O Jornal Nacional
há muito deixou de ter a representatividade política e econômica de outros
tempos. Foi-se o tempo em que seu diretor derrubava ou promovia
ministros. Aumentava ou reduzia preços. Mais distante no tempo ainda vai o
período em que o JN elegia presidentes ou governadores. Atualmente, com sua
audiência na casa dos 23 pontos, muitas vezes inferior ao número de
telespectadores ligados na concorrência, o JN virou uma espécie de conversor de
crentes. Ou seja: seu público é basicamente o mesmo que compra o discurso de
que tudo vai mal no país do PT e só o impeachment da presidenta Dilma poderá
nos salvar. Mas será que ele fala a verdade?
Nada como o preto no branco. Que a Economia do Brasil já não é a mesma de outros períodos, todos nós sabemos. Há uma crise internacional que tem quebrado a banca da Europa à China, passando com desenvoltura por aqui. Mas os sinais de recuperação, mesmo os mais sutis, existem. E não devem (ou não deveriam) ser omitidos do grande público sob nenhuma hipótese. Afinal, a mentira (ou sua prima irmã, a omissão) só dura até a esquina. Além disso, a informação é um bem, um direito, a que todo povo deve ter acesso. Repare o que fez o principal noticiário da Rede Globo:
Nada como o preto no branco. Que a Economia do Brasil já não é a mesma de outros períodos, todos nós sabemos. Há uma crise internacional que tem quebrado a banca da Europa à China, passando com desenvoltura por aqui. Mas os sinais de recuperação, mesmo os mais sutis, existem. E não devem (ou não deveriam) ser omitidos do grande público sob nenhuma hipótese. Afinal, a mentira (ou sua prima irmã, a omissão) só dura até a esquina. Além disso, a informação é um bem, um direito, a que todo povo deve ter acesso. Repare o que fez o principal noticiário da Rede Globo:
O jornal apresentado por William Bonner nesta terça-feira (03/Nov 2015) não deu a notícia de que o dólar recuou e fechou a 3,77 - depois de passar meses na casa dos R$ 4 e quebrar muitos importadores. Também omitiu que a Bolsa de Valores teve alta de quase 3% - uma marca há muito distante neste cenário. Pior, nossa mais importante empresa, hoje no centro de denúncias de corrupção, a Petrobras, já respira sem aparelhos. Suas ações tiveram 10% de alta.
Em outras palavras as notícias escondidas por Bonner (ou através dele) representam geração de empregos, garantia dos postos de trabalho que ainda restam na nossa maior empresa e possibilidade de investimento no setor de serviços.
Por que omitir do brasileiro que seu país não vive o pior dos mundos? Por que William Bonner, ou quem manda nele, quer nos fazer acreditar que ainda vivemos nos anos 80/90 quando o brasileiro era refém de um jornalismo torto, descompromissado com a verdade e defensor de um modelo político que nos colocou entre os mais perversos países no campo do amparo social?
A baixa audiência do JN se justifica a cada dia. Não há verdade que se esconda nestes tempos de Internet. Iniciativas independentes no campo do jornalismo acabam por denunciá-lo, todos os dias, como um aparelho de Comunicação viciado, arcaico e muitas vezes mal intencionado. E quando o denunciamos, acredito, não o fazemos com este propósito. Não é nosso objetivo desmascarar a má fé. Mas o fazemos quando optamos por apresentar o verdadeiro jornalismo. E é o que fazemos agora.
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Dag Vulpi