O
governo de Cuba divulgou comunicado nessa sexta-feira (16) garantindo que
qualquer estratégia para mudar o sistema na ilha está "condenada ao
fracasso", e que os Estados Unidos não estão em condições de dar lições
sobre direitos humanos, destacando que pretendem seguir dialogando com o país.
As informações são da agência de notícias EFE.
A
declaração foi difundida simultaneamente em todos os veículos de comunicação
estatais. No comunicado, o regime comandado por Raúl Castro responde ao
discurso feito pelo presidente americano, Donald Trump, que anunciou mudança na política para Cuba.
"Qualquer
estratégia voltada para mudar o sistema político, econômico e social em Cuba,
que pretenda alcançar por meio de pressões e imposições, ou empregando métodos
mais sutis, estará condenada ao fracasso", diz o texto veiculado como
primeira reação ao posicionamento de Washington.
O
texto sustenta que as mudanças necessárias para Cuba, como as que estão sendo
realizadas agora, como parte do processo de atualização do modelo econômico e
socialista na ilha, "seguirão sendo decididos soberanamente" pelo povo
cubano.
"Assumiremos
qualquer risco e continuaremos firmes e seguros na construção de uma nação
soberana, independente, socialista, democrática, próspera e sustentável",
afirma o governo.
A
declaração aponta que Donald Trump esteve, mais uma vez, "mal assessorado",
ao tomar decisões que favorecem os interesses políticos de uma "minoria
extremista" de origem cubana, residente no estado da Flórida, que, por
"motivações mesquinhas" não desiste da pretensão de castigar Cuba e a
sua população.
Na
questão dos direitos humanos, o governo de Cuba, rejeita a "manipulação
com fins políticos", garantindo que os cidadãos do país "desfrutam de
direitos e liberdades fundamentais" e destacando o acesso à saúde,
educação, previdência social, salários iguais, direitos das crianças, à
alimentação, a paz e ao desenvolvimento.
"Os
Estados Unidos não estão em condições de nos dar lições", diz o texto, que
ainda destaca negativamente o grande número de casos de assassinatos, abusos
policiais e discriminação racial nos Estados Unidos.
O
governo de Cuba ainda garante que está disposto a continuar um diálogo
"respeitoso", além da cooperação em temas de interesse mútuo, assim
como a negociação de assuntos bilaterais "pendentes" com o governo
americano, mas garante que não realizará concessões que possam ferir sua
soberania e independência.
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