Iolando
Lourenço e Luciano Nascimento - da Agência Brasil
Termina hoje
(28) o prazo para que a defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff entregue à
Comissão Processante do Impeachment no Senado os documentos com as alegações
finais do processo. Os advogados de Dilma têm até as 18h30, horário em que se
encerra o expediente da Casa, para apresentar a documentação.
De acordo com
a assessoria de imprensa de Dilma, a documentação será apresentada à comissão
por volta de 18h, pelo ex-ministro José Eduardo Cardozo – um dos advogados de
defesa da petista.
Inicialmente,
o prazo terminaria ontem (27), mas foi prorrogado por 24h após pedido da
defesa. Na terça-feira (26), a defesa de Dilma entrou com um pedido de prorrogação do prazo por dois dias.
Internet
Os advogados
argumentaram que, por causa da suspensão, nos dias 23 e 24, dos serviços da
página do Senado na internet, onde fica hospedada toda a documentação, a
presidenta afastada teve o amplo direito de defesa prejudicado por ter ficado
sem acesso aos autos do processo.
No pedido, a
defesa defendeu que, nesse caso, deveria ser usado, por analogia, o que prevê o
novo Código de Processo Civil, segundo o qual “suspende-se o curso do prazo por
obstáculo criado em detrimento da parte”, devendo o prazo ser “restituído ao
que faltava para a sua complementação”.
O presidente
da Comissão Processante do Impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), acatou
parcialmente o pedido, prorrogando o prazo por 24h.
Em nota, Lira
afirmou que a indisponibilidade do conteúdo se deu em virtude de manutenção
programada, que a ação foi anunciada pelo portal do Senado e que o “sistema
permite que os arquivos sejam baixados para consulta no computador do usuário
sem necessidade de acesso à internet”.
Mesmo com a
prorrogação do prazo, Lira manteve o calendário previsto inicialmente. Com
isso, o relator na comissão, Antonio Anastasia (PSDB-MG) terá até a próxima
segunda-feira (dia 1º) para elaborar seu parecer sobre a acusação. O relatório
será lido, na terça-feira (2), na comissão e tem a previsão de ser votado na
quinta-feira (4). Para ser aprovado ou rejeitado, é necessária a maioria
simples – metade mais um dos senadores presentes à sessão.
O documento
será encaminhado para leitura no plenário da Casa no dia 5. De acordo com
calendário, a votação no plenário será realizada no dia 9, sob o comando do
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, encerrando,
assim, a fase de pronúncia do impeachment.
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