O Supremo
Tribunal Federal (STF) recebeu ontem (21) parte da investigação da Operação
Zelotes, da Polícia Federal (PF), que cita o ministro do Tribunal de Contas da
União (TCU) Augusto Nardes e o deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), líder do
partido na Câmara e ex-diretor do grupo de comunicação RBS. A Zelotes investiga
a manipulação de julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais
(Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. A PF estima que foram desviados mais
de R$ 19 bilhões.
Os detalhes da
investigação não foram divulgados porque o processo está em segredo de Justiça.
O inquérito sobre a operação tramitava na Justiça Federal do Distrito Federal,
mas foi remetido ao Supremo em função da citação de Nardes e Motta, que têm
foro por prerrogativa de função e só podem ser julgados pela Corte. O processo
foi distribuído para a ministra Cármen Lúcia, que deverá decidir se a
investigação será aberta.
A Operação
Zelotes está na segunda fase das investigações. A primeira foi
deflagrada no dia 26 de março deste ano e descobriu um esquema de fraude no
Carf, por meio do qual uma quadrilha, segundo a Polícia Federal, fazia um
“levantamento” dos grandes processos no conselho, procurava empresas com altos
débitos com o Fisco e oferecia "facilidades", como a anulação de
multas.
A segunda fase,
em setembro, cumpriu mandados de busca e apreensão em escritórios de contabilidade
no Distrito Federal, em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
Em nota à Agência
Brasil, o ministro Augusto Nardes disse que deixou a empresa Planalto Soluções
e Negócios, investigada na operação, em 2005, antes de assumir a cadeira no
TCU. Nardes afirmou também que não pode responder "por qualquer ato dos
administradores da empresa".
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