A
Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) anunciou hoje (31) o lançamento
de uma sonda que chegará à distância mais próxima da superfície solar jamais
alcançada por um artefato humano para estudar as características físicas
da atmosfera da estrela. A informação é da agência EFE.
A
sonda Solar Probe Plus voará diretamente para a coroa solar e a atravessará
pela primeira vez, chegando mais perto do Sol do que qualquer outro
instrumento, ficando a "apenas" 6 milhões de quilômetros da
superfície da estrela, algo extremamente difícil.
Em
uma cerimônia na Universidade de Chicago, o chefe do programa de missões da
Nasa, Thomas Zurbuchen, rebatizou a sonda com o nome de Solar Parker, em
homenagem a Eugene Parker, o astrofísico que desenvolveu a teoria dos ventos
solares supersônicos.
Até
agora, várias sondas já se aproximaram do astro rei para estudar os ventos
solares e a coroa solar, mas nunca a uma distância tão próxima, que poderia
responder muitas perguntas sobre o comportamento do Sol.
A
sonda Solar Parker foi projetada para obter dados em um ambiente de
temperaturas extremas, com muita quantidade de radiação, e chega a alcançar uma
velocidade de 200 quilômetros por segundo, o que permitiria que ela fosse da
Terra à Lua em meia hora.
Missão [quase] impossível
"Até
agora, os materiais para que essa missão fosse possível não existiam",
indicou o cientista Nicola Fox, do Laboratório de Física Aplicada da
Universidade John Hopkins, responsável por desenvolver parte dos componentes do
equipamento.
Lançar
uma sonda que chegue até o Sol é, até hoje, uma missão impossível. Para causar
um impacto na superfície solar, uma sonda solar deveria ser capaz de atingir
uma velocidade de 30 quilômetros por segundo na direção contrária da velocidade
orbital da terra ao redor do astro rei, mas a tecnologia de foguetes atuais só
conseguir cobrir um terço disso.
Para
se aproximar do Sol e orbitá-lo em uma distância tão curta, a Sonda Solar
Parker será acelerada pelo Delta IV Heavy, o foguete em serviço com a maior
potência existente.
Várias
sondas lançadas desde os anos 60 confirmaram as teorias sobre o campo magnético
do Sol e a existência de ventos solares, além de permitirem observar o
comportamento da coroa solar, que atinge temperaturas mais altas que a
superfície do astro.
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Dag Vulpi