quinta-feira, 4 de abril de 2024

A psique de um asno e sua irreverente aversão ao comunismo


 

Dag Vulpi 04 de abril de 2024

Sem delongas, irei direto ao ponto. Mas prepare-se para um texto longo!

No último domingo, 31 de março, coincidiu a data do meu aniversário com a implantação do regime militar no Brasil. Isso mesmo, nasci no mesmo dia, mês e ano daquele infame sistema. Na infância, no primário, essa data era tratada como "o dia da revolução", e eu, por ainda não entender completamente do que se tratava, ficava envaidecido com as festividades militares na escola. Isso é suficiente, agora irei ao que interessa. Decidi fazer um churrasco para celebrar, afinal, deixei de ser um simples senhor de meia idade e agora sou oficialmente um sexagenário. Para ser mais claro, um sexagenário. E entre meus convidados, como quase sempre acontece em todas as famílias, havia um bolsonarista de carteirinha. Depois de algum tempo e algumas cervejas, decidi me sentar ao lado dele. A princípio, minha intenção não era discutir política, mas parece que isso é inevitável. Se você se aproxima de um bolsonarista e ele sabe que você é de esquerda, logo ele fará comentários pejorativos sobre Lula. "Você viu o que aquele cachaceiro fez agora?". Fingindo não entender que ele se referia a Lula, fiz-me de desentendido e perguntei: "O que dizem que eu fiz dessa vez?". "Não você", respondeu ele, "o cachaceiro ao qual me refiro é o Lula". Ah, ainda bem, pensei que alguém tivesse falado mal de mim exatamente no dia do meu aniversário, bebendo e comendo às minhas custas, ou seja, às custas de um velho comunista. Dei um largo sorriso, o abracei, agradeci sua presença e fui para outra mesa cutucar minha cunhada, que por acaso é lulista. Isso mesmo, praticamente em todas as famílias também há um Lulista.

Fim de churrasco, todos se despediram e se foram. Tomei um banho relaxante, me sentei confortavelmente no sofá, servi-me de um bom vinho que fui presenteado. Pensei até em acender um charuto, mas desisti da ideia, minha esposa certamente ficaria chateada com as cinzas no tapete. Mas tudo bem, um belo trago de um Cabernet Sauvignon chileno datado de 2014 já era bom o suficiente. Lembro-me apenas de ter colocado a taça vazia sobre a mesa de centro e virado a cabeça para a esquerda e adormecido. Um sono profundo e revitalizante, mas não consegui escapar das imagens e pensamentos que invadiram minha mente, mutio provavelmente influenciadas pelo tio bolsonarista.

O cenário era uma fazenda. Os protagonistas: eu, um jovem cabrito chamado Goat, e um velho asno chamado Jair que coexistiam em harmonia. E a alegoria foi a que segue: O jovem Goat ficava alojado num cercado próximo à minha casa, se alimentando das folhas secas que caíam de uma enorme árvore. Como as folhas não eram suficientes para sustentá-lo, eu precisava, obrigatória e diariamente ir até o pasto onde vivia o asno cortar feixos de capim para alimentá-lo.

O correto seria colocar o Goat para dividir o espaço ocupado pelo Jair, mas sabendo da ignorância e do mau humor do asno, acabei adiando essa mudança necessária. Contudo, cedo ou tarde, teria que ter essa conversa para convencer o rabugento. Comecei a visitá-lo com mais frequência, sempre levando uma suculenta espiga de milho, que era o que o atraía para perto da cerca. Nossos "diálogos" sempre foram curtos e às vezes não muito amistosos, mas eu o compreendia, afinal, tratava-se de um asno. Sempre perguntava sobre sua saúde e se ele se sentia solitário morando sozinho naquele enorme pasto, que outrora foi ocupado por centenas de bovinos. No dia seguinte, decidi levar o Goat para participar da conversa, afinal, ele era parte interessada no assunto. Chegamos ao alto do pasto e esperamos pacientemente ao lado da cerca até que o Jair, o asno, se aproximasse para conversarmos. Naquele dia, ele relutou especialmente em se aproximar, ignorando até mesmo a suculenta espiga, mas acabou cedendo e veio falar conosco. Logo fez referências ao pai do Goat: "talvez você não saiba", disse ele olhando para mim, "mas esse aí é neto do velho Trotsky. Aquele bode velho e arruaceiro que nunca trabalhou na vida. Vivia de espalhar balelas e comer às custas daqueles que trabalhavam para manter essa fazenda funcionando. Velho barbudo e fedorento, com aquelas ideias idiotas de que todos nós deveríamos viver em comunidade e dividir entre todos o pouco que cada um tinha. Um insano, vivia no mundo da lua, lendo aqueles enormes livros e papagaiando utopias entre o rebanho. E o pior é que muitos acreditavam naquelas besteiras que ele dizia. Acabou conseguindo formar um grupelho que acreditava e apoiava suas bizarrices. Até um sobrinho meu, para tristeza do Olavo, meu irmão, acabou se convertendo àquelas ideias e propagando aquelas asneiras. E esse aí", apontando para o Goat, "certamente é da mesma laia, afinal, o fruto não cai longe da árvore." Dito isso, ele virou as costas e foi para o outro lado do pasto, sem permitir sequer uma réplica, nem minha, nem do Goat. O jovem caprino ficou perplexo com a atitude do Jair, uma figura pela qual ele nutria enorme respeito. "Afinal, é um ancião, e dos anciões se espera sabedoria", confidenciou-me o jovem. Aproveitando a oportunidade, Goat se deliciou com o tenro capim do alto do morro, enquanto descíamos conversando e tentando entender os motivos que teriam influenciado a mente do Jair para transformá-lo em um velho tão radical e rabugento. No entanto, Goat parecia conhecer a razão e, ao chegarmos em casa, ele acabou me contando que o velho asno, anos atrás, comprou um celular pelo aplicativo. O jovem percebeu quando o velho recebeu a encomenda e, no colégio onde estudava, ficou sabendo que o avô de outro garoto trocava mensagens pelo WhatsApp com o Jair. Isso me preocupou, afinal, dentro da minha própria fazenda, sem meu conhecimento, muito provavelmente estava ocorrendo a disseminação de fake news. "Muito bem, Goat, foi bom você me contar isso, pois são essas fake news, trocadas por mensagens, principalmente entre os mais velhos e com menos escolaridade, que estão colocando em risco a democracia do nosso país. Pensarei na melhor forma de contornar essa situação."

Naquela noite, o sono teimava em se aproximar, incapaz de dissipar as palavras rudes e incoerentes do velho asno da minha mente. Afinal, ele era apenas um asno, mas a jornada para se tornar um radical de direita parecia longa e árdua. Ao despertar e tomar café, ainda me encontrava mergulhado na reflexão sobre o velho asno e como uma ser poderia ser moldado e convencido de mudar até mesmo seu próprio caráter quando negativamente influenciada por fake news. A princípio, considerei uma atitude radical: encontrar o celular no estábulo e lançá-lo no rio. No entanto, percebi que agir dessa forma seria me igualar ao velho asno. Decidi então retomar a conversa com ele, desta vez a sós, sem a presença do Goat. Não levei sequer uma espiga de milho. Aproximei-me da cerca e, com firmeza, chamei por seu nome: "Jair, faça-me um favor, venha até aqui, precisamos ter uma conversa séria." Ele ergueu as enormes orelhas, mas parecia relutante em obedecer ao meu chamado. Insisti mais uma vez, desta vez gritando apenas seu nome: "JAIR!" Ele virou-se e aproximou-se de mim. Fui direto ao ponto sobre os assuntos que me tiraram o sono e me angustiaram. Questionei sua propensão a acreditar em falsas notícias e o fato de eu, por capricho de um velho antissocial, ter que diariamente ir ao pasto cortar capim para alimentar o Goat. O correto seria ambos compartilharem o amplo pasto, poupando-me trabalho e, mais importante ainda, tornando a vida do velho asno menos solitária. Em vez de se envolver em trocas de notícias falsas com "pessoas" desconhecidas e servir como disseminador de mentiras, ele teria a companhia de um jovem com quem poderia compartilhar conversas agradáveis e verídicas, ou até mesmo contar suas próprias histórias, mesmo que nem sempre fossem verdadeiras, mas certamente divertidas e inofensivas. Afinal, não faltavam histórias para aquele velho asno contar.

"Me desculpe, mas não permitirei dividir o mesmo pasto com um neto de um comunista", disse o asno prontamente ao se aproximar da cerca. "Além disso, as mensagens que troco com meus velhos conhecidos são uma particularidade que me é de direito. Portanto, se era isso que você tinha para me dizer, poupe-me. Afinal, vivemos numa democracia."

Contive-me para não ser grosseiro com o velho animal e respondi: "Você tem certa razão quanto ao direito de trocar suas mensagens com quem melhor lhe convier. Tratarei disso depois. No entanto, ao contrário de mim, que me preocupo com você, parece não se sensibilizar com o fato de que, sem necessidade ou justificativa razoável – afinal, proponho que você divida o pasto com um jovem cabrito, não com uma cascavel –, você é irredutível em aceitar isso. Mas tive uma ideia que resolverá parte dos meus problemas: a partir de hoje, haverá um revezamento entre você e o Goat. Nos meses ímpares, você ficará no pasto e o Goat no cercado lá embaixo; nos meses pares, o Goat ficará no pasto e você no cercado, comendo as folhas secas. Como hoje é dia dois de abril, portanto mês par, é sua vez de descer para o cercado. Junte suas coisas, que daqui a meia hora eu trarei o Goat e te levarei para o cercado." Despedi-me do asno sem sequer olhar para trás, tampouco concedi a ele o direito a uma tréplica.

Ao chegar em casa, fui logo tratar com o Goat sobre as mudanças que estariam por vir. Ao comunicá-lo de que ele iria para o pasto e deveria arrumar suas coisas, ele ficou surpreso e externou sua felicidade, imaginando que Jair, enfim, teria mudado de ideia e aceitaria de bom grado dividir o pasto com ele. No entanto, sua alegria dissipou rapidamente quando detalhei os fatos, explicando sobre o revezamento mensal que seria feito entre eles.

Não me surpreendeu o comportamento do jovem Goat ao tomar ciência dos fatos. "Me desculpe, respeito muito o senhor, mas prefiro ficar aqui e evitar que o senhor Jair, que está com idade avançada, passe por este constrangimento", ele expressou. Retruquei-lhe imediatamente: "Goat, não se trata de você ou do velho asno estarem de acordo ou não. Esta é uma decisão minha, e antes de tomá-la, pensei em todos os prós e contras. Acredite, essa mudança será muito boa, principalmente para Jair. Estando ele mais próximo, teremos mais tempo para 'conversar', e certamente essas conversas mudarão a atual visão de mundo do velho asno."

Enquanto o jovem Goat arrumava suas coisas, fui até a cozinha, tomei um copo d'água e depois uma caneca de café. Parei por alguns instantes e questionei-me: será que estou fazendo a coisa mais acertada? Porém, logo concluí que, tomada a decisão, embasada em critérios e com as melhores das intenções, sim, era o melhor a ser feito.

Saí e fui buscar o jovem Goat. Chegando no cercado, percebi que ele havia me obedecido, arrumado suas coisas e estava pronto para subir o morro. Chamou-me a atenção o ótimo estado de conservação dos livros que eu lhe presenteei e que ele arrumara com todo o cuidado para levar para sua nova casa, ainda que provisória.

Subimos o morro e observei que o velho asno já nos esperava junto à cerca. Perguntei se ele tinha arrumado todas as suas coisas, e ele disse que sim. Porém, causou-me estranheza a ausência dos livros que eu havia lhe presenteado, assim como fizera com o Goat. No caso de Jair, o volume de livros era muito maior, obviamente devido à sua longevidade quando comparada à do jovem caprino. "E os livros?", questionei-lhe. "Não vais levá-los? Afinal, serão trinta dias lá no cercado, e haverá momentos em que uma boa leitura será uma ótima opção." "Livros?", respondeu-me o velho asno. "Sim, os livros que presenteei você ao longo de todos esses anos. Por acaso esqueceu-se deles?", retruquei. "Ah, faça-me o favor. Você realmente acredita que eu li uma página sequer daquele amontoado de besteiras? Estão jogados por aí, se é que algum escapou dos meus pisoteios, da chuva e do sol. Certamente não restou nem a poeira daquela besteirada." "Tudo bem", respondi-lhe. "A minha intenção era a de tentar colaborar com sua conscientização política, econômica e, principalmente, coletiva. Mas obviamente que ler ou não era uma opção sua, afinal, nunca, antes de hoje, eu te obriguei a nada. E se te obrigo a trocar o pasto pelo pequeno cercado, saiba que não o faço de bom grado, mas sim para, como sempre, te mostrar que viver em coletividade e harmonia é uma forma de tornarmos a vida um pouco melhor."

Abri a porteira e pedi para que o asno saísse, e assim foi feito. Depois, pedi para que o jovem cabrito entrasse, e ele também prontamente me obedeceu. Percebi que nenhum dos dois estava feliz; muito pelo contrário, ficou nítida a insatisfação de ambos, cada um com sua motivação. O velho asno por ter que deixar o pasto onde viveu toda sua vida, já o jovem cabrito estava compadecido com o asno.

Fechei a porteira e orientei o jovem Goat a ter cuidado, principalmente durante a noite, período em que ele deveria permanecer dentro do estábulo. Mas que eu estaria sempre observando-o e qualquer coisa era só chamar que eu o atenderia. Chegando no cercado, o velho asno foi logo entrando e dizendo que dispensava minhas orientações, afinal, ele já era bem grandinho e não precisava de uma babá. Sorri, dei uma pequena palmada em seu traseiro e fui cuidar da fazenda.

Durante o dia, fui umas três ou quatro vezes ver como o Goat estava se saindo. Percebi que ele estava muito bem. Agora, ao contrário da época em que ele vivia no pequeno cercado, ele tem todo o espaço para correr e se alimentar à vontade. Passei também no cercado para ver como Jair estava. Ele continuava lá, de pé, de costas para o portão de entrada, fingindo ou realmente ignorando minha presença.

Ao entardecer, fui até o pasto, reforcei os cuidados que o Goat deveria ter durante a noite, enchi o balde com tenro capim que acabara de cortar e fui levar para o Jair. Me aproximei, desejei uma boa tarde para ele e disse que ali estava o alimento caso ele desejasse comer algo durante a noite, e que, caso ele precisasse de alguma coisa, era só me chamar. E essa foi a rotina da primeira semana.

Goat parecia cada dia maior e mais forte. Ao contrário de Jair, que morou por décadas naquele pasto e nunca fez amizades com nenhum dos animais da fazenda vizinha, o jovem cabrito já tinha se enturmado e feito amizade com todos.

Comecei a perceber que cada vez mais Jair passava seus dias pesquisando na internet, começou a participar de grupos no Facebook, inclusive percebi que ele, usando um nome falso e o endereço de Campinas, SP, estava participando do grupo que administro: "O Consciência Política Razão Social". Percebi também que ele começou a pesquisar nos sites especializados em detectar fake news.

Chegado o dia da troca, primeiro de maio, pois ficou combinado que nos meses ímpares seria ele, o asno, quem ficaria no pasto. Logo cedo, fui até o cercado e perguntei se ele já tinha arrumado as coisas para voltar ao pasto. Ele respondeu que sim, que já havia arrumado desde o dia anterior e que não via a hora de voltar para o pasto. Abri o portão, ele saiu, e subimos o morro em direção à porteira que levava ao pasto. De longe, avistei Goat com suas coisas arrumadas e pronto para voltar para o cercado.

Quando nos aproximamos mais e abri a porteira, o jovem cabrito cumprimentou o velho asno e saiu. O asno respondeu ao cumprimento e perguntou ao jovem Goat o que ele achou de ficar aqueles vinte e nove dias no pasto. O jovem respondeu que foi maravilhoso. Havia conhecido novos amigos, estava mais forte, podia correr por longas distâncias e também havia engordado, pois a comida era farta. O velho asno respondeu: "Que bom que você gostou. Eu também adoro esse local. Aliás, esse é o lugar que eu melhor conheço. Nasci, cresci, passei minha juventude e envelheci neste lugar maravilhoso. Porém, ser feliz de verdade, só fui enquanto ainda era jovem e tinha meus pais e vários amigos morando aqui comigo. Quando a velhice chegou e já não tinha meus pais e todos os meus amigos foram vendidos ou você sabe o que aconteceu com eles", ele fazia referência aos bois que foram sacrificados para servir de comida para os donos da fazenda. "Não tive mais motivação para ser feliz. Então, eu me fechei num mundo equivocado, ignorei os vizinhos da fazenda ao lado. Sempre fui grosseiro com meu dono, e quando você chegou na fazenda ainda muito pequeno, aqui de cima, eu estava tomado por uma tristeza profunda. Comecei a recordar de quando eu era criança. Dos meus irmãos, dos meus pais, das dezenas de jovens que coabitavam este espaço comigo. Então, por algum motivo que desconhecia antes de passar esses dias lá no cercado, percebi o quanto me equivoquei ao não querer você aqui comigo. Certamente você teria me ajudado a ver o mundo com outros olhos, certamente eu não teria mergulhado nesse mundo de fake news e não teria me tornado um radical, que passou a não aceitar a solidariedade e o bem comum como fundamentos básicos para uma boa convivência em uma sociedade mais justa, que valoriza mais os próximos e que não aceita a ideia de que alguns tenham em excesso, assim como eu tinha aqui nesse pasto, enquanto outros nada têm. Se quer tem a sorte de ter um pequeno cercado como aquele que você passou toda a sua infância, pois, apesar de apertado, ali não falta alimento nem água. Nesses dias, eu consegui, graças às pesquisas que fiz e as leituras em fontes alternativas, enxergar que nem tudo que eu recebia nos grupos de WhatsApp era verdade e que, quando somadas, essas pequenas e dissimuladas falsas informações, quando somadas nas mentes de "pessoas" que, assim como eu, não possuem uma conscientização mínima, acabam as transformando em seres radicais, que não aceitam as realidades e pior, se deixam levar pelos interesses de pessoas horríveis. Esses quase trinta dias que passei lá no cercado me fizeram ver o mundo com outros olhos, as leituras que fiz de certas postagens nos grupos do Facebook também foram fundamentais, mas o que mais me fez abrir os olhos foi conseguir pesquisar em sites confiáveis especializados em fake news e perceber que tudo aquilo que me fizeram acreditar nesses últimos dez anos, era tudo mentira. Mentiras inventadas para empoderar aqueles que verdadeiramente mandam nesse país. Mas não quero mais falar sobre isso. Quero aproveitar os anos que me restam e, você me fará o asno mais feliz desse mundo se, com a permissão do nosso dono, que na verdade não é dono nada, é nosso amigo, passar a dividir esse espaço maravilhoso comigo. Quero também que você intermedie a minha amizade com os nossos vizinhos e, por fim, e prometo não fazer mais pedidos, que você me empreste seus livros. Prometo que os lerei com o maior cuidado e zelo."

Então eu olhei para o Goat, ele olhou para mim e "falou": "Por favor, diga que você permite." Eu sorri e nos demos um longo e afetuoso abraço triplo, e a felicidade se espalhou por cada canto daquela propriedade.

Este é um texto ficcional; portanto, qualquer semelhança com nomes, datas e lugares será mera coincidência.

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