A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que atua nas
investigações da Operação Lava Jato ajuizou, no último sábado (12), ação
de improbidade administrativa contra a empreiteira Odebrecht,
ex-executivos da empresa e ex-diretores da Petrobras. Na ação, o MPF
pede que todos os citados devolvam R$ 7,3 bilhões e fiquem proibidos de
contratar com a administração pública.
De acordo com o MPF, há
evidências de que a Odebrecht, isoladamente ou por meio consórcios,
pagou propina em 12 obras da Petrobras, entre elas a Refinaria Abreu e
Lima e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Do valor
total do pedido de indenização, R$ 520,5 milhões referem-se ao valor de
propina paga, R$ 1,5 bilhão ao pagamento de multa civil e R$ 5,2 bilhões
pelos danos morais coletivos.
Os ex-funcionários da Petrobras
citados são Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Celso Araripe Pedro
Barusco. Os investigados ligados à Odebrecht são Marcelo Odebrecht,
Marcio Faria da Silva, Rogério Araújo, Paulo Sérgio Boghossian e Cesar
Rocha.
A Odebrecht, por meio da Odebrecht S/A e a Construtora
Norberto Odebrecht S/A, declarou que a empresa foi surpreendida com a
ação de improbidade e a considerou inconsistente.
Confira a íntegra da nota à imprensa:
"A
Odebrecht S/A e a Construtora Norberto Odebrecht S/A foram
surpreendidas com notícia divulgada pelo Ministério Público Federal
sobre ação de improbidade administrativa ajuizada no sábado à noite
(12/03).
Na qualidade de grupo multinacional com mais de 128 mil
empregados e socialmente responsável direta e indiretamente por mais de
500 mil pessoas nos 28 países em que atua, a Odebrecht considera
inconsistente a propositura, de antemão, de valores de ressarcimento
bilionários, mais de 70% dos quais referentes a "dano moral coletivo"
supostamente devido à Petrobras, e, ao mesmo tempo, a defesa de
realização de perícia técnica para apurar os fatos que alega.
A
Odebrecht S/A, que nunca celebrou contratos com a Petrobras e, por isso,
sequer poderia ser apontada como ré na ação, e a Construtora Norberto
Odebrecht S/A, prestarão esclarecimentos no processo assim que citadas.
Ressaltam,
por fim, que qualquer hipotética exigência dela decorrente dependerá do
devido processo legal, com manifestação de todas as instâncias
judiciais competentes."
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi