quarta-feira, 31 de maio de 2017

Copom reduz taxa da Selic de 11,25% para 10,25%


É o menor patamar de juros básicos no país desde janeiro de 2014

O Comitê de Política Monetária (Copom) fez exatamente o que esperavam os economistas e reduziu a taxa básica de juros (Selic) de 11,25% ao ano para 10,25% ao ano. Essa foi a sexta queda seguida promovida pela diretoria do Banco Central. Isso levou os juros básicos do país para o menor nível desde janeiro de 2014.

Essa queda era esperada porque a inflação brasileira está em 3,77% nos últimos 12 meses, reflexo da recessão econômica que o país atravessa. A meta para o ano é de 4,5%, o que dá espaço para o BC cortar ainda mais os juros.

A dúvida dos analistas é até onde o Banco Central tem espaço para continuar a cortar a taxa que funciona como guia para toda a economia. Atualmente, a principal incerteza é a instabilidade do presidente da República, Michel Temer, envolvido nas denúncias que tumultuam o país e, por isso, terá de prestar depoimento aos investigadores da Operação Lava-Jato.

Evolução da Selic em % ao ano

Com o envolvimento do presidente, o andamento das reformas da economia brasileira que estão no Congresso Nacional está comprometido. O mercado financeiro, entretanto, ainda aposta que parte significativa das mudanças mais importantes deve passar no Legislativo.

Essas dúvidas recentes já começam a contaminar as projeções para o país. As apostas são de que o BC será mais conservador e a queda dos juros será gradual. Nesta semana, a autarquia divulgou a pesquisa feita com os economistas na sexta-feira da semana passada. A ideia é que o BC chegará até o fim do ano com um juro básico de 8,5% ao ano. O que mudou é o ritmo de queda dos juros, que, agora, deve ser mais lento para chegar a esse patamar.

Por outro lado, com toda a incerteza, os analistas já apontam uma inflação levemente maior a que esperada antes tanto neste ano quanto para o ano que vem. A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos dois anos ainda está abaixo da meta traçada pela equipe econômica: 3,95% para 2017 e 4,40% para 2018.


A crise política também afetou a estimativa para a recuperação da economia, que deve ter um ritmo menor. A expectativa para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) é de 0,49% neste ano e de 2,48% no ano que vem.

Do G1,com

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Dag Vulpi

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