Um
acordo entre os senadores da base governista e da oposição permitiu nesta
quinta-feira (8) a definição de um novo calendário para a votação da reforma
trabalhista na Casa. Havia a expectativa da leitura do relatório do senador
Ricardo Ferraço, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), mas a leitura foi
marcada para a próxima terça-feira (13).
Ficou
acertado ainda que será concedido pedido de vista aos senadores, com a votação
na CAS no dia 21 de junho. Em seguida, o projeto segue para a Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
O
líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), dará seu parecer e levará à
votação no dia 28 de junho. No mesmo dia, Jucá acha que é possível que a
matéria seja apreciada no plenário do Senado.
“Nós
teríamos o encerramento de votações em comissões no dia 28, podendo, aí, essa
matéria ir a plenário no mesmo dia. Uma vez que a matéria estiver pronta o
presidente pauta no dia que ele quiser”, disse Jucá.
Para
a oposição, o acordo foi positivo porque significará mais tempo para que o
assunto seja debatido. O senador Paulo Paim (PT-RS) acredita que cada semana a
mais em que o projeto ficar em discussão, permitirá que a sociedade faça mais
pressão no sentido contrário à reforma.
“Com
certeza foi uma vitória importante para nós, porque a gente quer que a
população conheça essa reforma. Durante esse período que teremos (oposição) de,
no mínimo, mais uma semana para ler e mais uma semana para votar, vai permitir
que nós façamos mais audiências públicas. Não apenas aqui na Comissão de
Assuntos Sociais, mas em outras como a de Direitos Humanos”, disse.
Paulo
Paim, no entanto, admite que a reforma será votada ainda no primeiro semestre,
conforme a previsão do governo. Segundo ele, a oposição pretende brigar até o
fim contra o projeto, mas “o voto é que vai apontar e decidir” se a reforma
será aprovada e se a aprovação se dará sem alterações.
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