Militantes
contrários e favoráveis ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram em
confronto na cidade de São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, em frente ao
prédio do ex-presidente, onde a Polícia Federal faz buscas desde o início da
manhã de hoje (4). Três pessoas foram detidas pela Polícia Militar: uma por
tentativa de lesão, outra por resistência e uma terceira por xingamento de
racismo. Elas foram levadas para o 1º Departamento de Polícia. Ao menos um
homem foi ferido, na cabeça.
A Avenida
Francisco Prestes Maia, endereço de Lula, foi interditada em ambos os sentidos.
PM montou um cordão para separar os grupos rivais, que trocam insultos e
provocações. Manifestantes contrários a Lula gritam palavras de ordem como
"Cadeia". Os militantes pró-Lula revidam com gritos de "Não vai
ter golpe".
Em diversos
momentos, militantes que conseguem furar o bloqueio partem para a agressão
física. A polícia usa golpes de cassetete para apartar a confusão. A ação da PF
faz parte da 24ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Aletheia. O objetivo é
dar continuidade às investigações de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro
relacionados à Petrobras.
Do lado
contrário ao ex-presidente, Zima Francisco Nascimento Filho, autônomo, diz que
está indignado com o que ocorre no país. “Sou trabalhador, fui metalúrgico.
Hoje, vejo o que está acontecendo aqui, um líder que nós confiávamos, e no
partido que foi criado. O líder sindical que tivemos envolvido nessa lama de
corrupção. Ele achava que estava acima da lei, que nunca isso fosse chegar
nele.”
Em favor de
Lula, o metalúrgico Paulo Ferreira Brasil destacou avanços da gestão de Lula.
“Vim defender a maior liderança política desse país. O Brasil teve um
crescimento importante e distribuição de renda. Eu tenho parentes no Nordeste,
que hoje têm uma casinha para morar, graças ao governo do Lula. Há uma
perseguição implacável e deplorável, nós não fomos tão perseguidos na Ditadura
Militar como estamos sendo agora por setores da elite.”
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Dag Vulpi