O
ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda foi preso hoje (23) pela
Polícia Federal na Operação Panatenaico. Arruda chegou à sede da PF por volta
das 8h30. Ele é investigado por envolvimento no superfaturamento das obras do
Estádio Mané Garrincha.
O
ex-governador do DF Agnelo Queiroz e seu vice, Tadeu Filippelli, também são
alvos de mandados de prisão temporária. Os advogados de defesa de Queiroz e
Filippelli disseram que só vão se pronunciar após terem acesso a todas as
informações das investigações. Filippelli exercia atualmente cargo de assessor
na Presidência da República.
Policiais
federais cumprem na manhã de hoje dez mandados de prisão temporária, 15 de
busca e apreensão e três de condução coercitiva no âmbito da operação que
investiga irregularidades nas obras de reconstrução do Estádio Mané Garrincha
para receber os jogos da Copa do Mundo, em 2014.
Fraude em licitação
De
acordo com nota do Ministério Público do Distrito Federal, também foi
determinada a indisponibilidade de bens de 13 envolvidos até o limite de R$ 60
milhões. O objetivo das medidas é encontrar provas de que foi constituído um
cartel entre várias empreiteiras para burlar e fraudar o caráter competitivo da
licitação e assegurar, de forma antecipada, que os serviços e as obras fossem
realizadas pelo consórcio constituído pelas empresas Andrade Guitierrez e Via Engenharia.
Como
contrapartida, os vencedores pagaram propina a agentes políticos e públicos,
que estão entre os alvos da operação.
A
reconstrução do antigo Mané Garrincha foi estimada inicialmente em R$ 690
milhões, mas acabou custando cerca de R$ 1,5 bilhão, o que fez com que o
estádio se tornasse o mais caro entre os 12 que receberam os jogos da Copa do
Mundo de 2014. O dinheiro saiu dos cofres da Terracap, empresa pública do
Governo do Distrito Federal, cujo capital é formado da seguinte forma: 51% do GDF
e 49% da União.
O
caso começou a ser investigado em setembro de 2016, a partir de depoimentos de
três executivos da construtora Andrade Gutierrez, em colaboração premiada
firmada junto à Procuradoria-Geral da República (PGR). As informações de que
houve fraude na licitação foram confirmadas por diretores da
Odebrecht que afirmaram – também em colaboração premiada – que em decorrência
dessa combinação prévia, a empresa participou da licitação apresentando um
valor superior ao oferecido pela Andrade Guitierrez, que depois, retribuiu o
"favor", na licitação para as obras da Arena Pernambuco.
Na
petição enviada à Justiça, o Ministério Público do DF e a PF citam, além dos
depoimentos, uma perícia técnica da própria Polícia Federal e um levantamento
do Tribunal de Contas do Distrito Federal que constaram fraude na licitação. Em
laudo, peritos da PF listaram seis irregularidades no edital do certame,
concluindo que houve "notório direcionamento" do processo. Já o
tribunal de contas apontou um sobrepreço de R$ 430 milhões, em valores de 2010,
montante que corrigido pela taxa Selic alcança, atualmente, R$ 900 milhões.
O
nome da operação é uma referência ao Stadium Panatenaico, sede dos Jogos
Panatenaicos, competições realizadas na Grécia antiga, anteriores aos Jogos
Olímpicos. A arena, utilizada para a prática de esportes pelos helênicos, é
considerada uma das mais antigas do mundo.
muita lama.Brasil nao tem jeito mais.
ResponderExcluire muito ladrao de terno.