Além da prisão
preventiva do pecuarista, foram realizadas buscas e apreensões no BNDES, em
endereços ligados a familiares do investigado e em empresas do Grupo Bertin
24/11/2015 - com informações do site oficial do
MPF
A pedido da força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal
(MPF), o pecuarista José Carlos Bumlai foi preso na manhã desta terça-feira, 24
de novembro. A 21ª fase da Operação da Lava Jato, batizada como Passe Livre
pela Polícia Federal, envolve o cumprimento de 25 mandados de busca e
apreensão, seis mandados de condução coercitiva e um mandado de prisão
preventiva (de Bumlai), realizados em São Paulo, Lins, Piracicaba (SP), Rio de
Janeiro (RJ), Brasília (DF), Campo Grande e Dourados (MS).
Segundo a decisão da Justiça Federal no Paraná, que autorizou a
operação, “as provas indicam que [Bumlai] disponibilizou seu nome e suas
empresas para viabilizar de maneira fraudulenta recursos a partido politico,
com todos os danos decorrentes à democracia, e, posteriormente, envolveu-se na
utilização de contrato público de empresa estatal para obter vantagem indevida
para si e para outrem. Além disso, presentes elementos probatórios indicam o
envolvimento dele em outros episódios criminosos ou em condutas suspeitas de
lavagem de dinheiro, como pagamentos a operador de propina e de lavagem de
dinheiro da Petrobras, saques sucessivos vultosos em espécie de suas contas
bancárias e que se estendem a 2014, expediente não raramente utilizado para
evitar rastreamento bancário, envolvimento, segundo apontado pelo MPF, em
outros casos criminais, como suposto pagamento de propina no Caso Sanasa [...]
e suposta venda superfaturada de fazenda ao Incra [Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária] para reforma agrária.”
Além da prisão preventiva de Bumlai, foram autorizadas as
conduções coercitivas de Cristiane Dodero Bumlai, Guilherme Bumlai e Mauricio
Bumlai, nora e filhos do empresário, respectivamente, além dos administradores
Natalino Bertin e Silmar Bertin, ligados ao Grupo Bertin, e do policial militar
Marcos Sergio Ferreira, suspeito de sacar valores em espécie para Bumlai. A
Polícia Federal também está cumprindo mandados de busca e apreensão de
contratos das empresas de Bumlai no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) e em endereços ligados aos investigados.
Os alvos da operação
desta terça-feira são suspeitos de participar de um esquema de corrupção na
contratação da Schahin Engenharia, em 2009, como operadora do navio-sonda
Vitoria 10.000. Em dezembro do ano passado, o MPF já havia formulado denúncia por
corrupção na construção da embarcação, feita pela Samsumg Heavy Metals.
De acordo com as
investigações, a assinatura do contrato de operação da sonda em favor da
Schahin ficou condicionada à quitação fraudulenta de um empréstimo de R$ 12
milhões concedido pelo Banco Schahin em 2004, que beneficiou o Partido dos
Trabalhadores (PT). O empréstimo foi concedido formalmente para José Carlos
Bumlai, mas se destinava, segundo a apuração, ao PT. Há suspeitas ainda de que
o Grupo Bertin tenha intermediado o repasse para o partido. Além disso,
investiga-se o envolvimento de Bumlai em outros esquemas criminosos de
corrupção e lavagem de dinheiro.
Autos nº 5056156-95.2015.4.04.7000 - chave: 890148254015
Lava Jato – Acompanhe todas as informações oficiais do MPF sobre a Operação
Lava Jato no site www.lavajato.mpf.mp.br.
10 Medidas – O combate à corrupção é um compromisso do Ministério Público
Federal. Por isso, o MPF apresentou ao Congresso Nacional um conjunto de dez
medidas distribuídas em três frentes: prevenir a corrupção (implementação de
controles internos, transparência, auditorias, estudos e pesquisas de
percepção, educação, conscientização e marketing); sancionar os corruptos com
penas apropriadas e acabar com a impunidade; criar instrumentos para a
recuperação satisfatória do dinheiro desviado. Saiba mais em:
www.dezmedidas.mpf.mp.br.
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