Por Dag Vulpi* em 29/04/2017
Certa vez, um bando de jovens pássaros voava
alegremente cortando os ares de um lado para outro quando um dos passarinhos
começou a reparar os caminhos que via lá de cima, mas ele não entendia porque o
mato que ocupava toda a planície sumia em determinados pontos, deixando a terra
exposta. Curioso ele resolveu indagar um velho pássaro que conhecia tudo sobre
o mundo oculto de todos os seres.
Sr. sábio e nobre pássaro, porque o mato não cobre aqueles caminhos de terra?
E o velho pássaro respondeu: "lá embaixo os seres sem asa constroem suas casas distantes umas das outras e quando sentem saudade e querem rever seus amigos eles caminham até chegarem às casas do outro. Durantes essas caminhadas a terra vai sendo amassada, impedindo que o mato cresça, e as flores que crescem nas margens dos caminhos agradecem pois querem que o amor e a amizade sempre prevaleçam."
Foi aí que o jovem pássaro entendeu porque
quando sobrevoava determinado local, ele via um menino chorando, sentado numa
antiga trilha que agora estava todinha tomada por capim e ervas daninha que já
alcançavam a altura de suas panturrilhas.
Provavelmente aquela criança tinha alguém
na vizinhança que costuma fazer-lhe visitas, mas que agora, com o aparecimento
daquele mato indicava que por algum motivo o seu amigo deixou de pisar naquela
trilha.
Devemos cuidar para que as ervas daninhas
não cresçam nos nossos caminhos, pois somente assim, além de desfrutar das
belezas das flores que crescem em suas margens, também estamos em contato com
os nossos amigos.
*Inspirado no texto de Eduardo de Paulo
Barreto
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Dag Vulpi