O
presidente Michel Temer voltou a afirmar que não cometeu, à frente da
Presidência da República, "nenhum deslize penal, ético ou moral". No
artigo Heresia jurídica, publicado na editoria de Opinião do jornal Folha
de S. Paulo de hoje (6), o presidente critica a denúncia apresentada
contra ele e diz que é a primeira vez "que se atropela de forma tão
violenta e absurda o devido processo legal".
Temer
é acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de ter aproveitado
da condição de chefe do Poder Executivo e recebido, por intermédio do seu
ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, “vantagem indevida” de R$ 500 mil. O valor
teria sido ofertado pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F, investigado
pela Operação Lava Jato.
Ontem
(5), os advogados de Michel Temer entregaram a defesa do presidente à
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), que irá analisar a
denúncia.
No
artigo publicado hoje, Temer classifica o processo contra ele como torpe e diz
que foi acusado, sem provas, de ter recebido os R$ 500 mil "pelas mãos de
terceiros por ordem do empresário-grampeador Joesley Batista, dono do grupo
J&F".
"A
denúncia não descreve sequer um detalhe de minha suposta conduta ilícita. Onde?
Quando? A quem pedi? De quem recebi? Nem aponta o que teria eu oferecido em
troca ao 'corruptor-geral da República'. Esses fatos não podem ser encontrados
na inepta peça acusatória. Eles simplesmente inexistem", diz o texto.
Temer
diz que a acusação é "uma verdadeira heresia jurídica, um atentado ao
Estado democrático de Direito. Que seja a primeira e a última denúncia neste
feitio arbitrário".
O
presidente acredita que está sendo perseguido pela posição que ocupa e pelos
ideias de governo. Temer diz que depois de constatarem a total falta de
elementos mínimos para sustentar a imputação de crime, os advogados perguntam
se está sendo denunciado por ter um ex-assessor de total confiança ou por ter
conversado como empresário em encontro no Palácio do Jaburu.
"Ou
estaria Michel Temer sofrendo os dissabores de uma denúncia exclusivamente em
razão de ser o presidente da República, em uma verdadeira manifestação política
contra seus ideais de governo? A única resposta possível para esta última
questão é sim", conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi