É
o menor patamar de juros básicos no país desde janeiro de 2014
O Comitê de Política Monetária (Copom) fez exatamente o que esperavam os economistas e reduziu a taxa básica de juros (Selic) de 11,25% ao ano para 10,25% ao ano. Essa foi a sexta queda seguida promovida pela diretoria do Banco Central. Isso levou os juros básicos do país para o menor nível desde janeiro de 2014.
Essa queda era esperada porque a inflação brasileira está em 3,77% nos últimos 12 meses, reflexo da recessão econômica que o país atravessa. A meta para o ano é de 4,5%, o que dá espaço para o BC cortar ainda mais os juros.
A
dúvida dos analistas é até onde o Banco Central tem espaço para continuar a
cortar a taxa que funciona como guia para toda a economia. Atualmente, a
principal incerteza é a instabilidade do presidente da República, Michel Temer,
envolvido nas denúncias que tumultuam o país e, por isso, terá de prestar
depoimento aos investigadores da Operação Lava-Jato.
Evolução da Selic em % ao ano
Com
o envolvimento do presidente, o andamento das reformas da economia brasileira
que estão no Congresso Nacional está comprometido. O mercado financeiro,
entretanto, ainda aposta que parte significativa das mudanças mais importantes
deve passar no Legislativo.
Essas
dúvidas recentes já começam a contaminar as projeções para o país. As apostas
são de que o BC será mais conservador e a queda dos juros será gradual. Nesta
semana, a autarquia divulgou a pesquisa feita com os economistas na sexta-feira
da semana passada. A ideia é que o BC chegará até o fim do ano com um juro
básico de 8,5% ao ano. O que mudou é o ritmo de queda dos juros, que, agora,
deve ser mais lento para chegar a esse patamar.
Por
outro lado, com toda a incerteza, os analistas já apontam uma inflação
levemente maior a que esperada antes tanto neste ano quanto para o ano que vem.
A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos dois anos
ainda está abaixo da meta traçada pela equipe econômica: 3,95% para 2017 e
4,40% para 2018.
A
crise política também afetou a estimativa para a recuperação da economia, que
deve ter um ritmo menor. A expectativa para a variação do Produto Interno Bruto
(PIB) é de 0,49% neste ano e de 2,48% no ano que vem.
Do G1,com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi