As duas
principais centrais sindicais da Grécia convocaram para hoje (4) uma greve
geral em protesto contra a reforma da previdência do governo de Alexis Tsipras,
exigido por credores internacionais.
As
mobilizações começaram na terça-feira (2) com uma paralisação parcial do setor
de transportes. Já os jornalistas anteciparam o protesto e fizeram greve de 24
horas na quarta-feira (3), para garantir a cobertura midiática da greve geral
desta quinta.
A Confederação
Grega dos Sindicatos do Setror Privado (GSEE) e a União dos Funcionários do
Setor Público (ADEDY), assim como os agricultores, que têm promovido ações de
rua por todo o país, exigem a retirada de um projeto de reforma negociado com a
União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O projeto prevê aumento
das contribuições e reduções nas futuras pensões.
A greve geral
de hoje pode provocar o cancelamento de 16 voos domésticos e interromper as
ligações marítimas com as ilhas do país. Hospitais, escolas e administração
pública vão funcionar parcialmente.
O movimento
grevista deve afetar ainda o setor de serviços, depois de o sindicato dos
proprietários convocar uma paralisação de 24 horas. As profissões liberais,
médicos, advogados, notários e engenheiros civis também receberam apelos para
aderir à greve.
Os
agricultores, que desde segunda-feira bloqueiam os principais postos de
fronteira do país com a Bulgária e Turquia e reforçaram as barreiras que
ergueram em 22 de janeiro nas principais rodovias, também anunciaram que vão
participar das manifestações previstas para o final da manhã de hoje no centro
de Atenas. Inicialmente haverá uma passeata da frente sindical do Partido
Comunista (KKE), seguida de outra do GSEE-ADEDY.
A volta das
manifestações de rua de cunho social coincide com a tentativa do governo grego
de concluir e aprovar o projeto de reforma. A votação está prevista para meados
de fevereiro no parlamento, onde a coligação do partido de esquerda Syriza e o
nacionalista Gregos Independentes têm uma pequena maioria de 153 dos 300 deputados.
A greve de
hoje é a terceira, desde que a Grécia aceitou, em 13 de julho, um novo
programa de resgate acompanhado de novas medidas de austeridade, para
evitar a saída da Grécia da zona do euro. O novo pacote, avaliado em $ 86
bilhões de euros, forçou a Grécia a renunciar às promessas de ruptura imediata
com a austeridade, que contribuíram para a sua primeira vitória eleitoral, em
janeiro de 2015.
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