A justiça
argentina recebeu, nesta quarta-feira (11), um pedido para investigar o chefe
da Agência Federal de Inteligência (AFI), Gustavo Arribas, suspeito de ter
recebido mais de meio milhão de dólares em propinas da Odebrecht, em 2013. O
nome dele foi citado numa reportagem do jornal argentino La Nación, com
base em documentos fornecidos a justiça brasileira pelo doleiro paulista
Leonardo Meirelles, como parte de um acordo de delação premiada.
Segundo o La
Nación, na documentação à qual teve acesso, Meirelles registrou cinco
transferências para uma conta suíça do chefe da AFI, entre 25 e 27 de setembro
de 2013. No total, foram transferidos US$ 594,518. O jornal tentou entrar em
contato com Arribas, que está de férias com a família no Brasil, mas só
conseguiu falar com seus assessores, que só confirmaram uma transferência de
US$ 70,495. O dinheiro, segundo eles, foi o resultado da venda de um imóvel em
São Paulo, onde Arribas vivia na época.
O La
Nación diz que as cinco transferências para a conta do Crédit Suisse foram
feitas um dia apos a reativação de um contrato da Odebrecht na Argentina. A
deputada municipal Graciela Ocaña, cujo partido Confiança Píblica apoia o
governo, pediu ao presidente Macri que suspenda Arribas do cargo, ate que ele
esclareça a sua situação perante a justiça.
Na
Venezuela
O líder
opositor Henrique Capriles informou nesta quarta-feira (11) que foi citado pela
Controladoria Geral da Venezuela para comparecer ao local nesta quinta-feira
(12) por conta de uma suposta ligação dele com o caso de corrupção envolvendo a
Odebrecht no país.
"Eles
pretendem jogar meu nome na lama com um caso como o da Odebrecht. Eu gosto das
coisas claras e isso sabem aqueles que estão a meu lado", disse Capriles.
Ele sustenta que essa convocação é uma espécie de tentativa de puni-lo por ser
um dos líderes da ação que pede um referendo revogatório contra o presidente
Nicolás Maduro.
Capriles ainda
acusou que o governo querer envolvê-lo no caso "mesmo sendo inocente. Quem
não deve não teme, mas eu gosto das coisas bem claras", disse o atual
governador do estado de Miranda, que desde 2008 é um dos maiores opositores de
Maduro no país.
Com
informações da Agência Ansa.
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