De
uma só tacada ele agrada aos empresários tornando-os ainda mais ricos, assim
como, atende também os interesses dos brasileiros menos abonados, mas que o
apoiam, afinal, eles ouvem por aí que no capitalismo o estado deve ser mínimo e
é isso que importa. Quanto a conta? Tudo bem, quem o elegeu que pague. Afinal
ele recebeu 54 milhões de votos não é mesmo?
O
Ministério de Minas e Energia planeja leiloar no segundo semestre quatro usinas
hidrelétricas que estavam concedidas e retornaram ao controle do governo
federal após o vencimento dos contratos. São elas as usinas de Miranda, São
Simão, Jaguará e Volta Grande. O anúncio foi feito hoje (17) pelo ministro
Fernando Coelho Filho em uma entrevista coletiva à imprensa, após discursar na
abertura do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase).
A
intenção do ministério é fazer o leilão em setembro e a previsão é que ele
renda aos cofres da União entre R$ 10 bilhões e R$ 11 bilhões. As usinas de
Jaguará, Miranda e São Simão estavam concedidas à Cemig, que chegou a manter o
controle sobre elas por meio de liminar após o término do contrato. A decisão
foi revogada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo
o ministro Fernando Coelho Filho, o pagamento ao governo também deve ocorrer no
segundo semestre deste ano e já estava previsto no orçamento.
"O
governo tem pressa por conta da necessidade de poder receber o recurso ainda
este ano. Isso já estava previsto no orçamento", disse o ministro que
afirmou que o governo de Minas Gerais e a Cemig já foram comunicados sobre o
início dos trâmites para o leilão.
O
ministério também deve realizar, no segundo semestre, o leilão de seis
distribuidoras da Eletrobras que estão sendo avaliadas por consultorias
contratadas pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"A
expectativa é que se receba em junho e julho essa avaliação, e o nosso
cronograma é que no segundo semestre a gente possa efetivar também o leilão das
seis restantes".
Ao
discursar no evento, o ministro também disse que o governo tem a intenção de
expandir a oferta de energia elétrica por meio de fontes renováveis, ainda em
2017. O ministro não deu mais detalhes sobre como seria o leilão para essa
expansão e afirmou que condições como a retomada do crescimento econômico estão
sendo analisadas.
Descotização de hidrelétricas
Durante
a entrevista, o ministro afirmou ainda que não está na pauta do ministério uma
possível descotização via medida provisória de hidrelétricas que aderiram ao
regime de cotas no governo Dilma Rousseff. A mudança na renovação de concessões
foi definida em uma medida provisória no governo anterior, que definia a venda
da produção a preços mais baixos.
O
ministro afirmou que a medida foi pensada no caso específico da Companhia Hidro
Elétrica do São Francisco (Chesf) como uma forma de contribuir para o programa
Novo Chico, que prevê investimentos de revitalização no Rio São Francisco.
"A
pauta não é a descotização", disse ele, que acrescentou que uma possível
mudança seria debatida com o setor: "Isso não pode ser desfeito na mesma
velocidade, da mesma forma".
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