O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou hoje (26) com ressalvas
as contas partidárias dos diretórios nacionais do PSDB e do PMDB,
referentes ao ano de 2010, devido à aplicação irregular dos recursos do
Fundo Partidário.
O TSE determinou que o PSDB devolva ao erário
cerca de R$ 1,1 milhão. Na decisão, ficou consignado que o partido
poderá parcelar o pagamento em seis vezes, a partir de janeiro do ano
que vem. Cabe recurso da decisão. Na época, o partido era presidido pelo
senador Sérgio Guerra, falecido em 2014.
No processo, a
Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias, setor do TSE
responsável pela análise das contas apresentadas por candidatos e
partidos, opinou pela desaprovação das contas. Em um parecer
complementar, o órgão pediu que os dados fossem encaminhados ao
Ministério Público Eleitoral (MPE) para investigação "de possíveis
crimes, tais como lavagem de dinheiro, corrupção, falsidade de
documentos, entre outros que julgar cabíveis". Apesar do pedido, os
supostos crimes não foram levados em conta no parecer conclusivo pela
desaprovação.
O tribunal também aprovou com ressalvas as contas
do diretório nacional do PMDB em 2010, então presidido pelo
vice-presidente da República, Michel Temer. De acordo com a ministra
Luciana Lóssio, relatora da prestação, o partido aplicou 6,37% dos
recursos recebidos do Fundo Partidário irregularmente.
Na mesma
sessão, o TSE analisou as contas de 11 partidos. Foram aprovadas com
ressalvas as contas referentes a 2010 do PCdoB, PSB, PSDC, PV, PR, PSDB,
PTN e PMDB. O PRTB, o PMN e o PDT tiveram as contas desaprovadas.
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Dag Vulpi