Certamente
que não será a prisão de mais um dos membros do governo Temer que impactará no
seu governo, porém, caso a prisão fosse de algum membro do governo anterior
certamente que haveria um grande impacto naquele.
Assim
está o Brasil, o povo já está acostumado com a bandalheira que se transformou
esse governo. Seria oportuno o uso de uma única régua para medirmos o
comportamento de todos os nossos governantes, mas infelizmente foi usada uma régua
com severa milimetragem para medir as
ações do governo anterior e outra com medidas bem mais tolerantes está sendo
usada para medir o governo atual. Por muito menos os rostos foram pintados de
verde e amarelo, as panelas ecoaram nas varandas gourmet, patos amarelos gigantes se
arrastaram pela esplanada e principais avenidas desse país seguidos de um exército de brasileiros pedindo o fim da corrupção. Fica evidente que
toda a energia foi gasta contra um governo e agora o outro se beneficia de
nossa apatia.
O
líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou hoje (4) que a
prisão do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, não impacta
o governo de Michel Temer. Geddel foi preso ontem (3) pela Polícia Federal em
Salvador e chegou hoje à Superintendência da PF em Brasília.
O
senador lamentou a prisão preventiva de Geddel por considerá-lo um amigo e
defendeu que a prisão “deve ser sempre o último recurso de uma ação judicial”.
“A prisão como primeiro passo é algo muito forte, muito agressivo. Eu não
conheço o processo, não posso opinar, mas de todo jeito a gente sente essa
decisão. Agora, isso não impacta o governo, o governo está governando, o
ministro já não era ministro há muito tempo”, disse.
Jucá
ressaltou que o governo continua trabalhando e tem obtido resultados positivos.
Ele citou o aumento da produção da indústria em 0,8% no mês de maio. “Nós
estamos fazendo o dever de casa para recuperar o Brasil. Apesar das flechadas,
apesar dos ataques, apesar dos problemas, da crise política fabricada ou não, o
governo está focado em melhorar a vida dos brasileiros e nós vamos fazer isso”,
declarou.
A
prisão preventiva foi pedida pela Polícia Federal e pelos integrantes da
Força-Tarefa da Operação Greenfield, a partir de informações fornecidas em
depoimentos do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, do empresário Joesley Batista e do
diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva, sendo os dois
últimos em acordo de colaboração premiada.
O
ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima foi preso ontem (3)
pela Polícia Federal em Salvador por tentar, de acordo com a PF, obstruir a
investigação de supostas irregularidades na liberação de recursos da Caixa
Econômica Federal.
Ao
decretar a prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima, o juiz federal
Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal no Distrito Federal, autorizou
a busca e apreensão de aparelhos celulares do investigado e a quebra do sigilo
telefônico dos aparelhos apreendidos. O objetivo é buscar elementos para
comprovar os contatos de Geddel com a esposa do doleiro Lúcio Funaro, preso na
Operação Lava Jato.
Na
decisão, o juiz diz que Geddel entrou em contato por diversas vezes com a
esposa de Funaro para verificar a disposição do marido preso em firmar acordo
de colaboração premiada, o que pode caracterizar um exercício de pressão sobre
Funaro e sua família. Segundo o magistrado, não é a primeira vez que Geddel
tenta persuadir pessoas ou pressioná-las, lembrando o episódio em que o
ex-ministro da Cultura Marcelo Calero acusou Geddel de atuar para a liberação
da construção de um imóvel em Salvador.
A
defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima definiu como “absolutamente
desnecessário” o decreto de prisão preventiva do político. Em nota à imprensa,
o advogado Gamil Föppel disse que há “ausência de relevantes informações” para
basear a decisão e definiu como “erro” da Justiça Federal a autorização para a
prisão.
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