Mais uma vez
contradizendo as especulações de parte da imprensa onde procura a todo o custo
incriminar o ex-presidente Lula, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
classificou de "especulações absolutamente indevidas" notícias
veiculadas por parte daquela, segundo as quais a nova fase da Operação Lava
Jato, da Polícia Federal, está se aproximando do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
Ao participar do lançamento de uma força-tarefa para combater desvios de merenda e transporte escolar no Ministério da Educação, Cardozo foi questionado sobre o possível envolvimento do ex-presidente na chamada Operação Triplo X, mas disse que a ação está sob sigilo e que não poderia fazer nenhum comentário.
"Apenas posso dizer [falar sobre] as situações que já são públicas. Recentemente, o juiz Sérgio Moro disse que o presidente Lula não é investigado na Operação Lava Jato, e eu não recebi nenhuma informação, mesmo aquelas veiculadas pela imprensa, de que tenha sido praticado qualquer ato investigativo em relação à pessoa do presidente Lula", afirmou o ministro. Moro é o responsável pelos inquéritos da Lava Jato.
"Isso
está absolutamente claro, pelas manifestações do próprio Judiciário e daquelas
que decorrem das próprias investigações. O presidente Lula não está sendo
investigado, nem me parece que, na operação de hoje, tenha sido determinada
qualquer medida investigativa em relação à figura do presidente. Portanto,
quaisquer outras situações que possam estar sendo colocados ou veiculadas são
especulações absolutamente indevidas", acrescentou.
Também nesta
tarde, a presidenta Dilma Rousseff classificou de “insinuação” a
avaliação de que a nova fase da Operação Lava Jato está se aproximando do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A nova fase da
Lava Jato, deflagrada nesta quarta-feira, investiga lavagem de dinheiro com a
compra de empreendimentos imobiliários em Guarujá, no litoral paulista. Três
pessoas foram presas. A Polícia Federal apura se imóveis que transferidos pela
Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários) para a empreiteira OAS foram
usados como repasse de propina.
O ministro foi
perguntado também sobre carta aberta publicada por mais de 100 advogados, em diversos jornais do
país, criticando a Operação Lava Jato. No inicio da carta, os advogados
destacam que a operação ocupa lugar de destaque na história do país "no
plano do desrespeito a direitos e garantias fundamentais dos acusados".
"É absolutamente legítimo que qualquer pessoa se expresse em relação a qualquer situação." Cardozo disse que, como ministro não cabe a ele se posicionar quanto ao conteúdo da carta dos advogados. Ele afirmou que qualquer investigação deve ser imparcial, contundente e rigorosamente dentro da lei. "Se alguém acha que a lei está sendo desrespeitada, tem o legítimo direito de se posicionar, assim como aqueles que acham que a lei está sendo respeitada."
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Dag Vulpi