Isabela Vieira
- Agência Brasil
A Polícia
Federal no Rio de Janeiro prendeu na manhã de hoje (26), Álvaro Novis, Sérgio
de Castro Oliveira, Thiago Aragão e Flávio Godinho. Os quatro faziam parte da
organização criminosa liderada pelo ex-governador do estado, Sérgio Cabral, que
já está preso, conforme a Operação Eficiência, feita pela força-tarefa da
Operação Lava Jato. A operação apura um esquema usado para ocultar mais de R$
340 milhões enviados ao exterior.
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Os
procuradores do Ministério Público Federal (MPF) pediram à Justiça a prisão de
dez pessoas, tendo sido nove autorizadas, incluindo o ex-assessor e o operador
de Cabral no esquema Francisco Assis Neto e do empresário Eike Batista, ambos
fora do país. Os demais pedidos de prisão foram contra o próprio governador e
outro ex-assessor Carlos Miranda, além do ex-secretário estadual de Governo
Wilson Carlos, que também já estão detitos.
A Polícia
Federal tenta confirmar o embarque de Eike para Nova Iorque, na última
terça-feira (24), com um passaporte alemão, quando a Justiça já tinha emitido o
mandado de prisão. O empresário deve se apresentar imediatamente para não ser
considerado foragido. A Organização Internacional de Polícia Criminal já
foi acionada para ajudar nas buscas.
De acordo com
o delegado Tacio Muzzi, um dos coordenadores da Operação Eficiência, ainda é
cedo para dizer que houve a intenção de fuga de Eike. "Estamos tendo
cuidado para ver se há espontaneidade dele se apresentar à Justiça ou não”,
disse, sugerindo que o prazo é até o final do dia. O advogado do
empresário, Fernando Martins, afirmou mais cedo que seu cliente participa
de reuniões de negócios e que a intenção de Eike é cooperar.
Eike Batista e
o executivo Flávio Godinho, do grupo EBX, são acusados de pagar de US$ 16,5
milhões ao ex-governador, em troca de benefícios em obras, usando uma conta
fora do país. Eike Batista, Godinho e Cabral também são suspeitos de terem
obstruído investigações.
A operação da
PF foi feita com base em depoimentos dos delatores Renato Hasson Chebar, e seu
irmão Marcelo Hasson Chebar, em troca de benefícios penais. Eles estão
envolvidos na remessa de US$ 100 milhões do ex-governador para fora do país. Há
suspeita que eles tenham utilizado mais de cinco contas para dividir o
dinheiro.
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