Agência
Brasil
O
impacto da divulgação, pela Polícia Federal (PF), das suspeitas de
irregularidades no processo de fabricação e fiscalização da carne brasileira e
seus derivados e a consequente queda nas vendas motivou a JBS, uma das
companhias investigadas, a dar 20 dias de férias coletivas a empregados de dez
de suas 36 unidades de abate de bovinos em funcionamento no Brasil.
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Em
nota divulgada hoje (29), a maior processadora de carnes do mundo informa que a
medida entrará em vigor na próxima segunda-feira (3) em uma planta industrial
de São Paulo, três em Mato Grosso do Sul, uma em Goiás, quatro em Mato Grosso e
uma no Pará.
De
acordo com a empresa, a retração nas vendas de carne bovina no mercado interno
nos últimos dez dias e os embargos temporários impostos à carne brasileira por
aluns países tornaram a medida necessária e imprescindível para “ajustar os
volumes de produção e normalizar os níveis de estoques de produtos e
reescalonar a programação de embarques de produtos para os clientes do mercado
externo”.
Os
20 dias previstos inicialmente podem se estender por mais dez. A JBS disse
estar empenhada na manutenção do emprego de seus 125 mil colaboradores em todo
o Brasil.
Empregos no setor
Também
em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de
Alimentação e Afins (Cnta) manifestou preocupação com a concessão de férias
coletivas por parte da JBS. Em audiência pública realizada pela Comissão de
Direitos Humanos do Senado Federal nessa terça-feira (28), a entidade já tinha
proposto a criação de um compromisso público-privado pela manutenção dos
empregos no setor, por pelo menos seis meses.
“Entendemos que o trabalhador não pode pagar
pelas consequências de atos que não foram cometidos por eles e que o governo
deve intervir junto aos frigoríficos, principalmente, aqueles ligados aos
grupos JBS, que foram financiados com verba pública e, inclusive, contam com participação
acionária do BNDES”, argumenta a Cnta.