O ministro
Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou hoje (19) a
soltura do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso em novembro do ano
passado. O parlamentar está custodiado no Quartel do Batalhão de Trânsito da
Polícia Militar do Distrito Federal.
Não há
detalhes sobre a decisão, que está em segredo de Justiça. Além de Delcício do
Amaral, o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira, também foi solto.
A prisão do
senador foi embasada em uma gravação apresentada à Procuradoria-Geral da
República por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor
Cerveró. Segundo a procuradoria, o senador ofereceu R$ 50 mil por mês
para Cerveró e sua família, além de um plano de fuga.
Segundo os
procuradores, o objetivo de Delcídio era evitar que o ex-diretor fizesse acordo
de delação premiada. Os fatos ocorreram em uma reunião da qual participaram
Bernardo Cerveró, o ex-advogado de Cerveró Edson Ribeiro e o senador Delcídio.
De acordo com
a decisão, Delcídio deverá cumprir prisão domiciliar no período noturno e nos
dias de folga. Ele poderá voltar às atividades no Senado. Como medidas
cautelares, o ministro determinou que o parlamentar compareça aos atos
processuais e entregue o passaporte em 48 horas.
Zavascki
entendeu que a prisão poder ser substituída por medidas cautelares. “É
inquestionável que o quadro factível é bem distinto do que ensejou a decretação
da prisão cautelar: os atos de investigação em relação aos quais o senador
poderia interferir, especialmente a delação premida de Cerveró, já foram
efetivados, e o Ministério Público já ofereceu denúncia contra os agravantes”,
decidiu o ministro.
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Dag Vulpi