenderam que não há comprovação da existência de contas em nome de Eduardo Cunha. Enquanto Bessa negou que Cunha interferisse em processos da casa e defendeu uma pena mais branda, como a suspensão por alguns dias, Moraes afirmou que a votação está contaminada por um jogo “para a plateia”. Segundo ele, diferentemente do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, no caso de Cunha não há nada. “O discurso do aplauso não me anima. Sou um deputado que vota por fatos e não há nada aqui que prove que ele mentiu à CPI da Petrobras”, afirmou.

Cunha é acusado de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras, quando negou a existência de contas no exterior em seu nome, o que poderia caracterizar quebra de decoro parlamentar. O deputado, que foi o responsável por sua defesa no colegiado, negou ser o titular das contas e afirmou que é apenas beneficiário dos recursos advindos de trustes. Ele disse que essa situação ficou “comprovada na instrução do processo no conselho”.

A deputada Tia Eron, que até o início da sessão era vista como dona do voto decisivo para a votação de hoje, ainda não apareceu na casa. Pela contabilidade feita por assessores do colegiado, Cunha tinha dez votos a favor e nove seriam pela cassação de seu mandato. Se esse cenário se confirmasse, Tia Eron poderia empatar o resultado e deixar nas mãos do presidente do conselho o voto de minerva. Araújo é claro adversário de Cunha. Se a parlamentar não comparecer quem vota em seu lugar é Carlos Marun (PMDB-MS), alinhado com o peemedebista e que foi o primeiro suplente do bloco de Eron a registrar a presença. Marun chegou à sala quase uma hora antes do marcado.

Enquanto o processo é definido no Conselho de Ética, a Comissão de Constituição e Justiça, que será responsável por avaliar recursos que questionam a tramitação, marcou para as 14h30 de hoje uma reunião para analisar, entre outras propostas, o parecer sobre a consulta feita pelo deputado Welligton Roberto (PR) sobre possibilidade de ser submetido ao plenário um projeto de resolução, em vez do relatório elaborado pelo Conselho de Ética. O parecer sobre essa consulta foi elaborado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL).

Para Renan e Jucá, pedido de prisão é "absurdo, desproporcional e abusivo"



O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) consideraram nesta terça-feira (7) "absurdo" e "desproporcional" o pedido de prisão deles feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki. 

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Em nota divulgada hoje, Renan considerou a iniciativa “desarrazoada, desproporcional e abusiva". “O presidente do Senado está sereno e seguro de que a Nação pode seguir confiando nos Poderes da República. O presidente reafirma que não praticou nenhum ato concreto que pudesse ser interpretado como suposta tentativa de obstrução à Justiça, já que nunca agiu, nem agiria, para evitar a aplicação da lei. O senador relembra que já prestou os esclarecimentos que lhe foram demandados e continua com a postura colaborativa para quaisquer novas informações”, diz o documento divulgado pela assessoria de imprensa do senador.

Ainda na nota, Renan reitera seu respeito à dignidade e à autoridade do Supremo Tribunal Federal e a todas às instituições democráticas do país. "Todas as instituições estão sujeitas ao sistema de freios e contrapesos e, portanto, ao controle de legalidade. O Senado Federal tem se comportado com a isenção que a crise exige e atento à estabilidade institucional do país”, acrescentou o senador.

Por fim, Renan Calheiros disse que a nação passa por um período delicado de sua história que impõe a todos, especialmente aos homens públicos, serenidade, equilíbrio, bom-senso, responsabilidade e, sobretudo, respeito à Constituição Federal. "Valores absolutos e sagrados do Estado Democrático de Direito, como a independência dos poderes, as garantias individuais e coletivas, a liberdade de expressão e a presunção da inocência, conquistados tão dolorosamente, mais do que nunca, precisam ser reiterados”.

Romero Jucá
Também por meio de nota, Jucá classificou de “absurdo o pedido”. “Em nenhum momento agi ou atuei no sentido de propor legislação ou qualquer tipo de ação que pudesse ser interpretada como tentativa de confundir as investigações. Defendo que investigados presos possam utilizar-se do mecanismo da delação premiada. Defendo a prisão, com julgamento em segunda instância, em caso que a justiça entenda que seja necessária”, afirmou.

Romero Jucá lembrou que, desde que foi vítima da gravação de Sérgio Machado, pediu afastamento do Ministério do Planejamento e, no mesmo dia, solicitou cópia do conteúdo à PGR para que pudesse se defender. “Solicitei também à PGR e ao STF cópia da delação do senhor Sérgio Machado na parte que envolve meu nome. Até a data de hoje, venho sendo acusado e agredido por adversários políticos e não tenho conhecimento do material a que tenho direito de ter acesso para que eu possa me defender”.

O peemedebista lamentou o que chamou de “vazamento seletivo” que, afirmou, expõe as pessoas sem nenhum tipo de contraditório. “Esta prática não se coaduna com o regime democrático e de direito em que estamos vivendo. Volto a reafirmar que estou à disposição da justiça para qualquer informação ou investigação e já coloquei à disposição meu sigilos fiscal, bancário e telefônico; e que nada temo e apoio qualquer tipo de investigação. Reafirmo minha confiança na Justiça brasileira”

Prisão
Segundo matéria do jornal O Globo publicada hoje, além de Renan, os pedidos de prisão que estão com Zavascki há, pelo menos, uma semana incluiriam também o senador Romero Jucá (RR), o ex-senador José Sarney (AP) e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), todos do PMDB. Ainda segundo o jornal, o procurador-geral pede a prisão dos quatro por suspeita de obstrução das investigações da Operação Lava Jato. Apesar da repercussão do caso, as assessorias do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da República não confirmam os pedidos de prisão.

Repercussão
Pelos corredores do Senado, o assunto é o mais comentado na manhã desta terça-feira. O líder do PSDB na Casa, Cássio Cunha Lima (PB) minimizou a situação. “Existe um clamor público que termina pressionando as instituições, mas nós não podemos – em nome desse clamor público – transformar o país em um estado policialesco, onde até mesmo a emissão de uma opinião em uma conversa privada possa justificar um pedido de prisão. É preciso ir com calma, devagar com o andor, porque o santo é de barro, senão esse país não aguenta”, disse.

Para o tucano, a Procuradoria-Geral da República precisa apresentar de forma nítida e irrefutável os requisitos para o pedido de prisão.

Outro senador, Álvaro Dias (PV-PR) defendeu um pedido coletivo de renúncia da presidente da República, do vice-presidente e Congresso Nacional e a convocações de eleições gerais. “Zeramos tudo e começamos novamente porque o envolvimento nos escândalos é amplo demais e esta difícil para a população separar o joio do trigo. “Sei que até essa proposta soa sem credibilidade porque é difícil acreditar que muitos renunciem”, disse.

Dias também avaliou que cabe aos que estão sendo acusados, denunciados e até com prisão decretadas se afastar das funções que exercem para que outros possam assumi-las e dar continuidade aos trabalhos do Legislativo. “Os que estão nesse nível de acusação deviam se afastar por iniciativa própria, até para preservar a instituição [Senado]".

Já o petista Humberto Costa (PE) foi cauteloso sobre a discussão de necessidade de afastamento do presidente do Senado. “Tudo isso vai depender de qual será a decisão que o Supremo vai tomar. O Supremo pode considerar que as razões não sejam consistentes e, dependendo dessas razões, pode não haver impedimento para que ele continue a presidir, mas creio que o próprio presidente [Renan] deverá chamar ao líderes para fazer uma reflexão. Enquanto isso, aguardamos uma posição do Supremo”, afirmou.

"Só quem pode responder é Janot", diz Padilha sobre pedidos de prisão



O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou hoje (7) comentar a informação divulgada pelo jornal O Globo sobre o pedido de prisão de lideranças do PMDB feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal. O PMDB é o partido do presidente interino, Michel Temer. O pedido de prisão teria sido encaminhado há pelo menos uma semana.

Ao ser questionado por jornalistas sobre o tema, após reunião de avaliação das Olimpíadas, Padilha respondeu que hoje é um dia de falar sobre avaliação de Olimpíadas e só quem poderia falar sobre as notícias do pedido de prisão seria Rodrigo Janot. “Só quem pode responder é o doutor Janot. Ele é que sabe porque fez, o quê fez, o que ele escreveu, o que pediu. Eu não sei nada, absolutamente nada”, disse.

Matéria publicada hoje (7) no jornal O Globo afirma que o procurador-geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMSB-AL), do ex-senador e ex-presidente da República, José Sarney (PMDB-AP), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Os pedidos de prisão estariam com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, relator da Lava Jato, há pelo menos uma semana, e teriam sido motivados pela suspeita de que eles estariam obstruindo as investigações da operação.

Em entrevista à Agência Brasil, na manhã de hoje, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que é advogado de Romero Jucá e José Sarney, disse que ainda não tomou conhecimento do pedido de prisão de seus clientes feito ao ministro Teori. Kakay disse acreditar que, se houve pedido, o STF não vai determinar uma medida tão “drástica”.

“Daquilo que eu vi que foi causado, não existe sequer "en passant" qualquer tentativa de obstrução de Justiça de interferência na Lava Jato. É um momento delicado, se tiver um pedido, eu prefiro não acreditar que tenha, tenho confiança que o Supremo Tribunal Federal não vai determinar uma medida tão drástica em razão das gravações que foram expostas. Mas eu prefiro esperar”, disse o advogado.

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