Algumas
famílias informaram que pensam em entrar na Justiça por indenização.
Sobreviventes
e familiares das vítimas do ataque à creche Gente Inocente, de Janaúba, em
Minas Gerais, se queixam da falta de ajuda do governo e informaram que podem
entrar na Justiça por indenização. O incêndio causado pelo vigia Damião Soares
Santos, de 50 anos, provocou a morte dele próprio, além de nove crianças e da
professora Heley de Abreu Silva Batista, 43. Outras 50 pessoas ficaram feridas.
A denúncia é que, além de acompanhamento psicológico, as famílias não estariam
recebendo nenhuma outra forma de auxílio.
De
acordo com levantamento do UOL, a maioria das famílias vivem em situação de
pobreza ou extrema pobreza. Os relatos incluem desemprego e falta de moradia. O
prefeito de Janaúba, Carlos Isaildon Mendes (PSDB), afirmou que os R$ 800 mil
arrecadados em doações estão guardados em uma conta bancária até que seja
estudada uma forma adequada de uso.
"Estamos
estudando a melhor forma de fazer isto, provavelmente, vamos pagar
indenizações, fazer acordos, tudo sob a anuência do Ministério Público",
contou. O prefeito explicou ainda que os alimentos doados foram encaminhados
aos hospitais que tratam das vítimas e de voluntários. O Ministério da Saúde
disse, na ocasião da tragédia, que repassaria ao menos R$ 2 milhões para
hospitais da região.
Algumas
das mães das crianças falecidas declararam que receberam cerca de R$ 2 mil para
custear os funerais e uma cesta básica. Famílias de sobreviventes reclamaram,
por sua vez, da falta de informações sobre como, por exemplo, matricular os
filhos em outras creches. Apesar de algumas voltarem às aulas nesta
quinta-feira (19), outras ainda aguardam a Secretaria Municipal de Educação. A
previsão da prefeitura é reabrir a Gente Inocente a tempo para o ano letivo de
2018.
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