Subiu
para 23 o número de mortos, após uma lancha virar na manhã de hoje (24) durante
travessia entre Mar Grande e Salvador. A informação é da Secretaria de Saúde da
Bahia (Sesab), que repassou o número da Capitania dos Portos. A lancha
transportava mais de 100 pessoas.
A
Sesab informou que cerca de 100 pessoas já deram entrada para atendimento nas
unidades de saúde da Ilha de Itaparica, por causa do acidente. A coordenação do
Samu informou que os resgatados com vida não serão mais levados para Salvador,
serão encaminhados para cidades próximas. Somente casos graves devem ser
atendidos na capital.
No
local do naufrágio, próximo à ilha de Itaparica, agentes dos órgãos de Defesa e
Resgate enfrentam dificuldades devido aos fortes ventos.
Busca por informações
No
Terminal Marítimo de Salvador, parentes das vítimas se aglomeram em busca de
informações.
Os
órgãos do governo estão prestando no local. Mas alguns reclamam que ainda tem
dificuldade em confirmar se parentes estavam na embarcação que naufragou.
A
costureira Rosa Maria conta que demorou para conseguir a confirmação da morte
da sobrinha, Alessandra Santos, cuja idade não soube precisar. "Ela tem
uns 40 anos e não resistiu, foi achada morta na praia, mas o marido dela foi
encontrado com vida e socorrido. Eles nos recebem aqui e nos levam para o fundo
do terminal para que a imprensa não veja a falta de informação", diz.
Situação da lancha
Um
dos membros da Associação em Defesa dos Passageiros, José Batista Lima, disse
que moradores da Ilha de Itaparica já haviam relatado as péssimas condições das
lanchas e a falta de fiscalização. "Os moradores da ilha pediram nosso
apoio e eu iria para lá no sábado, para averiguar a situação das lanchas e
fazer um ofício às autoridades competentes. Os moradores me diziam que se houvesse
fiscalização isso não aconteceria, porque a lancha estava em estado muito
ruim", disse.
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