Receio
é de que o PT consiga postergar impasse sobre o assunto até as vésperas da
eleição e a Corte fique sem condições técnicas para retirar da urna o nome e a
foto do ex-presidente.
Após
condenação em segunda instância, a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de
corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi
enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
A
sentença, proferida pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF-4), levou o petista à prisão, no dia 7 de abril. Desde então, ele
ocupa uma "sala especial", na superintendência da Polícia Federal, em
Curitiba (PR).
Com
isso, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a decisão sobre impugnar, ou
não, a candidatura do petista à Presidência da República. O PT, por enquanto,
segue defendendo o nome de Lula e rechaça qualquer plano B.
O
objetivo, conforme o blog do Gerson Camarotti, no portal G1, é postergar uma
decisão sobre o assunto, a fim de transferir o máximo de votos para um possível
substituto de Lula na corrida ao Planalto e, dessa forma, tentar levá-lo ao
segundo turno.
Embora
o PT negue oficialmente, o nome mais cogitado é o do ex-prefeito de São Paulo
Fernando Haddad. "É claro que há conversas. Só que não podemos cogitar
isso oficialmente, seria burrice. Além de deixar Lula vulnerável, seria um tiro
contra nós mesmos. Hoje, Lula é nosso principal cabo eleitoral", admitiu
um senador petista, pedindo anonimato.
As
estratégias pensadas pelo partido e pela defesa do ex-presidente estariam
preocupando os ministros da Corte Eleitoral, que já começam a discutir, nos
bastidores, soluções para evitar a indefinição do cenário até setembro.
O
receio é de que, restando apenas um mês para as eleições, o TSE fique sem
condições técnicas para retirar da urna eletrônica o nome e a foto de Lula,
ainda que o candidato do PT venha a ser outro.
"Convém
à democracia que uma pessoa sabidamente inelegível prossiga a sua propaganda
eleitoral e fique na urna"?, questiona o ministro Admar Gonzaga, sem fazer
referência ao ex-presidente.
Para
evitar essa situação, alguns ministros do TSE cogitam até mesmo tomar uma
decisão "de ofício", o que significa não esperar a contestação da
candidatura por um partido ou pelo Ministério Público.
ja era pra ter feito.
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